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JUDO: BIANCA SOUSA, CATARINA DINIZ, NUNO CARVALHO E BRUNO SILVA SAGRAM-SE CAMPEÕES MUNDIAIS | PORTUGAL TERMINA COMPETIÇÃO COM 21 MEDALHAS | CAMPEONATO DO MUNDO DE VETERANOS - LISBOA 2021

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21pr88_24/10/2021
 

BIANCA SOUSA, CATARINA DINIZ, NUNO CARVALHO E BRUNO SILVA SAGRAM-SE CAMPEÕES MUNDIAIS
CAROLINA COSTA CONQUISTA PRATA E JOAQUIM JUSTINHO DE BRONZE
PORTUGAL TERMINA COMPETIÇÃO COM 21 MEDALHAS

CAMPEONATO DO MUNDO DE VETERANOS – LISBOA 2021
21-24 OUTUBRO | LISBOA

 
 
Portugal fechou o último dia do Campeonato do Mundo de Veteranos - Lisboa 2021 com mais 6 Medalhas conquistadas (totalizou 21) e 4 Novos Campeões do MundoBianca Sousa, Catarina Diniz, Nuno Carvalho e Bruno Mendonça Silva. A prova terminou este domingo, 24 de outubro, após 4 dias de combates no Pavilhão nº1 do Estádio Universitário de Lisboa que reuniram 359 Judocas (344 Masculinos e 15 Femininas) em representação de 43 Países, entre os quais 45 Judocas Portugueses (42 Masculinos e 3 Femininas).

O último dia de competição foi dedicado à categoria M2 (35 aos 39 anos) e a todas as categorias femininas (F1-F9), com 75 Atletas nos tatamis, incluindo 9 Atletas Lusos:

Catarina Diniz (F5 -57 kg) disputou a sua categoria com a romena Lena Sterea e com a alemã Anita Sprenger. A portuguesa dominou o seu primeiro combate, contra a atleta da Roménia, pontuando ‘wazari’ e de seguida ‘ippon’, em apenas 1 minuto. O encontro com a germânica foi mais equilibrado, mas Catarina Diniz alcançou o ‘ippon’ dentro do último minuto, que lhe garantiu a Medalha de Ouro e o Título Mundial.

Na categoria F3 -52 kg, Bianca Sousa e Carolina Costa tiveram a concorrência da marroquina Hanane Naqouss. No confronto lusitano, Bianca Sousa saiu vitoriosa, após ‘wazari’ no ‘golden score’. No combate seguinte, com a marroquina, o resultado inverteu-se, com a portuguesa a ceder por ‘wazari’ no período de ‘ponto de ouro’. No último combate da categoria, Carolina Costa conseguiu vingar a sua compatriota, vencendo Hanane Naqouss por ‘wazari’, também no período de ‘ponto de ouro’. Desta forma, as atletas terminaram todas empatadas, com uma vitória e uma derrota cada, sempre com vitórias por ‘wazari’ no ‘golden score’. O desempate foi feito através do tempo de combate, com Bianca Sousa (que obteve a vitória mais rápida, com 1:11 de ‘golden score’) a sagrar-se Campeã Mundial, enquanto que Carolina Costa (segunda vitória mais rápida, 3:47) obteve a Medalha de Prata.

Nuno Carvalho (M2 -73 kg) começou com uma vitória por ‘ippon’ sobre Daniyar Taiyr, do Cazaquistão. Somou a sua segunda vitória na semifinal, derrotando o francês Fabien Fornell por duplo ‘wazari’. Na grande final da categoria, o judoca açoriano encontrou Mammad Mammadov, do Azerbaijão. Após um confronto equilibrado, decidido em ‘ponto de ouro’, Nuno Carvalho conseguiu projetar o azeri e alcançar o ‘ippon’ que lhe garantiu a Medalha de Ouro, sagrando-se Campeão Mundial.

Na categoria M2 -90 kg, Bruno Mendonça Silva estreou-se na segunda ronda com uma vitória por duplo ‘wazari’ sobre o azeri Vusal Jafarov. O atleta português deu sequência ao bom resultado com mais uma vitória, desta feita mais equilibrada, vencendo o ucraniano Sergiy Balaban por ‘wazari’. O combate final, perante Bekzod Turaboev, do Uzbequistão, foi dominando pelo Judoca Luso que chegou ao ‘ippon’ a cerca de um minuto do fim. Com este resultado, Bruno Mendonça Silva sobe ao lugar mais alto do pódio para receber a Medalha de Ouro.
 
