Fundação Amélia de Mello lança História da Publicidade em Portugal, de Eduardo Cintra Torres
Em dois volumes, a obra inclui um extenso estudo de caso da CUF
17 de outubro de 2023 – A primeira História da Publicidade em Portugal será apresentada na conferência da iniciativa da Fundação Amélia de Mello (FAM), sobre “A História e o Futuro da Publicidade”, que se realiza no Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa, dia 7 de novembro.
A obra em dois volumes, da autoria de Eduardo Cintra Torres, resulta de uma investigação dedicada de cerca de cinco anos. Com publicação a cargo da Princípia Editora, os dois volumes complementam-se, sendo um exclusivamente de texto e o outro exclusivamente de imagens:
I - História da Publicidade em Portugal – Com Estudo de Caso do Grupo CUF
II - História Ilustrada da Publicidade em Portugal
O estudo, inédito, faz parte do amplo leque de investigações que a Fundação Amélia de Mello (instituição que consagra o nome da Filha de Alfredo da Silva) decidiu apoiar nos anos de 2020 e 2021, no âmbito de um conjunto de iniciativas vastas e diversificadas para as comemorações dos 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva.
Vasco de Mello, presidente da Fundação Amélia de Mello, destaca que «as comemorações dos 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva serviram para apoiar diversas universidades portuguesas e os seus investigadores para realização de trabalhos científicos, sobre temáticas que entenderam ser mais relevantes e sempre com uma perspetiva de futuro!».
A investigação realizada por Eduardo Cintra Torres é a primeira de grande fôlego sobre a História da Publicidade em Portugal, cobrindo o período da Idade Média até ao final do primeiro quartel do Século XXI.
No livro de texto, com mais de mil páginas, a investigação de Eduardo Cintra Torres inclui um amplo estudo de caso da publicidade do antigo Grupo CUF. Logo no Prefácio o Autor salienta que «o sistemático estudo de caso da CUF não poderia ser mais adequado a uma história geral da publicidade portuguesa, dado que, dirigida desde cedo por Alfredo da Silva, ela se tornou um dos maiores grupos empresariais do País e da Europa, com uma relação muito interessante com a publicidade e o marketing. Além disso, a CUF cobre um amplo e fundamental período da publicidade e a diversidade impressionante das áreas de produção e serviços em que se envolveu servem facilmente de exemplo e ilustração».
Eduardo Cintra Torres nasceu em Lisboa em 1957, é doutorado em Sociologia, mestre em Comunicação e licenciado em História, tendo publicados 19 livros entre 1998 e 2018. É autor de mais de 20 artigos académicos com revisão científica e de mais de 40 capítulos de livros, em áreas diversificadas e convergentes com base na Sociologia, na Comunicação e na História. É professor universitário há mais de duas décadas e jornalista desde 1983. Promoveu o primeiro ciclo sobre publicidade cinematográfica portuguesa, atualmente em exibição no Batalha Centro de Cinema, sendo um dos autores e também um dos curadores da exposição que o acompanha.
Eduardo Cintra Torres propõe na História da Publicidade em Portugal uma cronologia baseada menos na política do que nas condições materiais, culturais, sociais e profissionais em que a atividade publicitária se concretiza. O primeiro capítulo começa na Idade Média e termina com a imprensa, os cartazes e as tabuletas nas vésperas da Revolução Liberal.
Aí começa o segundo capítulo, com a explosão da imprensa livre. O nascimento da moderna imprensa diária popular e empresarial, em 1865, coincide com uma explosão da atividade publicitária que, a partir de 1914, adquire um carácter mais científico e sistemático, como se lê nos terceiro e quarto capítulos.
A partir de 1960, com a aproximação à Europa, a entrada em cena da televisão e a internacionalização das agências, inaugura-se um novo ciclo, que o Autor faz terminar no quinto capítulo no ano 2000, para encerrar a investigação na era digital até 2022, a concluir o sexto capítulo.
A História Ilustrada da Publicidade em Portugal acompanha a mesma cronologia exclusivamente em imagens com legendas explicativas. O volume reúne mais de 700 imagens, do Século XIV a 2023, num esforço de apresentação visual da atividade publicitária na sua ampla diversidade.
Em anexo:
Ficha Técnica da História da Publicidade em Portugal e da História Ilustrada da Publicidade em Portugal
Sobre a FAM:
A Fundação Amélia de Mello, instituição de direito privado com estatuto de utilidade pública, surgiu em 1964, por iniciativa de D. Manuel de Mello, genro de Alfredo da Silva, em homenagem à sua mulher, para dar continuidade e reforçar a inovadora acção social do Grupo CUF – Companhia União Fabril, a qual se vinha desenvolvendo desde o início do século passado. O essencial da visão que a Fundação hoje assume aponta no sentido da valorização prioritária da educação e das instituições ligadas a esse sector e com as quais tem tido forte aproximação e afinidades, sempre dentro do mais estrito rigor e no respeito da vontade do instituidor da Fundação, D. Manuel de Mello. Essa tradição do futuro, que norteia todas as atividades da Fundação, admite que é possível recolher as lições da história e projetar os exemplos de excelência do seu extraordinário passado.
Sobre a Princípia Editora:
A Princípia é uma casa editora independente fundada em 1997 que publica ou coedita, autonomamente ou em parceria editorial com instituições públicas e privadas (empresas e pessoas a título individual, fundações ou associações, entidades públicas e autárquicas), textos de autores portugueses e traduções de trabalhos escritos e publicados originalmente noutras línguas por relevantes autores internacionais. Ao longo da sua atividade editorial, a Princípia Editora tem criado marcas que colocam no mercado português livros caraterizados pela atualidade, pela utilidade dos temas abordados e pela satisfação de procuras especializadas. Desta forma a Princípia consegue oferecer desde títulos científicos a temas religiosos, passando pela literatura, a arte e o desporto ou a música através das suas sete chancelas.
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