Ford Acelera Investigação Sobre Fibra de Carbono para Impulsionar a Inovação na Tecnologia de Fabricação
• Ford anuncia uma nova e significativa colaboração no desenvolvimento de inovações na fabricação com fibra de carbono na indústria automóvel
• Ford e DowAksa farão parte do ‘Institute for Advanced Composites Manufacturing Innovation’ criado pelo governo dos EUA
• A inovação permite acelerar a investigação da Ford e desenvolvimento de fibra de carbono em grandes quantidades e um menor custo; pode ajudar a reduzir o peso dos veículos, aumentar a eficiência em termos de consumos de combustível sem sacrificar a resistência
• O mês passado, a Ford apresentou o novo Ford GT, o supercarro no qual se empregou de forma generalizada materiais leves, incluindo a fibra de carbono
A Ford Motor Company anunciou uma nova e significativa colaboração para o desenvolvimento de inovações na fabricação com fibra de carbono na indústria automóvel para aplicação em produtos futuros.
A Ford e a DowAksa estão a impulsionar uma investigação conjunta para desenvolver técnicas de fabricação em grandes volumes. O objectivo é conseguir produzir veículos mais leves que permitam um consumo mais eficiente, melhor rendimento e competência.
Ambas as companhias formarão parte do recentemente constituído ‘Institute for Advanced Composites Manufacturing Innovation’, criado pelo governo dos EUA. O instituto é parte de uma maior rede nacional para a inovação na fabricação, a ‘National Network for Manufacturing Innovation’ apoiada pelo Departamento de Energia dos EUA.
“A nossa colaboração com a DowAksa e a participação nesta organização, potencia de forma significativa o que somos capazes de alcançar,” disse Ken Washington, vice presidente de Investigação e Engenharia Avançada da Ford. “Temos uma verdadeira aliança com pessoas com enorme talento que trabalham para levar os materiais da indústria automóvel para o nível seguinte.”
A missão do instituto e o objectivo da colaboração da Ford com a DowAksa – uma joint-venture a 50/50 entre a The Dow Chemical Company e a Aksa Akrilik Kimya Sanayii A.S. – é superar o elevado custo e a disponibilidade limitada da fibra de carbono, através do desenvolvimento de um processo de fabricação viável para grandes volumes.
“Esta oportunidade tem por base o actual acordo de desenvolvimento conjunto entre a Ford e a Dow Chemical e acelera o nosso cronograma para introduzir compósitos de fibra de carbono para aplicações de elevado volume”, disse Jim deVries, gestor global de Investigação de Materiais de Fabricação da Ford. “Esta colaboração ajuda-nos a impulsionar os nossos esforços para criar materiais compostos mais leves no sector da indústria automóvel que beneficiarão os nossos clientes graças a um mais eficiente consumo de combustível sem sacrificar a resistência.”
A Ford e a Dow Chemical começaram a trabalhar em conjunto em 2012 para desenvolver compósitos de fibra de carbono em grande volume a um menor custo. Também em 2012, o Centro de Investigação e Inovação da Ford Europa em Aachen, Alemanha, investigou novos processos de produção para reduzir os tempos de ciclo para os componentes de fibra de carbono através do projecto de investigação Hightech.NRW.
Os engenheiros em Aachen trabalham de maneira conjunta com os seus colegas nos EUA numa grande variedade de projectos que envolvem materiais avançados e fibra de carbono, incluindo investigação sobre corrosão e análises de fadiga por corrosão em juntas com metais suportando o uso de elementos de fibra de carbono no reforço de peças plásticas em carroçarias de materiais mistos.
“A tecnologia e a experiência em fabricação da DowAksa ajudarão de forma efectiva a superar as barreiras no acesso ao uso de compostos de fibra de carbono em grandes volumes em aplicações no sector automóvel,” afirmou Douglas Parks, membro do conselho de administração da DowAksa e um dos principais participantes na fundação do ‘Institute for Advanced Composites Manufacturing Innovation’. “O novo instituto proporciona uma plataforma
colaborativa que impulsionará os nossos progressos.”
Os compósitos de fibra de carbono há décadas que são usados na aviação e em veículos de competição porque oferecem uma grande resistência com um peso extremamente baixo. É possível criar componentes específicos com propriedades de resistência à medida, tornando-os tão rígidos ou flexíveis de acordo com o necessário para uma determinada aplicação.
A Ford apresentou no mês passado o novo Ford GT, o supercarro que utiliza extensivamente materiais leves, incluindo fibra de carbono e alumínio, permitindo uma aceleração e condução excepcionais com uma eficiência melhorada. Com uma ampla aplicação de elementos estruturais em fibra de carbono, o GT exibirá uma das melhores relações peso/potência de qualquer veículo de produção.
“O nosso objectivo é desenvolver um material que pode reduzir em grande medida o peso do veículo o que permitirá melhorar a eficiência dos consumos aos nossos clientes,” assegurou Patrick Blanchard, supervisor do Grupo de Compósitos da Ford. “A flexibilidade da tecnologia permite-nos desenvolver materiais para todos os subsistemas de veículos ao longo de toda a nossa gama de produtos. Isto permite poupar peso em mais de 50 por cento em comparação
com o aço.”
A criação de veículos mais leves é uma parte importante do Plano de Sustentabilidade da Ford para reduzir o consumo de combustível e as emissões. Entre os produtos actuais que aplicam esta filosofia de redução de peso está o Ford Fiesta que utiliza aço de boro de baixo peso. A nova Ford F-150 aplica liga de alumínio de alta resistência que se utiliza no sector militar, para ajudar na redução do peso total até 300kg, o que devolve uma melhoria a nível dos consumos de combustível estimada na ordem dos 29 por cento, em ciclo combinado, dependendo do motor e da transmissão, juntamente com os melhores rácios de capacidade de carga e reboque da sua classe.
O Ford Lightweight Concept Fusion aplicou materiais leves tais como alumínio, aço de elevada resistência, magnésio, compósitos e fibra de carbono em quase todos os sistemas do veículo para reduzir o peso do mesmo ao equivalente a um Fiesta, uma redução de cerca de 25 por cento. As conclusões retiradas a partir deste ‘concept’ permitirá catapultar a tecnologia de baixo peso a escalas de produção muito maiores.
A Ford e a DowAksa estão também a trabalhar conjuntamente na redução da energia necessária para produzir componentes em fibra de carbono, na redução do custo das matérias primas e no desenvolvimento dos processos de reciclagem.
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