Cepsa vai implantar a maior rede de carregamento elétrico ultrarrápido da Península Ibérica
- A Cepsa vai transformar os seus postos de abastecimento na segunda maior rede ibérica, em espaços digitalizados de ultra-conveniência e restauração;
- Pierre-Yves Sachet, Diretor de Mobility & New Commerce, apresentou em Lisboa a nova estratégia da empresa "Positive Motion” , que ambiciona a liderar os mercados português e espanhol para a mobilidade sustentável, hidrogénio verde e biocombustíveis, até 2030;
- A companhia vai reduzir, em 55% as suas emissões de CO2 de alcance 1 e 2 e entre 15% e 20% as de alcance 3, situando-se entre as companhias mais ambiciosas do setor.
No âmbito do fórum internacional The Business Booster, que reuniu esta semana em Lisboa mais de mil profissionais do setor energético europeu, bem como inúmeras start-ups especializadas em novas tecnologias sustentáveis, a Cepsa apresentou o seu novo plano estratégico, pela mão do seu diretor de Mobility & New Commerce, Pierre-Yves Sachet: "Embarcamos numa ambiciosa viagem para transformar radicalmente a nossa companhia e tornarmo-nos líderes em mobilidade e energia sustentáveis em Portugal e Espanha nesta década". Ainda segundo Pierre-Yves Sachet, “para atingir estes objetivos, a inovação, a digitalização e as alianças estratégicas serão três vetores fundamentais para impulsionar a nossa descarbonização e a dos nossos clientes, bem como para se adaptar de forma ágil às suas necessidades".
Líderes em mobilidade sustentável
Na nova estratégia da Cepsa, a descarbonização do transporte rodoviário e a mobilidade do cliente final desempenham um papel fundamental. A companhia está a desenvolver o maior ecossistema de mobilidade elétrica em Portugal e Espanha, juntamente com a Endesa, seu parceiro estratégico neste processo, desenvolvendo a mais ampla rede de carregamento ultrarrápido, com pontos de recarga de 150 kW, pelo menos a cada 200 quilómetros, nas principais estradas e estradas interurbanas.
A Cepsa pretende também impulsionar a procura de hidrogénio verde no transporte rodoviário, para o qual estabeleceu o objetivo de uma estação de reabastecimento a cada 300 quilómetros, nos corredores que ligam Espanha à Europa, até 2030.
Os postos de abastecimento da Cepsa, a segunda maior rede da Península Ibérica, estão a ser transformados em espaços digitalizados, que pretendem oferecer uma grande variedade de serviços de ultra-conveniência e restauração, onde se incluirão alimentos frescos, parafarmácia, e-commerce, pontos de recolha de encomendas e serviço de lavagem sustentável de veículos, bem como soluções multi-energéticas para reabastecimento rodoviário.
Além disso, a Cepsa está a desenvolver uma cultura baseada em dados, utilizando análises avançadas para transformar a experiência do cliente e impulsionar o seu programa de fidelização. E, através da tomada de decisão baseada em IA, a empresa poderá oferecer serviços abrangentes em tempo real.
A Cepsa quer ainda acelerar a descarbonização dos clientes industriais, dos transportes aéreos e marítimos, bem como da própria empresa, através da produção de moléculas verdes. Em 2030, a empresa vai liderar a produção de hidrogénio verde e biocombustíveis avançados em Espanha e Portugal, com uma capacidade de produção equivalente de 2GW e 2,5 milhões de toneladas, respetivamente.
Para levar a cabo esta nova estratégia, a Cepsa está a transformar as suas refinarias em parques energéticos diversificados e sustentáveis, onde está a implementar tecnologias baseadas em inteligência artificial e análise avançada para otimizar os seus processos e reduzir o seu impacto ambiental.
No domínio das energias renováveis, a Cepsa desenvolverá um portfólio de projetos de energia solar e eólica para o seu próprio consumo, com uma capacidade de 7 GW, dos quais 1,5 GW têm já uma ligação à rede.
Referência na sustentabilidade
A energética quer também ir além das zero emissões líquidas e chegar à Net Positive, acrescentando valor aos seus clientes e à sociedade em geral para impulsionar a sua transição energética e avançar na direção certa. A Cepsa estabeleceu um ambicioso plano para reduzir as suas emissões, classificando-se entre as principais empresas do seu setor. Concretamente, em 2030, reduzirá as suas emissões de CO2 (âmbito 1 e 2) em 55% em relação a 2019, e pretende atingir zero emissões líquidas até 2050 e ir mais longe, contribuindo positivamente (Líquido Positivo). Quanto ao âmbito 3, a intensidade de carbono dos seus produtos será reduzida de 15 para 20% até 2030.
Para reforçar os seus compromissos com as políticas ambientais, sociais e de boa governação, a empresa ligou a remuneração dos seus gestores aos objetivos do ESG: 15-25% do seu salário variável dependerá do cumprimento destes objetivos.
No que diz respeito à Agenda 2030 das Nações Unidas, a Cepsa estabeleceu como prioridades quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS 7 (Acesso a energia acessível e limpa), ODS 8 (trabalho decente e crescimento económico), ODS 12 (produção responsável e consumo) e ODS 13 (ação climática).
Algumas das principais agências de notação de sustentabilidade já reconheceram a Cepsa como referência na sua indústria. Especificamente, a Sustainalytics, que atribuiu à empresa o primeiro lugar como empresa independente de petróleo e gás a nível global, e a S&P CSA (Corporate Sustainability Assessment) que a colocou no primeiro quadrante do setor energético.
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