MISSÃO CONTINENTE PROMOVE DEBATE SOBRE IMPACTO SOCIAL

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A Missão Continente apresentou a evolução do seu impacto social em 2023 face a 2022, através da apresentação do Relatório de Impacto | Missão Continente num evento que decorreu na sede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa.
 
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O relatório de impacto social demonstra o percurso que a Missão Continente tem vindo a traçar junto das comunidades e tem como objetivo consolidar a marca no seu papel enquanto investidor social. O documento reporta a atualização dos projetos apoiados ao longo de 2023, incluindo a análise dos contributos da marca para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
 
Os projetos apoiados pela Missão Continente, alinhados com os seus eixos de atuação - Alimentação, Pessoas e Planeta – focam-se essencialmente em três áreas de intervenção: Inclusão Social, Saúde e Educação e Sensibilização.
 
Em 2023, os projetos apoiados na área da Inclusão Social, permitiram chegar a mais de 11 mil pessoas, realizando mais de 7 500 consultas, 4 mil visitas ao domicílio com o apoio de 26 voluntários e a aquisição de 3 viaturas. Um dos exemplos é o da Associação Mais Proximidade que através do apoio da Missão Continente, em 2023 realizou mais 57% de visitas ao domicílio face a 2022, bem como mais 59% de passeios lúdicos e ainda aumentou em 11% o acompanhamento telefónico. Já no caso das Aldeias Humanitar, registou-se um aumento de 24% de beneficiários e de 109% de consultas presenciais.
 
Na área da Saúde os projetos desenvolvidos contaram com mais de 6 mil beneficiários, 25 mil visitas ao domicílio e o envolvimento de 700 voluntários. Uma das instituições apoiadas foi a Associação The Big Hand, beneficiária dos sacos solidários Missão Continente, tornando possível construir um gabinete médico e apadrinhar 40 crianças desfavorecidas.
 
Por fim, na área da Educação e Sensibilização os projetos apoiados impactaram mais de 100 mil alunos, através das mais de 800 escolas associadas, envolvendo cerca de 14 mil profissionais da comunidade escolar. Dentro desta área, destaque para o programa educativo Escola Missão Continente, que verificou um aumento de 44% no número de alunos e mais de 22% de escolas inscritas, face ao ano letivo 2021/22.
 
A Missão Continente tem vindo a reforçar o seu envolvimento junto das comunidades, implementando um acompanhamento profundo e regular dos projetos, de forma a monitorizar os resultados e capacitar as instituições. O Relatório de Impacto é uma ferramenta crucial para avaliar e comunicar os resultados do trabalho desenvolvido, garantindo a sua transparência e credibilidade. A nossa missão é gerar continuamente impacto social positivo junto da sociedade civil, tendo como propósito o desenvolvimento de um futuro mais sustentável, equitativo e inclusivo.” salienta Nádia Reis, Diretora de Comunicação e Responsabilidade Social do Continente.
 
A responsável nota ainda que a Missão Continente “está a dar os primeiros passos na medição do impacto social reforçando o seu compromisso enquanto agente mobilizador e promotor do debate em torno desta temática.”
 
A MC torna-se assim a primeira empresa de retalho em Portugal a lançar um relatório de impacto social que foi internacionalmente reconhecido pelos European Excellence Awards em Berlim.
 
Debate sobre o investimento social junta especialistas para falar sobre o futuro do impacto social em Portugal
 
O debate, moderado pelo jornalista Bento Rodrigues, contou com a participação de Marta Albuquerque, Vice-presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social 2030, Cristina Almeida, Partner da MAZE Impact, Ricardo Pimentel, Especialista em Investimento de Impacto na Fundação Ageas, e Inês Oom de Sousa, Presidente da Fundação Santander Portugal.
 
Bento Rodrigues começou por indicar que “o impacto social não se mede pela quantidade de dinheiro que consegue gerar, mas sim pela diferença que consegue fazer na vida das comunidades e das pessoas em particular”. Acrescentou ainda que o investimento social para ser eficaz implica uma rigorosa medição do impacto, sendo importante perceber como a ajuda está ou não a ser distribuída. 
 
Inês OOM deu nota de que, em termos de estratégia, a Fundação Santander surgiu para aumentar o impacto social em Portugal. “80% do nosso investimento é direcionado para a educação. Consideramos que é através da educação, quer das pessoas, quer das empresas, quer do terceiro setor, que conseguimos fazer a diferença”.
 
Por sua vez, Cristina Almeida destacou que há três formas dos investidores conseguirem cimentar o seu compromisso na relação com o impacto e os projetos que apoiam. A primeira tem que ver com a seriedade com que os projetos lidam com os incentivos. A segunda está diretamente relacionada com o posicionamento dos investidos no mercado. Já a terceira está diretamente relacionada com a transparência, em relação ao impacto e aos riscos dos projetos em que investem.
 
Ricardo Pimentel sublinhou que é importante os empreendedores sociais direcionarem o seu tempo para a execução dos projetos, deixando o acompanhamento do risco e do retorno para a Fundação AGEAS.
 
Já Marta Albuquerque referiu que a Portugal Inovação Social 2030 exige métricas de avaliação de impacto, de forma a acompanhar a evolução dos projetos, uma vez que existe sempre a possibilidade de os readaptar, sendo que tal só é possível com monitorização permanente.
 
Deste modo, é possível concluir que todos reconheceram a necessidade e importância de se medir o impacto das iniciativas de ESG, ainda que este possa ser um processo moroso, oneroso e ainda pouco uniformizado. No entanto, as empresas precisam, cada vez mais, de avaliar os seus investimentos sociais e verificar o resultado real das suas práticas sociais.
 
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