“Vestir” sensores para detetar quedas e acidentes
Detetar a queda de um idoso e avisar um familiar por sms ou email é uma das funcionalidades do GoLiveWear, um projeto que resultou recentemente num protótipo assente na comunicação sem fios entre um conjunto de sensores de movimento, um acelerómetro e um smartphone. O projeto foi desenvolvido pela empresa holandesa Gociety e o Fraunhofer Portugal AICOS e o próximo passo será incorporar e adaptar estas funcionalidades a um formato de fácil utilização como uma pulseira, um relógio ou um acessório de moda.
Um dispositivo, que poderá ser integrado no vestuário ou num acessório de moda, em comunicação permanente com um smartphone tornam possível monitorizar as atividades diárias dos idosos detetando, por exemplo, quedas. Nessas circunstâncias, o dispositivo envia automaticamente um alerta – sms e/ou email – para a pessoa definida como responsável ou cuidadora. O dispositivo inclui ainda um botão de alarme ou SOS que pode ser acionado caso ocorra um acidente ou o utilizador necessite de ajuda. Dada a importância da ligação entre os dois dispositivos (sensor e smartphone), é enviado um alerta sempre que se perde a conectividade entre eles.
O GoLiveWear permite ainda monitorizar e contar o número de passos efetuados, determinar a distância percorrida e as quilocalorias despendidas. O projeto poderá ainda vir a incluir a análise de outras características como padrões de sono, os níveis de ansiedade e monitorização dos batimentos cardíacos.
O GoLiveWear surge na continuidade de um projeto já desenvolvido pelas duas organizações, o GoLivePhone, introduzido no mercado e em comercialização pela empresa holandesa Gociety. O objetivo do GoLiveWear é estender as funcionalidades já existentes, contemplando novos cenários como, por exemplo, a utilização dos sensores durante o banho, uma vez que esta é uma das situações com grandes riscos de queda. Em Portugal, a ocorrência de quedas é uma das principais causas de lesão nos idosos e projetos como o GoLiveWear procuram combater este problema.
Sobre a Fraunhofer Portugal
A Fraunhofer Portugal é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida pelo Estado Português como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública. Com sede no Porto, foi criada em 2008 pela Fraunhofer-Gesellschaft, a maior organização de investigação aplicada da Europa, e pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã. A missão da Associação Fraunhofer Portugal é promover a investigação aplicada com o intuito de fomentar o desenvolvimento económico e, simultaneamente dar resposta a um conjunto de necessidades das empresas e da população.
Também criado em 2008, o Fraunhofer Portugal AICOS (Research Center for Assistive Information and Communication Solutions) é o primeiro centro de investigação da Fraunhofer em Portugal e resulta de uma parceria entre a Fraunhofer-Gesellschaft e a Universidade do Porto. O AICOS atua em duas grandes áreas: “Ambient Assistive Living” (AAL) e Tecnologias de Informação e Comunicação para o Desenvolvimento (ICT4D). Com o intuito de criar soluções tecnológicas inovadoras e intuitivas e facilitar o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação, o Fraunhofer Portugal AICOS tem competências científicas em três áreas primordiais: Interação Pessoa-Computador, Processamento de Informação e Computação Autónoma. A importância atribuída a estas temáticas levou o Fraunhofer Portugal AICOS a criar, em 2013, dois Centros de Competências: o Fall Competence Center (FCC) e o Information and Communication Technologies for Development Competence Center (ICT4DCC). A investigação do Fraunhofer Portugal AICOS é direcionada para dois grupos prioritários: os idosos e as populações de países em desenvolvimento.
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