CUSHMAN & WAKEFIELD PREVÊ NOVO ANO EXCECIONAL PARA O IMOBILIÁRIO

Report this content

·         Em 2018 a atividade de investimento imobiliário comercial atingiu um novo recorde histórico, com o volume de fecho estimado em cerca de 3.000 milhões de euros.

·         Os investidores estrangeiros foram responsáveis pela quase totalidade do volume de investimento em Portugal, representando uma parcela nunca antes ultrapassada, de mais de 94%.

O mercado de escritórios da Grande Lisboa contabilizava até novembro 191.000 m2, e muito possivelmente ultrapassará em dezembro o máximo histórico de 2008 (233.00 m2).

A Cushman & Wakefield apresentou hoje um resumo da atividade do mercado imobiliário nacional em 2018 e as suas perspetivas para 2019.
Segundo Eric van Leuven, diretor-geral da consultora em Portugal, “2018 foi o ano de todos os records, em quase toda a linha: no volume de transações de investimento (que deve rondar os €3.000 milhões), mas também na absorção de escritórios, na atividade do retalho de rua, na dimensão dos negócios, e no nível das taxas de rentabilidade.” Quanto à atividade da Cushman & Wakefield em Portugal, obtivemos um novo melhor resultado de sempre, com todos os departamentos a excederem os objetivos. O ano passado foi também importante uma vez que ganhámos o prémio de melhor consultora imobiliária em Portugal atribuído pela prestigiada publicação internacional Euromoney”, continua Eric van Leuven
Mercado de investimento imobiliário comercial
A atividade de investimento em produto acabado de imobiliário comercial manteve-se extremamente dinâmica ao longo de 2018. Até ao dia 30 de dezembro estavam confirmados mais de 2.800 milhões de euros transacionados em ativos imobiliários comerciais, valor que traduz uma subida de 33% face ao ano anterior. O valor definitivo de fecho do ano encontra-se ainda por confirmar, mas acredita-se que deverá rondar os 3.000 milhões de euros. Este volume considera apenas investimento em produto comercial acabado e de rendimento.
 
Se no passado a atividade de promoção e reabilitação urbana não assumia junto dos principais investidores institucionais maior importância, nos últimos anos estas operações são cada vez mais frequentes no nosso pais, fruto da escassez de oferta nos mercados ocupacionais e da cada vez maior atratividade do sector imobiliário nacional à escala mundial. Estima-se assim que o volume de investimento alocado a este tipo de operações no nosso país tenha ultrapassado em 2018 os 2.000 milhões de euros, distribuídos por mais de 50 negócios. Entre as operações de promoção e reabilitação urbana de maior envergadura destacam-se o portfolio Golden, vendido pela Fidelidade aos americanos da Apollo por um valor de 425 milhões de euros, dos quais cerca de 70% se estima serem ativos do sector residencial. A venda dos terrenos da Feira Popular por parte da Câmara de Lisboa à Fidelidade, a compra dos portfolios Viriato e Centauro, respetivamente do Novo Banco e Açoreana/Banif, ou a aquisição por parte da Mabel Capital do Quarteirão da Suiça são também operações de promoção e reabilitação urbana a destacar.

Os investidores estrangeiros têm vindo a revelar um interesse crescente no imobiliário comercial em Portugal, tendo sido responsáveis em 2018 por 94% do volume total investido em produto acabado. Após 3 anos a liderarem o top de investimento estrangeiro em Portugal, os norte americanos adotaram em 2018 uma postura menos agressiva, tendo sido os europeus a dominarem as compras de ativos comerciais. Cerca de 70% do capital estrangeiro teve origem na Europa, com as casas de investimento francesas a alocarem a maior parcela de capital ao imobiliário português, 765 milhões de euros. Seguiram-se os players espanhóis, que investiram em Portugal 580 milhões de euros e os originários do Reino Unido, com cerca de 500 milhões de euros alocados ao nosso país. À semelhança de 2017, a diversidade da origem de capital manteve-se também no ano transato, com negócios realizados por investidores das mais diversas nacionalidades como a americana, chinesa, suíça, brasileira, canadiana ou angolana.    
O sector de retalho, nomeadamente de centros comerciais, esteve particularmente ativo, atraindo 52% do volume total, mais de 1.400 milhões de euros. Seguiu-se o sector de escritórios com 35% do total investido, cerca de 950 milhões de euros. Em ambos os casos estes dois sectores atingiram máximos históricos em termos de volume de investimento.. O sector hoteleiro surge, pela segunda vez na história, como o terceiro segmento de imobiliário comercial mais atrativo, tendo captado para o nosso país 8% do total investido, mais de 200 milhões de euros. Este valor apenas foi ultrapassado em 2015, quando se transacionaram mais de 280 milhões de euros, em grande parte explicados pela aquisição por parte da Minor do portfólio de hotéis do Tivoli.
As transações de portfólios de grande dimensão continuaram a ter um peso muito significativo no total de investimento, tendo representado 36% do volume transacionado; cerca de 1.000 milhões de euros distribuídos por 17 negócios. O portfólio de retalho da Blackstone, que inclui o Foum Sintra, o Sintra Retail Park e Forum Montijo, adquirido pela Immochan, foi a operação com maior volume. Outro reflexo da atratividade de que goza o mercado imobiliário nacional à escala global é a tendência crescente das operações de venda de carteiras de NPL’s (non-performing loans) com ativos imobiliários subjacentes e de REOs (real estate owned – imobiliário no balanço do banco). A banca reforçou em 2018 a tendência iniciada em 2017 e colocou este ano dezenas de portfolios de NPL’s e REO’s de forma generalizada e mais organizada
 
A Cushman & Wakefield foi responsável por algumas das mais importantes transações do mercado, destacando-se na área de escritórios a venda da totalidade do Lagoas Park, numa das maiores transações do ano, a compra de nove edifícios na Quinta da Fonte e a venda do edifício Barata Salgueiro 33; na área de retalho vários portfólios de supermercados e de lojas de rua; na área de promoção e reabilitação urbana a venda de um terreno para promoção no Campo Pequeno com cerca de 40.000 m2. Uma equipa multidisciplinar composta por elementos dos departamentos de Capital Markets, Escritórios e Research & Consultoria participou na análise e valorização do processo de aquisição da maior transação de promoção do ano, a compra dos terrenos da Feira Popular à Câmara Municipal de Lisboa por parte da Fidelidade.

(Comunicado integral em anexo)

Tags:

Subscrever