Arranque muito forte em Valongo

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Mais uma época do Campeonato Nacional de Trial 4x4 e mais um arranque na cidade de Valongo. Mas as semelhanças ficam por aqui. O concelho dos brinquedos, dos biscoitos e do desportos outdoor recebeu amaior lista de inscritos de sempre de uma prova inaugural da competição e apresentou-lhes uma pista extensa,rápida, mas com as dificuldades próprias de um circuito de trial. Do lado de fora da pista, 6 mil pessoasacompanharam a primeira prova da temporada 2016.

É a vez de Pedro Alves

Pedro Alves tem uma carreira sólida no mundo do humor, mas tem já um percurso de sucesso no trial4x4. Em Valongo viu recompensado todo o trabalho dos últimos anos ao chegar pela primeira vez ao lugar maisalto do pódio. Apesar de ter corrido as 3 horas sem bloqueios de trás, geriu muito bem o Land Rover Defender evenceu a classe Extreme com 6 voltas de vantagem para o segundo classificado.

Depois de um ano fora das pistas, António Calçada regressa ao Campeonato Nacional de Trial 4x4 como Suzuki Samurai completamente renovado. Durante a primeira hora ainda liderou a classe, mas problemascom as baterias que estavam a limitar o funcionamento do guincho não o deixaram ir além da segunda posição.

De regresso também está Paulo Campos. O piloto de Vila Pouca de Aguiar começou a ter problemascom o Land Rover Defender logo de manhã, no prólogo. Pneus furados, problemas com os sticks e parafusoscontinuaram da parte de tarde e dificultaram muito a primeira metade da prova. Depois foi subindo posições eaté chegou a rodar no segundo lugar. Terminou a resistência na terceira posição, com menos 4 voltas do que osegundo classificado.

Vitória foi para Mangualde

Na categoria Proto a promessa é que a competitividade seja ainda maior do que na época passada. Em Valongo levou a melhor António Henriques, que se estreou na época passada na competição, mas que mostrouem Valongo que 2016 pode muito bem ser o seu ano. O piloto de Mangualde foi obrigado a gerir muito o ProtoXS5, porque correu sem bloqueios de trás, teve dificuldades com o guincho e problemas de aquecimentodurante a resistência. Venceu a classe Proto com 2 voltas de vantagem e esteve também na luta pela vitória nageral.

Bruno Fernandes teve uma prova atribulada. No prólogo furou um pneu e por isso não partiu na melhorposição. À tarde, logo na primeira volta ficou preso numa pedra e os adversários começaram a acumularvantagem. As provas de resistência são mesmo assim e depois de superadas as dificuldades atacou e chegouaos lugares da frente. Durante a prova o ventilador do radiador deixou de funcionar e Bruno Fernandes foiobrigado a gerir o andamento até ao fim por causa da temperatura

O terceiro lugar ficou para os irmão Rocha, que tiveram de suar para subir ao pódio. Nesta estreia naclasse Proto, furaram um pneu logo a começar a resistência. Depois partiram a transmissão traseira e nas duasúltimas horas começaram a fazer a maior parte dos obstáculos a guincho. Terminaram na terceira posição, à frente do bicampeão desta classe, Rui Querido.

Emanuel Costa regressa para vencer

2016 parece ser o de afirmação para a classe Super Proto. Depois de ter sido pouco participada naépoca passada, o arranque desta nova temporada deixou elevadas expectativas para o resto do campeonato.Com máquinas muito potentes e pilotos à altura, Emanuel Costa foi o grande vencedor. O piloto de Penafiel fezo melhor resultado de todas as classes, com 22 voltas à pista. Fez mais 11 voltas do que o segundo classificadoda classe Super Proto, mas como estava na luta pela classificação Absoluto teve de manter sempre umandamento muito forte.

Luís Jorge começa a não ter boas recordações da prova de Valongo. Quando arrancou estava com umproblema de turbo. Partiu um semi-eixo de trás na primeira volta mas continuou em pista, quando a meia horado fim teve problemas com uma roda dianteira.

Depois de ter experimentado a competição na ultima prova de 2015, em Rebordosa, Bruno Nunesapresenta-se nesta nova época para lutar pelo título. Em Valongo começou a resistência com um ligeiroproblema num obstáculo. Depois vieram os problemas na direção e por fim na caixa. Foi obrigado a parar maiscedo e terminou na terceira posição.

Será o ano do Poliarpo?

A classe de Promoção continua a dar cartas em 2016 e afirma-se cada vez mais como uma rampa delançamento de novas equipas. Depois de duas horas de resistência, Rui Policarpo, sem qualquer problema noLand Rover Defender foi aquele que mais voltas à pista conseguiu completar, 13 no total.

Manuel Morgado ainda deu luta a Rui Policarpo... só que com 2 furos e sem bloqueio, ficou a 1 volta davitória.

João Fernandes teve o Nissa Patrol GR pronto na noite anterior à prova e durante a resistência partiu osemi-eixo de trás. Com tanta aventura, o terceiro lugar neste arranque de Campeonato é muito positivo.

UTV/Buggy conquistam o público

A grande novidade de 2016 também passou com distinção neste arranque. A Classe UTV/Buggy atraiumuitos curiosos e as equipas inscritas corresponderam. No final levou a melhor João Lopes, que se estreia notrial 4x4, mas que conta já no currículo com cinco títulos absolutos conquistados no Todo-o-Terreno - três nosQuad e dois nos UTV/Buggy.

Destaque ainda para a participação de uma mulher nesta classe. Cláudia Costa esteve ao lado do pai,Domingos Diniz, e conseguiu uma segunda posição nesta estreia da classe UTV/buggy.

Emanuel Costa na frente da Absoluto
Em 2016 as Classes Extreme, Proto e Super Proto discutem o título Absoluto que coroa, digamos assim,o campeão dos campeões. A pontuação a atribuir para o Campeonato Nacional de Trial 4x4 2016 Absoluto édeterminada pela classificação geral final de cada evento, ou seja, no final e cada prova é publicada umaclassificação geral, determinada pelo número de voltas. Assim, em Valongo, quem conseguiu mais pontos para aAbsoluto foi Emanuel Costa, da classe Super Proto, com 22 voltas à pista. Seguem-se António Henriques e Bruno Fernandes.

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