“Chuva reforçou espírito motociclista”
Manuel Marinheiro muito orgulhoso no balanço do 25.º Portugal de Lés-a-Lés
Visivelmente satisfeito, com um semblante que mesclava o prazer de mais um enorme desafio superado com o desgaste igual ao de todos os participantes do 25.º Portugal de Lés-a-Lés, Manuel Marinheiro chegou a Sagres com a certeza de dever cumprido. Tarefa muito exigente desde Bragança, “onde a chuva forte obrigou a mudanças de última hora em toda a logística das verificações e receção aos motociclistas”. Foi, apenas, o primeiro de vários desafios surgidos, inesperadamente, ao longo de quatro dias e superados de tal forma que o presidente da Federação de Motociclismo de Portugal deixa bem claro “o enorme orgulho em toda a equipa que montou e conseguiu levar a bom porto este Lés-a-Lés”.
Situações de dificuldade exponenciada pelo número de participantes, obrigando a uma gestão de recursos só conseguida graças à grande experiência acumulada ao longo de um quarto de século. “Depois de um Lés-a-Lés um pouco difícil e com alguns problemas devido ao calor excessivo, este ano avizinhava-se uma prova de fogo. Tanto mais que se tratava da 25.ª edição, uma data que tínhamos de assinalar com uma grande festa” referiu Manuel Marinheiro, logo exibindo um largo sorriso para rematar: “E penso que foi o que aconteceu, mesmo com a chuva!”
Para o responsável máximo da organização, os comentários de todos foram a prova do acerto das mudanças e da capacidade de reação dos elementos da Comissão de Mototurismo da FMP. “Todos com quem falei o longo dos dias estavam satisfeitos e, no final, muitos foram a dar os parabéns de viva-voz a esta organização. Depois de 3 dias marcados pela chuva e uma última etapa com um tempo fantástico, com uma receção plena de sol no Algarve, a satisfação geral era bem percetível. Aliás, de um ponto de vista global, todos os dias foram muito bons, com um percurso ótimo e os Oásis a um nível muito elevado. Só espero que todos, mas mesmo todos, tenham gostado tanto deste Lés-a-Lés como eu!”
“A chuva é toda uma nova experiência”
Sensação curiosa sentida por toda a ampla equipa organizativa foi a de que os 2250 participantes estiveram muito contentes nos primeiros dias, apesar das condições climatéricas desfavoráveis. Uma perceção partilhada por Manuel Marinheiro, reconhecendo que “talvez pelo facto de, para muitos dos participantes, ser um grande desafio e uma aprendizagem.
Manuel Marinheiro muito orgulhoso no balanço do 25.º Portugal de Lés-a-Lés
Até porque, a menos que seja feita uma utilização diária da moto, normalmente as pessoas só vão passear quando está sol. Por isso tiveram aqui uma experiência nova e esse é também, o espírito do Portugal de Lés-a-Lés. De resiliência de superação, de aprender a andar em todas as condições, incluindo conduzir à chuva. Tudo correu bem e todos os motociclistas aprenderam algo que os ajudará a ser condutores ainda mais seguros”.
Perante um céu quase sempre carregado, de um impenetrável cinzento-escuro, descarregando quantidades bíblicas de água, uma nota particularmente importante para quem dá horas e horas de grande esforço em prol da camaradagem, da solidariedade e da… diversão. “Os motoclubes são essenciais para o LaL”, sublinhou o presidente da Federação de Motociclismo de Portugal, acrescentando que “são peças imprescindíveis na engrenagem, ajudando a controlar a caravana e garantindo uma animação constante ao longo de todo o percurso. Estiveram, uma vez mais ao seu nível, simplesmente fantásticos, e em nome de todos os motociclistas deixo, também a eles, o meu muito obrigado! Voltamos a ver-nos em 2024”
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