RETALHO DE RUA NA AVENIDA DA LIBERDADE E CHIADO COM VALORES DE PRÉ CRISE
O comércio de rua em Lisboa iniciou, a partir de meados da década passada, um trajeto ascendente no setor de retalho nacional. Se no passado as ruas eram o parente pobre deste segmento, hoje a Avenida da Liberdade e o Chiado competem sem vergonha com as ruas de comércio das principais capitais europeias.
As marcas de renome que hoje ocupam a Avenida da Liberdade e o Chiado são uma boa prova da atratividade crescente do setor, mas mais marcante e importante são os valores que se praticam nestas zonas e a sua evolução em plena crise face a outros segmentos do imobiliário.
De acordo com os mais recentes dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, enquanto os escritórios na Avenida da Liberdade em Lisboa, localização prime por excelência do setor, sofreram uma correção na yield prime* de 200 pontos base desde o pico de mercado em 2007, as yields de retalho de rua nesta localização corrigiram apenas metade, 100 pontos base. Comparação equivalente com os centros comerciais prime em Portugal, outrora a estrela do setor imobiliário português, demonstra um ajustamento durante a crise de 250 pontos base, mais 150 que os ativos de comércio na Avenida da Liberdade.
A recuperação das yields que se iniciou no final de 2013 no mercado imobiliário nacional foi também muito mais visível no comércio de rua, onde as taxas de rentabilidade de pico de mercado (em 2007) foram já atingidas, atualmente nos 6% tanto no Chiado como na Avenida da Liberdade. Por outro lado, os escritórios na Avenida da Liberdade e os centros comerciais prime em Portugal têm ainda um caminho a percorrer para atingir os valores dessa altura, faltando aos escritórios 50 pontos base e aos centros comerciais 175 pontos base.
As rendas demonstraram uma evolução semelhante e demonstrativa da resiliência do comércio de rua face à crise. Se nos escritórios a renda prime desde 2007 desceu dos 21€/m2/mês para 18,5 €, e nos centros comerciais dos 75€/m2/mês para os 70€; as rendas na Avenida da Liberdade e no Chiado refletiram, pelo contrário, um aumento, tendo evoluído desde os 75 €/m2/mês em ambas as zonas para os 82,5 € na Avenida da Liberdade e os 92,5 € no Chiado.
Esta evolução de valores tem um efeito direto e muito marcante na valorização dos ativos: em média os ativos prime de comércio de rua em Lisboa terão valorizado 17 % desde 2007 até hoje.
*Yields – Taxas de rentabilidade “exigidas” por potenciais compradores e implícitas no preço oferecido pelos ativos. Quanto maior a taxa, maior é o risco atribuído e por isso menor o valor do ativo. Uma subida na taxa implica desvalorização do ativo; descida implica aumento de valor do ativo.
Nota para os editores:
A Cushman & Wakefield é a maior empresa privada de serviços imobiliários do mundo. A consultora aconselha e representa clientes em todas as etapas do processo imobiliário. Fundada em 1917, a firma tem cerca de 250 escritórios em 60 países, contando com mais de 16.000 profissionais de imobiliário. A Cushman & Wakefield oferece serviços para todos os tipos de imóveis, incluindo arrendamento, vendas e aquisições, gestão de imóveis, gestão de projetos, consultoria e avaliações. A consultora tem mais de 4 mil milhões de dólares de ativos sob gestão a nível global. A C&W é mundialmente reconhecida pelos seus estudos e relatórios com informação de mercados locais e globais, que pode encontrar em www.cushmanwakefield.pt
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