Joaquim Justinho (M2 -100 kg) eliminou o britânico Christopher Horton no seu combate inaugural, alcançando o ‘ippon’ a cerca de um minuto do final do tempo regulamentar. Na semifinal, não conseguiu superiorizar-se ao cazaque Alzhan Zhaxybayev, cedendo por ‘ippon’. No seu último e derradeiro combate, encontrou o compatriota Marco Pais e conseguiu o ‘ippon’ em 40 segundos. Desta forma, Joaquim Justinho alcançou o pódio, recebendo a Medalha de Bronze.

Além dos medalhados, António Costa (M2 -81 kg) e Marco Pais (M2 -100 kg) foram outros dos portugueses em destaque ao longo do último dia, terminando num honroso 5º lugar.

Nos 3 primeiros dias da competição, Portugal conquistou 15 Medalhas (8 de Ouro, 2 de Prata e 5 de Bronze), com José Gomes, José Samuel Freitas, Eduardo Garcia, Diogo Silva, Nuno António, César Nicola, Manuel Oliveira e Marco Ávila a sagrarem-se Campeões do Mundo.

Com a conquista de mais 6 Medalhas (4 Ouros, 1 Prata e 1 Bronzes) neste último dia da prova, Portugal solidificou a 1ª Posição do Medalheiro, totalizando 21 Medalhas (12 Ouro, 3 Prata e 6 Bronze). A Ucrânia assegurou o segundo lugar, terminando com 7 Medalhas de Ouro, 6 de Prata e 10 de Bronze. O Cazaquistão fechou o pódio, mantendo também a sua posição, com 7 Medalhas de Ouro, 4 de Prata e 10 de Bronze.

Medalheiro e Resultados Finais em: http://www.ippon.org/wc_vet2021.php

Com o final da prova de Veteranos, as atenções viram-se agora para o Campeonato do Mundo de Judo de Kata 2021, realizado de 26 a 27 de outubro. A competição conta com mais de 200 Judocas, incluindo cerca de 16 Portugueses. As Katas (que significa "forma") são uma série de técnicas especialmente selecionadas tendo em vista o estudo aprofundado dos princípios do Judo. São exercícios ordenados com antecedência, onde cada judoca sabe o que o outro vai fazer. São realizadas a pares, onde um judoca é o Tori (aquele que aplica uma técnica) e o outro é o Uke (aquele que a recebe).

Neste Campeonato do Mundo há 5 Katas oficialmente reconhecidas: Nage-no-kata (formas de projeção), Katame-no-kata (formas de controlo), Ju-no-kata (formas de suavidade), Kime-no-kata (formas de decisão) e Kodokan Goshin-jutsu (formas de autodefesa). Além dos Seniores, a competição conta ainda com a categoria Sub-23, com apenas 2 Katas (Nage-no-kata e Katame-no-kata).

Com uma pausa de um dia entre as provas, o Campeonato do Mundo de Judo de Kata 2021 começa esta terça-feira, às 09h00.

Declarações

Jorge Fernandes – Presidente da Federação Portuguesa de Judo
“O balanço desta prova é positivo. Em termos de organização, correu dentro do que estávamos à espera e em relação aos resultados, não contávamos que fossem tão bons como foram, o que só prova que fizemos bem em trazer esta competição para Portugal. Os nossos veteranos estavam desejosos e os resultados confirmam-no. Tínhamos como objetivo impressionar os membros da Federação Internacional e provar que Portugal consegue organizar as provas tão bem ou melhor que os outros. Na terça-feira começa o Mundial de Katas, que prova que o Judo não é só competição, há espaço para todos.”
 
Catarina Diniz – Campeã do Mundo (F5 -57 kg)
“O dia correu-me bem, consegui vencer os meus dois combates. Foi duro, as minhas adversárias eram fortes fisicamente e com experiência. Vi que já participam em provas de veteranos há alguns anos. Eu estive afastada do judo 20 anos, por isso, hoje foi uma experiência muito boa. Foi como se tivesse recuado 20 anos, o processo para aqui chegar foi muito bom, recordar tudo isto. Tive a sorte de me correr tudo bem hoje e vencer aqui em Lisboa é sempre especial. Soube-me muito bem voltar e penso que é para continuar a treinar, a estar com os amigos, a lutar e a seguir os nossos sonhos.”
 
Bianca Sousa – Campeã do Mundo (F3 -52 kg)
“Para mim, a conquista desta medalha é surreal. Primeiro houve um espírito de negação para vir a este mundial, porque já estou afastada da parte competitiva há imensos anos, mas depois o espírito competitivo sobrepôs-se e quis também dar o exemplo à nossa equipa de treino. O espírito dos veteranos que vivi nas últimas 24 horas é fantástico. É uma felicidade enorme poder representar Portugal no Judo e por a minha colega Carolina também ter ganho a medalha de prata.”
 
Carolina Costa – Medalha de Prata (F3 -52 kg)
“Foram combates duros. O primeiro não correu como estava à espera. É sempre uma surpresa, isto é judo e às vezes aquilo que pensamos fazer não sai exatamente como queremos, até porque o adversário também tem a sua estratégia. No segundo combate entrei com o objetivo de ganhar por ‘ippon’ para ver se conseguia o ouro, mas acabei por ganhar por ‘wazari’, também no ‘golden score’ e ficámos empatadas. O tempo de combate mais curto foi decisivo, mas é um pódio espetacular, com duas portuguesas, e o ambiente que se vive é que importa.”
 
Pedro Manuel Oliveira – Campeão do Mundo M5 -81 kg  (ex-presidente da BP Portugal)
“Faço judo há cerca de 43 anos e estou perto de fazer 50 anos. O Judo para mim é uma escola de vida, um desporto que nos incute todos os valores certos e que nos apetrecha para sermos, acima de tudo, boas pessoas. Depois, com transposição para a vida profissional, ensina-nos resiliência, aprender a lidar com a derrota, com a vitória, perceber que para sermos bons, precisamos de parceiros bons para praticar connosco. Por muito preparados que achemos que estamos, nunca nos conseguimos preparar para o que acontece dentro do tapete e todas as emoções que sentimos. Os resultados que o Judo Português tem obtido, penso que são consequência de um trabalho de várias direções, ao longo do tempo. Há um trabalho louvável do Pedro Soares enquanto selecionador nacional e também ao nível dos clubes e escolas. Para um país com 10 milhões de habitantes que só fala de futebol, são resultados inacreditáveis. Neste mundial, os resultados que Portugal tem conquistado, reflete também a qualidade do judo em Portugal, com pessoas que se mantém ativas até tarde. Eu não era para vir, tinha dito que depois de Málaga nunca mais ia competir. Fui a Málaga porque as minhas filhas me desafiaram e vim a este mundial por causa do meu primo, o Ricardo Passarinho. Foi ele que me disse que tinha de vir e não lhe correu bem a competição, mas a minha medalha é dele. Foi ele que me trouxe aqui, treinámos muito os dois para esta prova. A competição é mesmo isto, há dias perfeitos como me aconteceu ontem e ele hoje não teve um dia bom, apesar de estar super bem preparado. A minha medalha é do Ricardo. Não consigo conceber a minha vida sem fazer judo. Nestes últimos anos, chegava de Madrid e pedia à minha mulher para me levar ao treino de judo. Chegava sempre atrasado, trazia o kimono e vestia-o no carro. O Judo prepara-nos para a vida.”
 
Nuno Carvalho – Campeão do Mundo M2 -73 kg
“Não me preparei muito bem para esta prova, mas foi uma oportunidade de entrar pela primeira vez num campeonato do mundo de veteranos. Valeu a pena vir, não estava à espera do resultado. Tinha visto o adversário e sabia que ele era favorito porque tinha mais força do que eu. Estudei-o e defini o objetivo de tentar ir a ‘golden score’, cansá-lo e depois sim, atacar. A minha estratégia deu certo e não podia estar mais satisfeito com este primeiro lugar.”
 
 
NOTAS:
1) Fotografias: https://www.ijf.org/competition/2265/photos
2) Resultados completos: http://www.ippon.org/wc_vet2021.php
3) Mais Informação: https://live.ijf.org/wc_vet2021/overview

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