Quantidades moderadas de bebidas açucaradas com frutose ou glicose não alteram substancialmente a saúde metabólica
- Os autores do estudo concluíram que “o consumo de frutose ou de glicose por si só não são prejudiciais para a saúde”
- As bebidas açucaradas com frutose ou glicose não alteram diferencialmente a sensibilidade à insulina, a resistência à insulina hepática ou marcadores pós-prandiais de saúde metabólica em adolescentes com um peso estável e fisicamente ativos
Os resultados de um estudo científico publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition indicam que o consumo de “quantidades moderadas de bebidas açucaradas com frutose e glicose durante 2 semanas, não tem efeitos diferenciais em jejum no colesterol pós-prandial, triglicéridos, glicose, ou na eliminação da insulina hepática em adolescentes com um peso estável e fisicamente ativos".
Dada a quantidade limitada de ensaios experimentais que comparam os efeitos de bebidas açucaradas com frutose e glicose na saúde metabólica dos adolescentes, o principal objetivo deste estudo científico foi o de comparar os efeitos a curto prazo derivados do consumo deste tipo de bebidas açucaradas em pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos, relacionados com vários indicadores de saúde: a sensibilidade à insulina, a secreção de insulina, a eliminação de insulina, e as concentrações de triglicéridos e colesterol.
O estudo consistiu em 2 ensaios de 15 dias de duração cada, um centrado em frutose e outro em glicose, para que os participantes fossem distribuídos de forma aleatória. Durante os dias 1-14, os
participantes consumiram 710 ml diários de uma bebida adoçada com frutose (composta por 50g de frutose e 15g de glicose), ou 710 ml ao dia de uma bebida adoçada com glicose (composta por
50g de glicose e 15g de frutose) bem como da sua dieta habitual. Os participantes mantiveram os seus níveis de atividade física de rotina durante o tempo de realização dos ensaios, e foram
convidados a fazer registros detalhados de sua dieta, incluindo o tempo exato de todas as refeições, lanches e bebidas durante os ensaios.
No dia 15 de cada um dos ensaios, os participantes permaneceram em laboratório durante 12 horas, consumindo 3 refeições líquidas (uma refeição de frutose ou uma de glicose a cada 4
horas), tirando amostras de sangue a cada 15 ou 30 minutos durante todo o dia.
Os principais resultados deste estudo indicam que a curto prazo, bebidas açucaradas com frutose ou glicose não alteram diferencialmente a sensibilidade à insulina e resistência à insulina hepática
nem os marcadores tradicionais em jejum ou pós-prandial de saúde metabólica (triglicéridos, colesterol, glicose, a secreção de insulina, ou eliminação de insulina) em adolescentes com um
peso estável e fisicamente ativos.
A partir dos dados da pesquisa, os autores concluíram que "o consumo de frutose ou glicose por si só não são prejudiciais à saúde" e enfatizou a necessidade de avaliar outros fatores, como os
níveis de obesidade e atividade física para prevenir a doença crónica.
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