Cushman & Wakefield identifica os próximos destinos europeus de Coworking

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Segundo a mais recente publicação da Cushman & Wakefield, “European Coworking Hotspot Index”, as cidades de Amesterdão, Estocolmo, Helsínquia e Dublin estão entre os próximos destinos europeus preferidos para a localização de espaços de coworking e de escritórios flexíveis.

O coworking ou escritórios flexíveis são uma nova abordagem ao conceito de escritórios - consistem em espaços geridos por operadores especializados que oferecem aos seus utilizadores um conjunto de serviços acrescido à simples disponibilização do espaço, bem como uma muito maior flexibilidade em termos de contrato.    

A rápida expansão destes conceitos nos últimos anos alterou significativamente o funcionamento dos mercados globais de escritórios, justificando a realização desta publicação que analisa o mercado de espaços de trabalho flexíveis na Europa, avaliando o estado atual do setor e identificando as localizações com maior potencial de crescimento no futuro.

A Cushman & Wakefield monitoriza 11 milhões de metros quadrados de espaços de coworking, escritórios com serviços partilhados e espaços flexíveis, possuindo assim informação valiosa sobre este setor. Londres é a cidade europeia com maior atividade a este nível:  neste mercado o coworking representa hoje 4,6% da oferta total de escritórios, ou mais de 1,1 milhões de metros quadrados. A cidade de Nova York revela também um peso importante deste novo conceito de escritórios; em conjunto, ambas as cidades, Londres e Nova Iorque, representam 22% da oferta total de coworking do mundo,.

No que se refere à oferta atual deste novo formato de escritórios, Londres encontra-se no topo da lista, com Amsterdão, Paris, Estocolmo e Berlim as restantes cidades no top 5 do ranking. O caso de Amsterdão é particularmente relevante, por ser o mercado da Europa com o maior peso relativo deste formato, que representa na cidade 6% do total da oferta de escritórios, face a uma média europeia de 2%.

O “European Coworking Hotspot Index” tem como objetivo avaliar o potencial futuro para o crescimento de coworking na Europa, resultando num ranking das 40 cidades europeias mais atrativas para espaços de coworking. São quatro os fatores tidos em conta para a construção do índice: escala (económica e do mercado de escritórios); ambiente de negócios, mão-de-obra e fatores catalisadores como são os rácios de start ups, as despesas em I&D (Investigação e Desenvolvimento) ou os hábitos de trabalho à distância (online).

Os resultados obtidos colocam as grandes cidades de Londres e Paris no topo da lista, enquanto Estocolmo, Dublin e Copenhaga completam o top 5 do ranking, pelo grande potencial de coworking que apresentam.
Segundo Marta Esteves Costa, Diretora de Research da Cushman & Wakefield, “O crescimento do coworking está a forçar operadores e proprietários a repensar todo o design e fit-out dos espaços tradicionais de escritórios para acomodar as necessidades deste novo tipo de ocupação.”

No “European Coworking Hotspot Index” Lisboa ocupa o 37º lugar em termos de potencial para o desenvolvimento de espaços de coworking, posto pouco representativo, e em grande parte impactado pela reduzida dimensão da nossa economia e do mercado de escritórios. Ainda assim outros fatores como a legislação pouco flexível do mercado de trabalho, penalizam igualmente uma abordagem menos convencional ao mercado de trabalho.

Lisboa conta hoje com uma oferta de coworking que ronda os 50.000 metros quadrados, representando menos de 1% da oferta total da cidade. No entanto, o dinamismo do setor neste último ano foi evidente, comprovado pelo peso que este formato teve na procura total de escritórios, próximo dos 9%.

“A transformação a que temos vindo a assistir na cidade de Lisboa, pautada por um crescimento significativo das áreas tecnológicas e por uma abordagem cada vez menos tradicional ao mercado de trabalho, vai certamente impactar o crescimento dos espaços flexíveis, sendo expectável que no futuro Lisboa suba no ranking do potencial de desenvolvimento de espaços de coworking”, conclui Marta Esteves Costa.      
 
Sobre a Cushman & Wakefield
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