A SEGUIR NA CASA FERNANDO PESSOA: 1915 – O ANO DE ORPHEU

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Para lá da actividade regular, a Casa Fernando Pessoa desenvolve mensalmente várias iniciativas que privilegiam o encontro com outras estruturas, outros públicos, assinalando diferentes momentos e tempos.
 
Abril continua a ser ‘mês de Orpheu’ e, para lá da programação especial já iniciada e que continua a invadir os espaços da CFP com a exposição de Pedro Proença, a conhecê-la melhor com as visitas temáticas e a surpreender nesses espaços de encontro que são os cafés, continuamos a debater e a reflectir sobre esse momento de ruptura de há cem anos. Neste contexto, é lançado o livro 1915-o ano de Orpheu (Tinta-da-china), organizado por Steffen Dix, dia 23, quinta, às 19h00, um conjunto de ensaios que, a partir de diversos ângulos, recria o ano de Orpheu. A sessão conta com a participação de Guilherme d’Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura) e José Manuel Fernandes (Fundação EDP).
 
Ainda em Abril regressa o ciclo de debate  Os Espaços em Volta que, desta feita, tem por mote o ‘Manifesto’. O ponto de partida são os 80 anos de Paula Rego e os 50 anos do seu quadro Manifesto. Com Filipa Leal e Inês Fonseca Santos estarão os convidados Ana Vidigal, Luís Trindade e Sónia Baptista. Dia 30 de Abril, quinta, às 19h00.
 
As sessões de poesia, Poetas de Mar e Mundo, tem, ao longo dos últimos meses, celebrado os oito séculos de língua portuguesa. Em Abril chegamos ao português de São Tomé e Príncipe. Dia 28 de Abril, terça, às 18h00.
 
A Casa Fernando Pessoa, casa habitada pelo autor nos últimos 15 anos da sua vida, está aberta de Segunda a Sábado, das 10H00 às 18H00. Além da programação regular que dinamiza este espaço, pode também visitar-se o quarto de Fernando Pessoa e a biblioteca temática, especializada em Fernando Pessoa e em poesia.
10H00 – 18H00 | Encerra aos Domingos e nos feriados 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro
Autocarro: 709, 720, 738 | Eléctrico: 25, 28 | Metro: Rato | Acessibilidade: Acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
 
Preçário €3 (descontos para estudantes, menores de 25 anos, reformados e maiores de 65 anos), €8 bilhete família (máximo dois adultos)
 
 
PROGRAMAÇÃO ABRIL 2015
INFORMAÇÃO DETALHADA
(por ordem cronológica/programa sujeito a alterações)
 
A Casa Fernando Pessoa, casa habitada pelo autor nos últimos 15 anos da sua vida, está aberta de Segunda a Sábado, das 10H00 às 18H00. Aqui, pode visitar-se o quarto de Fernando Pessoa e a biblioteca temática, especializada em Fernando Pessoa e em poesia.
 
Além da programação regular que se propõe, a cada mês a Casa Fernando Pessoa olha um poeta. Abril passa a ser também de Herberto Helder: o longo poema contínuo que fica. Encantatório, irrepetível.
E a vertigem profunda desse poema.
 
 
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LANÇAMENTO DE LIVRO
1915 – o ANO DE ORPHEU (TINTA-DA-CHINA)
STEFFEN DIX, GUILHERME D’OLIVEIRA MARTINS E JOSÉ MANUEL FERNANDES
23 DE ABRIL
QUINTA ÀS 19H00
DURAÇÃO 90’
ENTRADA LIVRE
 
No programa de lançamentos e apresentações de livros, a Casa Fernando Pessoa recebe 1915 - O ano do Orpheu - conjunto de ensaios de diferentes autores, organizado por Steffen Dix para a Tinta-da-china. A acompanhar Steffen Dix estarão  Guilherme d’Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura) e José Manuel Fernandes (Fundação EDP).
 
Cem anos volvidos sobre um dos grandes marcos culturais do século XX europeu, este livro, reunindo diferentes ângulos de observação, procura reconstituir Portugal em torno do ano de 1915.
 
