Centenas de motociclistas estrangeiros e portugueses à descoberta de um Portugal ímpar
Paisagens soberbas, dureza e bastante calor marcaram 1.º dia do Portugal de Lés-a-Lés Off-Road
Por serras nunca dantes navegadas
A oportunidade é única e muitos são os que procuram novas paisagens e caminhos desconhecidos em cada Portugal de Lés-a-Lés Off-Road. De Penafiel à Figueira da Foz, na primeira etapa da 8.ª edição do aventureiro passeio organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal tempo para descobrir, entre muitos outros pontos, as serras da Freita e do Caramulo. Novidades num percurso bem exigente, que começou bem cedo, por caminhos mais estreitos entre veredas, atravessando zonas rurais até atingir o rio Douro, passando então a oferecer espaços desafogados, daqueles de perder o olhar até ao horizonte. Estradões mais rolantes após o primeiro Oásis, organizado pela Jomotos na Senhora da Mó mesmo às portas de Arouca, que davam passagem pelo maciço da Gralheira, atravessando as serras da Freita, São Macário e Arada, incluindo a espetacular passagem pelo Portal do Inferno. E onde nem o calor, então bem intenso, nem o pó limitaram a imponente visão de um local de grande misticismo.
Já com o rumo a sul mais bem definido, abordagem à sempre vistosa serra do Caramulo para depois ‘descer’ junto às margens do rio Criz, apreciando ainda o rio Dão até desaguar no rio Mondego, ajudando a encher a barragem da Aguieira. Com o calor a apertar um pouco mais e o apetite já bem aberto, altura ideal para o Oásis da FMP onde um ‘serviço de luxo’ esperava os mais de 300 participantes. Motociclistas mais ou menos experientes, com motos de maior ou menor cilindrada, irmanados na vontade de descobrir novos sítios e de desfrutar do prazer de condução em todo-o-terreno.
Entre eles, António Oliveira, pluricampeão de motocrosse, supercrosse e enduro, um ‘habitué’ do Lés-a-Lés que não perde a oportunidade para “andar de moto com os amigos, relaxar um pouco e recarregar baterias, num evento onde a diversão é o prato principal”. Algo que encontrou “em dose razoável nesta primeira etapa, apesar de ligações algo extensas em alcatrão, mas que iam permitindo algum descanso para os menos experientes face ao cansaço acumulado nas zonas mais duras”.
Com o percurso a virar definitivamente para oeste, mudança de paisagem com os campos de milho e plantações de arroz entre Coimbra e a Figueira da Foz a tomarem o lugar dos trilhos mais pedregosos habituais do norte de Portugal. E, ao fim de 307 quilómetros, tempo para desfrutar do grande areal figueirense, apreciando o mar numa das muitas esplanadas junto ao Forte de Santa Catarina. O que muito agradou aos mais de 90 estrangeiros oriundos de Espanha, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Inglaterra ou Estados Unidos que vão descobrindo o nosso País de uma forma diferente.
Aventura que segue ‘dentro de momentos’ com a segunda etapa a levar a caravana até Estremoz, após 284 quilómetros pela Beira Litoral, Ribatejo e Alto Alentejo. Onde, ainda antes da chegada dos participantes, chegarão elementos da Comissão de Mototurismo da FMP para explicar aos mais jovens as vantagens das árvores autóctones na revitalização da floresta lusitana. Depois de na véspera a 5.ª campanha Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés ter contribuído com a plantação de dois carvalhos na Escola EB 1 das Abadias, voltará a marcar presença nas Escolas Básicas do Caldeiro e da Mata. Onde deixará centenas de árvores para os alunos, professores e pessoal auxiliar, reforçando a aposta na reabilitação da floresta da forma mais correta e equilibrada, juntamente com a banda desenhada criada especificamente para esta situação, mostrando aos jovens petizes todas as vantagens da defesa do meio ambiente.
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