Plataforma de encontros Felizes.pt compromete-se a acabar com scams, burlas e nudez não solicitada
Em dois anos, os cibercrimes mais que duplicaram, de acordo com a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, um dos últimos exemplos é a série da Netflix “The Tinder Swindler” (O Golpista do Tinder), um documentário de true-crime que retrata uma história real em que um perfil falso numa app de encontros consegue extorquir dinheiro a várias vítimas que estão apaixonadas por uma mentira.
Mas as burlas na internet não são crimes novos, apenas ganham novo espaço nos sites de encontros quando não existe regulação e deteção destas atividades.
O site de online dating português, criado em 2014 com a missão de fazer frente às plataformas de encontros já existentes no mercado, ocupa atualmente a maioria do tempo a desenvolver e melhorar um sistema de deteção anti-scam e burlas para a proteção dos utilizadores da plataforma que tem a média de idades mais alta de Portugal, com 12% dos utilizadores acima dos 60 anos, que tendencialmente podem ser vítimas mais facilmente enganadas pelos crimes da internet.
“Os pais dos utilizadores do Tinder usam o Felizes.pt” afirma Rui Sousa, co-fundador do Felizes.pt, “por isso se mesmo os utilizadores de uma plataforma destinada ao público mais jovem podem ser enganados por mentes criminosas, o público mais sénior que usa a nossa plataforma deve estar protegido destes ataques”, acrescenta.
A forma de combater os possíveis ataques é através de um sistema complexo que é alimentado por um conjunto de dados e que analisa em tempo real a probabilidade de um determinado perfil ser um “perfil falso”, que pode ser usado para extorsão de outros utilizadores, pornografia ou prostituição. Este software emprega modelos de Inteligência Artificial como machine learning e neural networks para aprender a classificar com precisão como age um burlão e bloquear o seu acesso e comportamento.
Quando é identificada uma elevada probabilidade de um perfil ser scammer, este é depois avaliado por um humano, antes de haver uma ação administrativa sobre o perfil.
“Sempre me pareceu algo natural e que nasceu pela necessidade do serviço que prestamos ter uma atenção com o utilizador e a sua proteção. Assim, e para proteger todos os utilizadores, estamos ativamente envolvidos em bloquear o acesso a perfis falsos e mal intencionados e travar a sua ação”, explica Rui Sousa.
Receber “nudes” é uma forma de assédio
A funcionalidade que apanha a nudez e conteúdo sexualmente explícito nas fotografias enviadas entre utilizadores é um outro algoritmo que é usado tanto nas fotografias de perfil como nas fotografias enviadas no chat.
Se o algoritmo detetar pelo menos 50% de probabilidade de uma fotografia conter nudez, essa fotografia é entregue ao destinatário, mas segue com um aviso e um filtro que desfoca a fotografia para que seja o destinatário a decidir se quer visualizar o seu conteúdo. Desta forma, a segurança dos utilizadores é assegurada, sem interferir na sua privacidade.
“Neste caso, o destinatário é informado no aviso de que a fotografia provavelmente contém nudez e é dada a opção de remover o filtro para a poder ver. Esta foi a forma que encontrámos para retirar a carga negativa e intrusiva que uma fotografia sexualmente explícita não solicitada pode causar no recipiente, mas manter o controlo de quem recebe as fotografias”, explica Rui Sousa.