Promoção de centros comerciais na Europa cai 23%

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·         Em 2017 foram inaugurados 3,8 milhões de m2 de novos centros comerciais, menos 23% que em 2016
·         É prevista a abertura de 6,6 milhões de m2 até final de 2019

Segundo a última edição do estudo European Shopping Centre Development publicado pela Cushman & Wakefield, a promoção de centros comerciais na Europa está a abrandar. Em 2017 inauguraram 3,8 milhões de metros quadrados, menos 23% que em 2016.
 
O stock atual de centros comerciais a nível europeu totaliza 166,5 milhões de metros quadrados, dos quais 109,7 milhões se encontram na Europa Ocidental e os restantes na Europa Central e de Leste. No segundo semestre de 2017, a Turquia foi o país com o maior volume de centros comerciais em construção, mais de 495.000 metros quadrados, à frente da Rússia onde abriram 330.000 m2 e da Polónia com 298.000 m2.
 
Prevê-se que até ao final de 2019 irão inaugurar cerca de 6,6 milhões de metros quadrados em toda a Europa.

França registou o maior volume de novas aberturas, tendo totalizado mais de 326.000 metros quadrados de inaugurações em 2017. Contudo, o estágio de maturidade deste mercado resultou numa queda de 28% na construção de novos espaços comerciais em comparação com 2016. O Reino Unido registou uma queda de 23%, tendo inaugurado apenas 120.000 metros quadrados no ano passado; enquanto a Alemanha sofreu um decréscimo de 82% na área inaugurada.
 
Em Espanha o forte aumento do turismo teve um impacto muito positivo na promoção de centros comerciais com a procura de retalhistas e investidores a aumentar. Espanha ocupou a segunda posição na Europa em volume de espaço inaugurado em 2017 com 210.000 metros quadrados e é o país com o segundo maior pipeline até 2019.
 
A maturidade da indústria dos centros comerciais em Portugal é refletida no volume da oferta, contando o nosso país com uma densidade comercial de 312 m2/1,000 habitantes, superior à média da Europa ocidental e acima de países como Espanha, Reino Unido, França ou Itália. Mas é também na performance dos centros comerciais portugueses que se verifica a maturidade e profissionalismo do sector, sendo que a renda prime de centros comerciais se situa atualmente nos 100€/m2/mês, superior a mercados como o espanhol, italiano ou alemão.
 
As alterações de comportamentos de consumo e o crescimento do comércio eletrónico estão a criar alguns desafios para a industria de centros comerciais, mas também muitas oportunidades para promotores e proprietários, bem como retalhistas. Este mercado irá passar por uma profunda transformação nos próximos anos, abrindo portas à inovação com introdução de novas tendências que a médio prazo poderão trazer fontes de retorno adicional.  
 
As principais tendências de evolução futura identificadas pelo relatório apontam para mudanças no tipo de projetos a desenvolver, com uma aposta crescente em zonas de lazer e de restauração, de forma a transformar os centros comerciais em pontos de encontro das comunidades; e um maior enfoque em centros de menor dimensão, apostando na proximidade e conveniência. No que se refere à oferta de retalho, a diversificação do mix comercial começa já a ser notada, com uma presença cada vez mais relevante de operadores independentes, esperando-se em breve uma abertura de espaço a start-ups e pequenos produtores. Relativamente à operação dos centros, a integração de pontos de distribuição de comércio eletrónico poderão ser uma alternativa ao desafio da logística urbana, trazendo novas fontes de receita e originando fluxo adicional de visitantes. Por último, em breve deverá começar a surgir novos modelos de rendas, de forma a refletir nas rendas variáveis a contribuição das lojas físicas na operação online dos retalhistas.               

Sobre a Cushman & Wakefield
A Cushman & Wakefield é uma consultora líder global em serviços imobiliários. Os 43.000 colaboradores em mais de 60 países prestam serviços local e globalmente criando valor significativo a ocupantes e investidores em todo o mundo. A Cushman & Wakefield está entre as maiores empresas de serviços imobiliários com uma faturação de 5 mil milhões de dólares através de serviços de agência, representação de inquilinos, vendas e aquisições, gestão de imóveis, gestão de projetos, consultoria e avaliações. Para saber mais visite www.cushmanwakefield.pt

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