Cushman & Wakefield lança Hotel Operator Beat

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  • 50% dos hoteleiros acredita que a recuperação plena do setor em Lisboa será em 2023
A Cushman & Wakefield lançou o Hotel Operator Beat para a Península Ibérica com o objetivo de perspetivar o futuro do setor. Neste estudo participaram 50 grupos hoteleiros, portugueses e espanhóis, que representam uma oferta de cerca de 200.000 quartos.
As perspetivas de recuperação variam de forma significativa entre os vários destinos da Península Ibérica. Em geral, os hoteleiros consideram que os destinos de praia (costas e ilhas) deverão recuperar mais rápido que as cidades. 46% dos entrevistados acreditam que em 2022 já se poderão atingir os valores de 2019 nas zonas costeiras. Uma percentagem que baixa ligeiramente para os 41% no caso das ilhas.

Numa análise global, é em 2023 que os hoteleiros apostam na plena recuperação. 50% dos inquiridos considera que Lisboa deverá atingir os indicadores de 2019 nesse ano, e para Barcelona e Madrid, 60% e 48% dos inquiridos apontam para a mesma data, respetivamente. Lisboa foi um dos destinos que registou uma evolução mais positiva em 2019, e talvez por isso 27% dos hoteleiros acredita que recuperação do setor na cidade seja em 2022.

Mesmo com este cenário, quase metade das cadeias hoteleiras mantêm os seus planos estratégicos previstos antes da pandemia – segundo Gonçalo Garcia, responsável de Hospitality da Cushman & Wakefield em Portugal, “estes números demonstram a solidez e grau de responsabilidade do setor hoteleiro. Nesta crise, o setor está, apesar das dificuldades, mais robusto que na crise anterior, e por isso os planos estratégicos estão em parte a avançar”.

Contudo, 21% dos inquiridos reconhece que os novos projetos se encontram em stand-by. O financiamento e as alterações nas condições de mercado são as principais causas para isto. De acordo com Gonçalo Garcia, “apesar da crise, os grupos hoteleiros têm mostrado uma grande responsabilidade e vontade de prosseguir com os seus novos projetos, tendo tanto operadores como proprietários estado a adaptar-se à nova realidade”.

Apesar da falta de atividade do setor, 29% dos entrevistados reconhecem que continuam a estudar operações de compra e venda em quase todos os mercados da Península Ibérica e que continuam também interessados em estudar novos projetos.

“A Península Ibérica continua a atrair o interesse de investidores e operadores. Conscientes do excelente desempenho que estes países registaram a nível hoteleiro entre 2012 e 2019, e as perspetivas para uma total recuperação relativamente rápida, há players de mercado com liquidez à espera de novas e boas oportunidades, assim que o mercado retomar”, conclui Gonçalo Garcia.
 

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