Se a revista Orpheu nasce em 1915, a verdade é que a sua origem remonta aos anos anteriores e que a sua influência se prolongou até ao nosso tempo. Para retratar o clima intelectual e cultural em que se movimentou a «geração Orpheu», os autores deste volume expandem as fronteiras temporais e geográficas: as histórias aqui contadas não se limitam a esse ano simbólico, nem ao perímetro compreendido entre o restaurante Irmãos Unidos e o Chiado. Em «1915 — O Ano do Orpheu» descobrimos também, por exemplo, os pontos de encontro londrinos e parisienses de vorticistas, cubistas, futuristas e órficos. Compreendemos assim que a revista Orpheu representa não apenas uma revolta contra a tradição artística do país, mas também o espírito europeu e as típicas confluências culturais e intelectuais das primeiras décadas do século XX.
 
 
Com Steffen Dix, Guilherme d’ Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura) e José Manuel Fernandes (Fundação EDP)
 
1915 – o ano de Orpheu integra textos de António Apolinário Lourenço, Arnaldo Saraiva, Cecília Barreira, Ellen W. Sapega, Fernando J.B. Martinho, Filipa Lowndes Vicente, Filomena Serra, Giorgio de Marchis, Jerónimo Pizarro, João Pedro George, Jorge Uribe, José Barreto, José Carlos Seabra Pereira, Manuel Villaverde Cabral, Márcia Seabra Neves, Nuno Júdice, Pablo Javier Pérez López, Patrícia Silva McNeill, Pedro Eiras, Ricardo Vasconcelos, Rui Sousa, Sofia Narciso e Steffen Dix
 
 
 
 
 
SESSÃO DE POESIA
POETAS DE MAR E MUNDO
São Tomé e Princípe
28 DE ABRIL
TERÇA ÀS 18H00
DURAÇÃO 120’
ENTRADA LIVRE
 
Renovando mensalmente a vontade de dar espaço à poesia, a riqueza e a História da Língua Portuguesa continuam em destaque e descoberta nas sessões que celebram os seus oito séculos de existência.
 
Na sessão de Abril o português em foco é o que se fala e escreve em São Tomé e Principe. A sessão será coordenada por Maria Maya.
 
Como é habitual, o microfone está aberto às leituras e à participação de todos.
 
A organização é da 8 Séculos de Língua Portuguesa - Associação no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa.
 
 
 
 
CICLO DEBATES
OS ESPAÇOS EM VOLTA DO MANIFESTO
INÊS FONSECA SANTOS E FILIPA LEAL
30 DE ABRIL
QUINTA ÀS 19H00
DURAÇÃO 70’
ENTRADA LIVRE
 
Iniciado em 2014, o ciclo Os Espaços em Volta tem continuidade em 2015, em formato bimestral. Ao longo das edições do ano passado, e partindo sempre de uma efeméride como pretexto para cada sessão, Inês Fonseca Santos e Filipa Leal perguntaram a um heterogéneo painel de convidados o que tinham a dizer sobre variados factos e momentos da actualidade, habituando-nos a uma dinâmica troca de ideias.
 
Em Abril, debate-se o Manifesto. Em 2015, Paula Rego celebra 80 anos e o seu quadro, Manifesto, completa cinco décadas. Como conta Victor Willing, “no dia da inauguração [da primeira exposição individual da artista em Portugal, na SNBA,] um homem já meio bêbado interpelou-a: ‘Para quem vê estes quadros, uma pessoa diria que foram feitos por uma prostituta.’ Paula Rego respondeu calmamente: ‘Olhe que não, as prostitutas pintam igrejas.’” Será este o pretexto para percorrer o século XX e os seus manifestos mais relevantes – da pintura à literatura.
 
Com Inês Fonseca Santos e Filipa Leal  (coordenação e moderação) e Ana Vidigal, Luís Trindade e Sónia Baptista (convidados)
 
 
 
Continuam
 
 
 
celebraçÃO
ORPHEU – EXTINTA E INEXTINGUÍVEL
100 ANOS
 
 
Quanto ao mais, nada mais. Cá estamos sempre. Orpheu acabou. Orpheu continua.
Fernando Pessoa, Revista Sudoeste 3, 1935
 
Passam 100 anos sobre a publicação de Orpheu, a revista que adensou e complexificou uma extraordinária rede de cumplicidades estéticas, literárias, artísticas entre o grupo de criadores multifacetados que veio trazer o escândalo e o escárnio aos circuitos literários da Lisboa de 1915.
 
