Fevereiro: Um mês com Filosofia e Literatura, leituras e contos, novos parceiros e novos livros
Fevereiro começa com o cruzamento entre a Filosofia e a Literatura, na conferência internacional organizada pelo IFILNOVA – Instituto de Filosofia da Nova. Fevereiro é mês de encontros e de parcerias, com um primeiro gesto triangular a lembrar Nuno Bragança e com o regresso do ciclo Os Espaços em Volta; é mês de novos livros e novas perspectivas, com a apresentação de um conjunto de textos de Pessoa organizados por José Barreto numa nova leitura sobre o pensamento político do autor; é mês de teatro, de descentralização e de internacionalização com a apresentação do FITA – Festival Internacional do Alentejo; e é mês de pintura, de poesia, de música e de Serviço Educativo para as famílias.
Em Fevereiro, à actividade regular da Casa Fernando Pessoa somam-se várias iniciativas que privilegiam o encontro com outras estruturas e outros públicos. Destas há que destacar a relação triangular estabelecida com a Fundação José Saramago e com a editora BOCA. Em Sem casas não haveria ruas, as duas casas de autor de Lisboa deixam-se ocupar pelas leituras e contos que a BOCA traz. A começar este ciclo, lembramos Nuno Bragança (1929-1985).
Ainda nas relações de colaboração, importa referir a continuidade d’Os Espaços em Volta, um projecto de Inês Fonseca Santos e Filipa Leal que, em torno de uma efeméride, convocam intervenientes de áreas diversas e muitas vezes desencontradas para uma dinâmica troca de ideias. Em ano de regresso da saga Guerra das Estrelas, começamos por aí mesmo: pelo futuro que é hoje presente.
O FITA- Festival Internacional de Teatro do Alentejo é um trabalho de confluências em que a descentralização e a colaboração transnacional se cruzam. Na segunda edição deste festival (5 a 28 de Março), a presença de Fernando Pessoa encontra-se na confluência que referimos através da co-produção entre Portugal, Cuba e Colômbia de Os cinco enterros de Pessoa, um trabalho do actor e dramaturgo Juan Carlos Moyano inspirado no poema homónimo de Juan Manuel Roca. Aqui, a propósito de Os cinco enterros de Pessoa, apresentar-se-á o programa do festival seguido de leituras de autores portugueses, cubanos e colombianos.
Estando o pensamento e a investigação também na matriz da actividade da Casa Fernando Pessoa, é com entusiasmo que nos associamos quer à conferência internacional do IFILNOVA – Instituto de Filosofia da NOVA, A pluralidade do sujeito e a crise da modernidade onde as perspectivas de filósofos e escritores se cruzam ao longo de três dias; quer à apresentação do novo trabalho de José Barreto, Fernando Pessoa – Sobre o fascismo, a ditadura militar e Salazar (edição Tinta-da-China). Este último oferece espaço para uma nova leitura do posicionamento político do autor. Para nos guiar nesta reflexão, a entrevistar José Barreto, estará a escritora e jornalista Susana Moreira Marques.
O Serviço Educativo da Casa Fernando Pessoa trabalha diariamente com escolas e outros colectivos de educação. No primeiro sábado de cada mês dedica-se às crianças e às famílias. Em Aqui viveu Pessoa, numa visita à casa que o autor habitou nos últimos 15 anos da sua vida e com recurso à leitura e à escrita, dá-se a conhecer Pessoa, o seu trabalho e a sua vida. A oficina é para crianças dos 6 as 11 anos.
Continua ainda a exposição de Manuel Casimiro, com a pintura assente em poesia, prosseguem as sessões de poesia Poetas de Mar e Mundo, desta feita com foco em Moçambique, e a música dos Solistas da Metropolitana, num recital que nos apresenta Brahms.
A Casa Fernando Pessoa, casa habitada pelo autor nos últimos 15 anos da sua vida, está aberta de Segunda a Sábado, das 10H00 às 18H00. Além da programação regular que anima este espaço, pode também visitar-se o quarto de Fernando Pessoa e a biblioteca temática, especializada em Fernando Pessoa e em poesia.
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