“Serpentário” de Carlos Conceição em competição no Ann Arbor Film Festival
“Serpentário”, primeira longa-metragem do realizador Carlos Conceição, será exibida na 58ª edição do Ann Arbor Film Festival, num dos festivais mais conceituados do cinema experimental vanguardista da América do Norte, a realizar-se de 24 a 29 de março, nos Estados Unidos da América. Trata-se do primeiro filme da produtora portuguesa Mirabilis de António Gonçalves e Carlos Conceição, com promoção e distribuição da Agência da Curta Metragem. “Serpentário” tem sido acalmado pelas críticas no panorama do cinema mundial, no entanto, sem ainda ter estreado em Portugal.
O filme, que integra a principal secção competitiva internacional de Ann Arbor, segue um rapaz que vagueia por uma paisagem africana pós-catástrofe em busca da sua mãe e é protagonizado por João Arrais, contando ainda com a participação da voz de Isabel Abreu.
“Serpentário” teve a sua estreia mundial na secção Fórum do Festival de Berlim e foi exibido pela primeira vez em território nacional no Curtas Vila do Conde, onde Carlos Conceição foi Realizador em Foco. Até hoje, a longa-metragem foi distinguida com o prémio de Melhor Realizador do Novos Cinemas, em Pontevedra, Prémio Revelação do Doclisboa, prémio Nuove Visione no Sicilia Queer, em Itália, o Prémio do Público do Burgas Film Festival, na Bulgária, o Prémio de Melhor Montagem no festival Filmadrid (bem como a Menção Especial para o Melhor filme), e ainda a menção especial do júri Nouveaux Alquimistes do Festival du Nouveau Cinéma, Canadá.
Carlos Conceição cresceu entre Portugal e o deserto do sul de Angola até ingressar na Escola de Cinema de Lisboa em 2002. Anteriormente estudara Literatura Inglesa do Romantismo. A sua primeira curta-metragem, “Carne” (2010), foi premiada como Novo Talento no Indie Lisboa em 2010, enquanto “Versailles” (2013) competiu no Festival de Locarno. Tanto “Boa Noite Cinderela” (2014) quanto “Coelho Mau” (2017) estrearam na Semana da Crítica do Festival de Cannes com muito entusiásticas respostas. Carlos também foi alvo de retrospectivas integrais do seu trabalho na Cinemateca Francesa em Paris e no Festival de Cinema de Amiens.
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