FPSO Cidade de Mangaratiba entra em operação e dá início à produção comercial na área de Iracema Sul
A FPSO Cidade de Mangaratiba, a terceira unidade de produção de petróleo e gás natural instalada no campo Lula-Iracema, na região do pré-sal da bacia de Santos, entrou ontem em operação, dando início à produção comercial da área de Iracema Sul antes da data inicialmente prevista (novembro).
Uma capacidade de processamento diário de até 150 mil barris de petróleo e de 8 milhões de metros cúbicos de gás natural – para além de uma capacidade de armazenagem de 1,6 milhões de barris de petróleo – fazem com que esta seja a unidade de maiores dimensões das três unidades permanentes operadas pelo consórcio que explora o bloco designado como BM-S-11. Este é liderado pela Petrobras, detendo a Galp Energia uma participação de 10%.
A FPSO Cidade de Mangaratiba encontra-se ancorada a cerca de 240 km da costa, em águas com uma profundidade de 2.200 metros.
O primeiro poço a ser interligado à plataforma tem um potencial de produção superior a 30 mil barris por dia. A produção máxima de 150 mil barris deverá ser atingida durante o primeiro semestre de 2016. Nessa altura, a FPSO Cidade de Mangaratiba estará a operar com oito poços produtores e oito poços injetores.
O consórcio que explora o BM-S-11 é operado pela Petrobras, que detém uma participação de 65%. A Galp Energia detém os seus 10% através da sua subsidiária Petrogal Brasil. O britânico do BG Group detém os restantes 25%.
Produção aumenta
Ainda neste bloco, o consórcio em que a Galp Energia participa tem já em operação desde finais de 2010 a FPSO Cidade de Angra dos Reis, com uma capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo diários, e a FPSO Cidade de Paraty, que produziu o seu 1º óleo em junho de 2013, tendo atingido a sua capacidade máxima de produção de 120 mil barris diários em setembro, também antes do previsto.
Este facto contribuiu para que a produção total (working interest) de petróleo e gás natural da Galp Energia no 3º trimestre de 2014 tivesse aumentado 23% face ao trimestre anterior, ultrapassando os 30 mil barris diários.
O plano de desenvolvimento do campo Lula-Iracema prevê a instalação de sete FPSO adicionais, esperando-se uma capacidade total instalada nos campos de cerca de 1,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A próxima unidade a entrar em operação será a FPSO Cidade de Itaguaí, que tem arranque previsto para 2015 e cujos trabalhos de construção decorrem de acordo com o plano.
A produção de petróleo e gás natural no Brasil constitui um dos principais motores de crescimento da Galp Energia e será determinante para atingir a meta de produção de 300 mil barris de óleo equivalente por dia (mboepd) em 2020.
Principais marcos do projeto Lula-Iracema
1999 – Entrada no Brasil pela participação na segunda rodada para atribuição de direitos exploratórios
2003 – Início dos trabalhos de sísmica 3D
2006 – Perfuração do poço de descoberta
2007 – Poço Tupi Sul confirma potencial de reservas recuperáveis entre 5 e 8 mil milhões de barris
2009 – Início do teste de longa duração e produção do 1º óleo no Tupi
2010 – Instalação do FPSO Cidade Angra dos Reis e início do projeto-piloto
2011 – Conclusão do Gasoduto Lula-Mexilhão
2013 – Entrada em nove projetos de exploração e duas novas bacias na 11ª Rodada de Licitações da ANP
2013 – Instalação do FPSO Cidade de Paraty
Próximas FPSO no campo Lula-Iracema
4T2015 – Cidade Itaguaí (Iracema Norte)
1S2016 – Cidade Maricá (Lula Alto)
1S2016 – Cidade Saquarema (Lula Central)
Projetos de Exploração e Produção da Galp Energia no Brasil
A Galp Energia participa, em parceria com a Petrobras, em mais de 20 projetos de exploração e produção no Brasil, um dos principais países no mapa mundial das reservas petrolíferas. Para além da bacia de Santos, onde a Galp Energia detém participações nos blocos, BM-S-11 (10%), BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%), a empresa participa ainda em projetos nas bacias de Campos, Espírito Santos, Sergipe-Alagoas, Pernambuco, Potiguar, Parnaíba e Barreirinhas. A Galp Energia é ainda operadora de projetos de exploração onshore nas bacias do Amazonas e Potiguar.
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