Pessoa, Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Santa-Rita Pintor, Amadeo de Souza-Cardoso, e os outros também de Orpheu menos falados, conhecidos ou lidos, concentram a atenção da programação da Casa Fernando Pessoa para os próximos meses: um conjunto de iniciativas que pretende recuperar sinais do ritmo e do espírito desse cruzado encontro artístico do século passado.
 
Orpheu, revista “extinta e inextinguível”. Dois volumes publicados há cem anos e um terceiro sucessivamente adiado - projecto e plano em aberto, à espera do momento para se concretizarem. Não se concretizando, também assim se perpetuou o eco de Orpheu: “Quanto ao mais, nada mais. Cá estamos sempre. Orpheu acabou. Orpheu continua”.
 
 
 
EXPOSIÇÃO
PEDRO PROENÇA
OS TESTAMENTOS DE ORPHEU
CASA FERNANDO PESSOA
ATÉ 26 DE SETEMBRO
SEGUNDA A SÁBADO, DAS 10h00 ÀS 18h00
PREÇÁRIO €3 (DESCONTOS PARA ESTUDANTES, MENORES DE 25, REFORMADOS E MAIORES DE 65), €8 BILHETE FAMÍLIA
 
Partindo da ruptura que Orpheu representou e poderá ainda representar, Pedro Proença (Lubango, 1962) ocupa os vários espaços da Casa Fernando Pessoa.
 
Sobre esta intervenção, escreve Proença: “A revista Orpheu é um fantasma que já há muito tempo vou digerindo e não cessa de ser uma fonte de entusiasmo. Adquiri os dois números da revista na adolescência e li na altura  as obras do Pessoa e do Sá-Carneiro (Ática), assim como as do Almada (Estampa). O encontro com o Amadeo começou por ser gráfico, e só lhe vi as obras mais tarde. Cedo senti curiosidade por todos os filões a que estava ligado, assim como os que lhe sucederam (sobretudo o dadaísmo). O apetite por celebrar os de Orpheu vai aqui traduzido em obras (pinturas, cartazes, esculturinhas) onde abundam textos dos seus membros, colagens e abusos sobre eles, ou pequenos ensaios da minha lavra. As obras irão surgir um pouco por toda a Casa Fernando Pessoa como se fossem música de fundo.”
 
Iniciativa e organização Casa Fernando Pessoa
 
 
 
PERFORMANCE/LEITURAS
CAFÉ ORPHEU
28 DE MARÇO A 25 DE ABRIL
SÁBADOS, HORÁRIO VARIADOS
A brasileira, Fábulas, vertigo, kaffeehaus
classificação a definir
 
Lugares de cruzamento, discussão, comunhão. Pontos de encontros casuais ou rituais, solenes ou informais. Espaços públicos com valência de montra que tanto mostra quanto esconde: os cafés.
 
Chamando o espírito e a palavra de Orpheu – o grupo e a “revista extinta e inextinguível” em torno da qual se congregou – a Casa Fernando Pessoa entra nos cafés da Lisboa de há um século e de agora para surpreender e acompanhar quem está e quem passa. Diferentes textos e linguagens tomam de assalto ou sentam-se à mesa do roteiro do Café Orpheu: sinais de interrupção ou disrupção, aos sábados, a meio da manhã e à hora do lanche. Há cem anos Orpheu saiu à rua.
 
Com Andresa Soares, Filipe Pinto, Lígia Soares e Miguel Castro Caldas (convidados: Gonçalo Alegria e Sílvia Pinto Coelho) (A Brasileira), Miguel Loureiro, Sara Graça e Victor d’Andrade (Fábulas), Sílvia Real, Sérgio Pelágio e Mariana Ramos (Vertigo) e Os Possessos (Kaffeehaus)
 
Iniciativa e organização Casa Fernando Pessoa
 
 
Programa detalhado (por dia, café e grupo):
O Café Orpheu acontece no último sábado de Março e em todos od sábados de Abril (28 de Março a 25 de Abril), de manhã e de tarde.
 
 
DIAS 4 e 18 de abril, sábados
 
A Brasileira
Andresa Soares, Filipe Pinto, Lígia Soares, Miguel Castro Caldas e Gonçalo Alegria e Sílvia Pinto Coelho
às 17h30, 18h00 e 18h30
 
Fábulas
Miguel Loureiro, Sara Graça e Victor d’Andrade
às 11h00, 11h30 e 12h00
 
Vertigo
Sílvia Real, Sérgio Pelágio e Mariana Ramos
às 16h00, 17h00 e 18h00
 
Kaffeehaus
Os Possessos
às 11h00, 11h30 e 12h00
 
 
DIAS 11 e 25 de abril, sábados
 
A Brasileira
Andresa Soares, Filipe Pinto, Lígia Soares, Miguel Castro Caldas e Gonçalo Alegria e Sílvia Pinto Coelho
às 11h00, 11h30 e 12h00
 
Fábulas
Miguel Loureiro, Sara Graça e Victor d’Andrade
às 17h30, 18h00 e 18h30
 
Vertigo
Sílvia Real, Sérgio Pelágio e Mariana Ramos
às 14h00, 15h00 e 16h00
 
Kaffeehaus
Os Possessos
às 17h30, 18h00 e 18h30
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPOSIÇÃO ITINERANTE
Nós, os de Orpheu
 
Há 100 anos um grupo de jovens publicou uma revista: Orpheu. Saíram apenas dois números. Foi o bastante para lançar a polémica e agitar o cenário artístico português, adormecido nas linhas estéticas novecentistas. Orpheu, revista e geração, “foi o primeiro grito moderno que se deu em Portugal”, na expressão de José de Almada Negreiros.
 
A exposição Nós, os de Orpheu – título parafraseado do texto de Fernando Pessoa na revista Sudoeste 3, em 1935 –, traça o percurso da revista e dos seus protagonistas, recorrendo, muitas vezes, às próprias palavras dos “órficos”.
 
Através da reprodução de diversas obras e documentos (fotografias, recortes de imprensa, correspondência, manuscritos, etc.), apresenta-se o “Nós” que formou Orpheu e alargam-se perspectivas de leitura a todos “Nós” que, um século depois, continuamos a descobrir Orpheu. Porque, como Pessoa concluiu: “Orpheu acabou. Orpheu continua.” Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro, Sílvia Laureano Costa
 
A construção desta exposição procurou um ângulo que permitisse apresentar a revista Orpheu e o grupo que a criou a partir de dentro, ou seja, a partir dos contributos dos seus protagonistas, tanto no tempo histórico da revista, como posteriormente, e a partir das memórias que alguns destes autores e artistas nos legaram.
 
É um projeto desenhado originalmente para a itinerância, com o objetivo de fazer viajar em diferentes plataformas o espírito e a palavra de Orpheu. A exposição vai circular internacionalmente através da rede do Camões, I.P., ao mesmo tempo que a nível nacional será lançada no circuito do ensino básico e secundário, bem como junto das bibliotecas municipais.
 
Associada à exposição está em desenvolvimento a criação de um livro + CD (Editora BOCA), complemento deste trabalho expositivo e seu prolongamento - registo e memória - para lá do tempo de celebração.
 
Comissão científica Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro, Sílvia Laureano Costa
 

  • Sílvia Prudêncio
Coordenação editorial (livro + CD) Oriana Alves (BOCA)
Parceria Camões, IP – Instituto da Cooperação e da Língua
Colaboração IELT
Iniciativa e coordenação Casa Fernando Pessoa
 
 
 
 
 
 
visitas temáticas
ALMADA EM PESSOA
casa fernando pessoa
SÁBADOS
4 E 18 DE ABRIL ÀS 15H00
25 DE ABRIL ÀS 11H30
PREÇÁRIO €5 (DESCONTOS PARA ESTUDANTES, MENORES DE 25, REFORMADOS E MAIORES DE 65)
 
A Casa Fernando Pessoa dá início a um novo programa de visitas temáticas que aos Sábados irá guiar os visitantes por lugares e tópicos alternativos – dentro de portas, viajando porém ao encontro dos interesses e curiosidades dos mais intrigados.
 
Uma visita-experiência, aproximação aprofundada a um determinado tema, uma certa vertente, uma escolhida linha de leitura para chegar ao universo pessoano ou a regiões de vizinhança. E sobretudo a vontade de abrir a porta para novas linguagens, interpretações outras.
 
Almada em Pessoa é a primeira visita temática deste programa. Sob a orientação de Orpheu, nos 100 anos da publicação da revista que galvanizou o circuito literário e artístico português, o visitante é convidado a, por momentos, fazer parte da obra de Almada Negreiros.
 

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