A inauguração da exposição “Membrana” terá lugar no sábado, dia 18 de setembro, às 17:30, na Solar – Galeria de Arte Cinemática, em Vila do Conde, e contará com a presença dos artistas João Pais Filipe e Mónica Baptista e ainda uma performance de João Pais Filipe (na inauguração e fecho da exposição).
O encontro renovado entre a programação da Solar — Galeria de Arte Cinemática e a do Circular Festival de Artes Performativas resulta numa coprodução que explora o trabalho criativo multidisciplinar de João Pais Filipe e de Mónica Batista. No caso desta exposição, que integra também momentos performativos, as interseções possíveis entre a lógica de programação das duas estruturas sediadas em Vila do Conde estabelecem pontes entre territórios distintos: o músico percussionista assume-se também como escultor e escultor de sons; a cineasta experimental como fotógrafa e como artista plástica que emprega a fotografia como elemento base de dispositivos desenvolvidos espacialmente. A exposição foi imaginada em conjunto, após um desafio lançado pelas equipas de programadores, convocando João Pais Filipe para um trabalho mais amplo, de cruzamentos disciplinares e para a exploração do espaço total da galeria, individualmente, mas com abertura para outras quaisquer colaborações. O contributo de Mónica Baptista veio valorizar o processo, com peças que, intrinsecamente, já manifestavam cumplicidade e complementaridade. Consequentemente, a galeria é habitada por objetos, imagens e sons, que formam um conjunto. São como um registo de uma relação que se prolonga no tempo e no espaço, particularmente o da viagem a paisagens remotas, o lugar onde se exponenciam cargas simbólicas e se exploram também encontros com outras culturas.
Segundo os próprios artistas: Membrana é o que separa, o que protege e também o que vibra. É da simbiose entre matérias e ritmos que surge a exposição de João Pais Filipe (som, gongos) e Mónica Baptista (fotografia, filme). Numa cadência de salas escuras, imagens em diálogo com as esculturas sonoras convocam-nos para uma experiência em que o som e a luz, ambos de natureza vibratória, nos conduzem por uma deriva rizomática. Esta obra resulta de uma residência artística no Uganda em 2019 que antecedeu o festival Nyege Nyege.
A exposição, que poderá ser vista nos espaços da Solar entre 18 de setembro e 6 de novembro de 2021, é organizada pela Curtas Metragens CRL no âmbito da programação da Solar — Galeria de Arte Cinemática em co-produção com o Circular Festival, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Conde e Direção-Geral das Artes.
Horário de Funcionamento da Galeria:
Segunda-feira a sábado: 14:00 - 18:00 |
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