LIXIANA (edoxabano) anticoagulante oral, de toma diária única, alcança endpoint primário no estudo Hokusai-VTE CANCER

Report this content

Hokusai-VTE CANCER é um estudo de fase 3b, prospetivo, aleatorizado, em regime aberto, com avaliação oculta de endpoint (PROBE) que avaliou os efeitos de edoxabano versus os da heparina de baixo peso molecular (HBPM) dalteparina, no tromboembolismo venoso (TEV) associado a um cancro primário ativo.1,2,3

·         O estudo alcançou o endpoint primário de não-inferioridade relativamente ao TEV recorrente ou à hemorragia major definida pelos critérios da ISHT.1,2,3

Lisboa, Portugal (14 de dezembro, 2017) – A Daiichi Sankyo, anunciou hoje os resultados do estudo Hokusai-VTE CANCER, que avaliou o edoxabano (conhecido pela marca LIXIANA®, fora dos Estados Unidos e como SAVAYSA® nos Estados Unidos) e que demonstrou que este anticoagulante oral de ação direta é não-inferior à dalteparina, uma HBPM injetável subcutânea, no endpoint composto de TEV recorrente ouhemorragia major.2,3 Os resultados do estudo foram simultaneamente publicados no New England Journal of Medicine (NEJM) e apresentados durante as sessões do 59th American Society of Hematology (ASH) Annual Meeting em Atlanta, Georgia.

Hokusai-VTE CANCER é o primeiro estudo realizado com um anticoagulante oral de ação direta (DOAC), edoxabano, a alcançar os critérios pré-definidos de não-inferioridade versus a terapêutica padrão, dalteparina, nesta população de doentes.2,3 O estudo atingiu o objetivo primário de não-inferioridade para o  edoxabano num composto de primeiro TEV recorrente ou hemorragia major definida pelos critérios da ISHT, durante os 12 meses do estudo, que ocorreu em 67 dos 522 doentes (12,8%) do grupo edoxabano e em 71 dos 524 doentes (13,5%) no braço dalteparina (hazard ratio com edoxabano, 0,97; 95% IC, 0,70 a 1,36; P=0,0056 para não-inferioridade) para uma diferença de risco (edoxabano menos dalteparina) de -0,7% (95% IC, -4,8 a 3,4) .2,3

A diferença no risco de TEV recorrente foi de -3,4%% (95% IC, -7.0 a 0.2), considerando que a diferença correspondente no risco de hemorragia major foi de 2.9% (95% CI, 0.1 a 5.6.3 A frequência de eventos hemorrágicos major (categorias 3 e 4) foi semelhante no tratamento com edoxabano e dalteparina (12 doentes em cada grupo, respetivamente)2,3 Não ocorreu nenhuma hemorragia fatal no grupo de edoxabano, enquanto no grupo dalteparina ocorreram duas hemorragias fatais.3

O estudo alcançou também o outcome secundário de sobrevivência livre de eventos (livre de TEV recorrente, hemorragias major ou morte) aos 12 meses, e as taxas foram semelhantes entre edoxabano e dalteparina (55.0% e 56.5%, respetivamente).2,3 O estudo teve um desenho PROBE (Prospective, Randomized, Open, Blinded Endpoint) e incluiu um grupo abrangente de doentes (n=1,050) com cancro primário ativo (98%): 53% dos quais tinham cancro metastático e 72% estavam a receber terapêuticas anticancerigenas no momento da aleatorização.2,3 Este foi o maior ensaio clínico prospetivo, aleatorizado a estudar o benefício e o risco de um DOAC em doentes oncológicos versus a atual terapêutica standard injetável, dalteparina. O Hokusai-VTE CANCER é o primeiro estudo a demonstrar que um DOAC, edoxabano, é não-inferior à terapêutica padrão, uma HBPM injetável (dalteparina), nesta população.2,3

“Os doentes com cancro têm um risco de TEV significativamente aumentado e são uma população de alto risco, uma vez que 82% dos doentes têm um ou mais fatores de risco pré-definidos de hemorragia”, afirmou o co-investigador principal do estudo, Professor Harry Büller, do Departamento de Medicina Vascular do Academic Medical Center, Amesterdão, na Holanda. “Verificámos uma incidência de TEV mais baixa nos doentes tratados com edoxabano em comparação com os que receberam dalteparina ao longo de um ano de estudo. Verificámos também entre o edoxabano e a dalteparina uma gravidade clínica dos eventos hemorrágicos semelhante. Em doentes oncológicos, o risco de TEV persiste após os seis meses, portanto, a duração de 12 meses do estudo permitiu a avaliação dos efeitos de edoxabano durante um período mais longo”.
O TEV inclui a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP) e representa a segunda principal causa de morte em doentes com cancro que estão a fazer quimioterapia.4 

As guidelines atuais recomendam as HBPM durante, pelo menos, seis meses, como tratamento padrão, em doentes oncológicos,5,6,7 e, neste momento, verifica-se uma fraca adesão a essas recomendações devido à necessidade de fazer injeções diárias. O tratamento do TEV associado ao cancro representa um desafio porque estes doentes têm um risco acrescido tanto de TEV como de hemorragia major.2 A ocorrência de TEV em doentes com cancro aumenta entre duas a seis vezes o risco de morte4 e pode ser causa de interrupção do tratamento oncológico.8

“A utilização de um anticoagulante oral que alivie o desconforto associado às injeções diárias, sem perda de benefício clínico, pode representar um avanço para os doentes oncológicos com TEV”, afirmou o Dr. Hans J. Lanz, MD, Vice-Presidente, Global Medical Affairs da Daiichi Sankyo. “Os dados continuarão a aumentar o conhecimento do Programa de Investigação Clínica de Edoxabano, que tem fornecido informações fundamentais sobre os potenciais efeitos do edoxabano em doentes com TEV e fibrilhação auricular”.

(*) referências no interior do documento.

Tags: