ÚLTIMO DIA DO IBSA GRAND PRIX PORTUGAL 2023 PORTUGAL TERMINA COM 1 MEDALHA DE PRATA

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30-31 JANEIRO | COMPLEXO MUNICIPAL DOS DESPORTOS DA CIDADE DE ALMADA

O último dia do IBSA Grand Prix Portugal 2023 cumpriu-se esta terça-feira, 31 de janeiro, após 2 dias de combates entre os Melhores Judocas Cegos e Baixa Visão do Mundo no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada.

O evento marcou a estreia de Portugal, enquanto país anfitrião, no Circuito Mundial da IBSA. No total, estiveram presentes 91 Judocas (70 Masculinos e 21 Femininas) em representação de 24 Países. A competição integra o processo de qualificação paralímpica para Paris 2024 e concedeu pontos para o ranking mundial. Portugal esteve representado por 3 Atletas: Miguel Vieira (-60 kg J1), Nuno Rocha (-73 kg J2) e Rúben Gonçalves (-73 kg J2), acompanhados pelo Treinador Jerónimo Ferreira, que combateram no dia inaugural. Miguel Vieira venceu 3 dos 4 combates que realizou, conquistando a Medalha de Prata.

Sem atletas lusos nos tatamis, o dia de encerramento da competição foi dedicado às categorias -57 kg J1, -70 kg J1, +70 kg J1, -70 kg J2, +70 kg J2, -90 kg J1, +90 kg J1, -90 kg J2 e +90 kg J2, num total de 49 Judocas (22 Femininos e 27 Masculinos).
Resultados e mais informação: https://ibsasport.org/

Com o fim do evento, alguns dos Melhores Judocas Cegos e Baixa Visão do Mundo permanecem em Portugal e integram o Estágio Internacional, promovido pela Federação Portuguesa de Judo, juntando-se aos 320 Atletas de 24 Países presentes.

O Judo regressa ao Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada já no próximo fim-de-semana, com a realização do Campeonato AS Nacional de Cadetes 2023 no sábado, dia 4 de fevereiro, e do Campeonato Nacional Equipas Cadetes 2023, no domingo, dia 5. Na prova de sábado, estão inscritos 443 Atletas e, a competição de domingo, reúne 30 Equipas (8 Femininas e 22 Masculinas).
 
Declarações

János Tardos (HUN) – IBSA Judo Sport Committee Chairperson

“Estamos muito felizes por voltar a Portugal. Temos construído uma forte relação com a Federação Portuguesa de Judo, com a Federação Portuguesa de Deporto para Pessoas com Deficiência e com o Comité Paralímpico de Portugal. Já fizemos um Campeonato da Europa e um Campeonato do Mundo em Portugal, mas penso que este Grand Prix, organizado também com IJF, está num nível acima. Esta vertente do Judo está a crescer, as mudanças recentes que fizemos em conjunto com o Comité Paralímpico Internacional abriram portas para a participação de mais atletas.”
 
Direção da Federação Portuguesa de Judo

“Esta é uma prova sob a alçada da IBSA e da IJF. É uma das provas mais importantes desta vertente do judo e conta para a qualificação dos Jogos Paralímpicos 2024. Sempre foi um objetivo nosso fazer com que o Judo seja uma modalidade inclusiva, por esse motivo, a nível nacional, promovemos os campeonatos nacionais para judocas cegos e baixa visão, assim como para surdos e trissomia 21/síndrome de Down.”
 
Luís Gestas – Presidente da ANDDVIS*

“Isto é um reflexo do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em Portugal no âmbito do desporto para pessoas com deficiência e, mais especificamente, do desporto para pessoas com deficiência invisual. A Federação Portuguesa de Judo está de parabéns pelo excelente resultado. Temos acompanhado na ANDDVIS todo o trabalho que tem sido desenvolvido, com a IBSA, a nível internacional, a reconhecer o que se tem feito em Portugal. O nosso país está no epicentro do desporto mundial e o Judo não é exceção. Estão todos de parabéns por esta excelente organização.”

*A ANDDVIS (Associação Nacional de Desporto para Pessoas com Deficiência Visual) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2008, e associada efetiva da FPDD (Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência). A ANDDVIS tem como principais objetivos a promoção da prática de atividade física regular e do desporto de alto rendimento para pessoas com deficiência visual e a cooperação com entidades nacionais e internacionais que desenvolvem o seu trabalho com o mesmo propósito.
 
Miguel Vieira – Medalha de Prata

“Penso que é um balanço positivo. Foram quatro combates de nível alto contra grandes atletas. Conheço-os a todos, são muito difíceis, especialmente o venezuelano, com quem perdi no mundial. Só tenho a agradecer aos meus treinadores e colegas. Queria o ouro por ser em nossa casa, mas não foi possível. Espero que numa próxima oportunidade consiga chegar ao Ouro.”
 
 

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