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GALP ENERGIA REGISTA RESULTADO LÍQUIDO DE €236 MILHÕES, COM O CONTRIBUTO DECISIVO DO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL

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A produção total (working interest) de petróleo e gás natural aumentou 18% para 28,5 mil barris de óleo equivalente por dia (mboepd) devido ao aumento de 50% da produção no Brasil; a produção net entitlement foi de 24,9 mboepd, um aumento de 22% que resultou da execução dos projetos de produção no Brasil.
§ As exportações de produtos petrolíferos para fora da Península Ibérica situaram-se em 2,7 milhões de toneladas, uma diminuição de 18% face ao período homólogo que resultou da menor disponibilidade de produto para exportação devido à paragem geral programada na refinaria de Sines no primeiro semestre do ano.
§ A margem de refinação da Galp Energia foi de $2,4/bbl, mantendo-se em linha com os primeiros nove meses de 2013 devido à evolução das margens internacionais no terceiro trimestre de 2014, o que permitiu compensar o efeito adverso da paragem geral da refinaria de Sines.
§ O volume de vendas a clientes diretos diminuiu 1%, devido ao impacto da paragem da refinaria de Sines; as vendas de produtos petrolíferos a clientes diretos em África representaram 8% do total.
§ O volume de gás natural vendido aumentou 8%, atingindo os 5.586 milhões de m3, o que se explica pelas vendas de gás natural liquefeito (GNL) nos mercados internacionais, que aumentaram 571 mm3 em relação ao período homólogo.
§ O investimento totalizou €776 milhões, dos quais 88% foram canalizados para o segmento de negócio de Exploração & Produção, nomeadamente para as atividades de desenvolvimento no campo Lula/Iracema, no bloco BM-S11, no Brasil.
§ A dívida líquida situou-se em €1.583 milhões considerando o empréstimo de €855 milhões concedido à Sinopec como caixa e equivalentes, traduzido num rácio de dívida líquida para Ebitda de 1,3x. Não considerando esse empréstimo, a dívida líquida seria de €2.438 milhões, em linha com a registada no final de junho de 2014.
 
INDICADORES FINANCEIROS
Custo de substituição ajustado 9M13 9M14 Variação % Var. Vendas e prestações de serviços 14.903 13.434 (1.469) (9,9%) EBITDA 869 915 46 5,3% Resultado operacional 441 516 76 17,2% Resultado líquido 218 236 18 8,0% EPS (Euro/acção) 0,26 0,28 0,02 8,0%
O resultado líquido replacement cost ajustado da Galp Energia foi de €236 milhões, mais €18 milhões do que nos primeiros nove meses de 2013, para o que contribuiu o aumento da produção de petróleo e gás natural no negócio E&P, bem como a melhoria do desempenho operacional do segmento de negócio R&D.
 
EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO
Milhões de Euros (exceto indicação em contrário) Nove meses 2013 2014 Variação % Var. Resultado operacional a custo de substituição ajustado 141 231 90 63,6% Produção média working interest (mboepd) 24,3 28,5 4,3 17,5% Produção de petróleo (mbopd) 22,3 27,1 4,8 21,7% Produção média net entitlement (mboepd) 20,5 24,9 4,4 21,6% Angola 8,5 6,9 (1,5) (18,2%) Brasil 12,0 18,0 6,0 49,8%
Nos primeiros nove meses de 2014, a produção total (working interest) aumentou 18% para 28,5 mboepd devido ao aumento de 50% da produção no Brasil, que totalizou 18 mboepd. Esta evolução foi sustentada pelo aumento da produção da FPSO Cidade de Paraty, que atingiu a sua capacidade máxima de produção de 120 mbopd em setembro, antes do previsto. Os testes de longa duração (EWT) realizados nas áreas de Lula Central, Lula Sul e Iara, nos primeiros nove meses de 2014, também contribuíram para o aumento da produção do Brasil, com uma produção média conjunta de 1,9 mbopd. Destaca-se que a FPSO Cidade Angra dos Reis também operou de forma estável no período.
Em Angola, a produção working interest retraiu-se em 14%, devido à diminuição da produção do campo Kuito, no Bloco 14. Por outro lado, a produção do campo BBLT aumentou cerca de 9% face ao período homólogo, com a entrada em produção de novos poços.
A produção net entitlement, a mais relevante – uma vez que é aquela que reverte integralmente para a Galp Energia – foi de 24,9 mboepd, um aumento de cerca de 22% face aos primeiros nove meses de 2013, suportado pelo aumento da produção no Brasil.
O resultado operacional a custo de substituição foi de €231 milhões, um aumento de €90 milhões face ao período homólogo.
 
REFINAÇÃO & DISTRIBUIÇÃO
Milhões de Euros (exceto indicação em contrário) Nove meses 2013 2014 Variação % Var. Resultado operacional a custo de substituição ajustado 25 (6) (31) ss Margem de refinação Galp Energia (Usd/bbl) 2,3 2,4 0,1 4,0% Crude processado (mbbl) 66.180 55.052 (11.128) (16,8%) Vendas a clientes diretos (milhões ton) 7,0 6,9 (0,1) (1,2%) Exportações (milhões ton) 1 3,3 2,7 (0,6) (17,8%) Número de estações de serviço 1.436 1.450 14,0 1,0% Número de lojas de conveniência 836 835 (1) (0,1%) 1 Exportações do grupo Galp Energia, excluindo vendas para o mercado espanhol .
Nos primeiros nove meses de 2014 a margem de refinação da Galp Energia foi de $2,4/bbl, mantendo-se em linha com o período homólogo. A evolução positiva das margens nos mercados internacionais no terceiro trimestre de 2014, compensou o impacto negativo da paragem geral planeada da refinaria de Sines no primeiro semestre do ano.
As exportações para fora da Península Ibérica foram de 2,7 milhões de toneladas, um diminuição de 18% face aos primeiros nove meses de 2013, refletindo a paragem da refinaria de Sines e, consequente menor disponibilidade de produto. No 3º trimestre, com a refinaria a funcionar de novo em pleno, as exportações recuperaram mais de 10% face ao período homólogo.
A paragem explica igualmente a descida de 17% no número de barris processados nos primeiros nove meses de 2014 face ao período homólogo. As restrições de abastecimento resultantes das más condições climatéricas que afetaram o normal funcionamento de algumas unidades da refinaria de Matosinhos no primeiro trimestre do ano também prejudicaram a atividade de refinação.
Nos primeiros nove meses do ano, 78% do crude processado nas refinarias correspondeu a crudes médios e pesados. Os destilados médios e as gasolinas representaram 47% e 20% da produção total, respetivamente, enquanto o fuelóleo representou 18%. Os consumos e quebras no período foram de 8%.
O volume de vendas a clientes diretos desceu 1% em relação ao homólogo, devido ao impacto da paragem geral da refinaria de Sines. O volume de vendas a clientes diretos em África representou 8% do volume de vendas totais do período.
No final de setembro, a Galp Energia contava com 1.450 estações de serviço, com o crescimento em África a compensar a diminuição de postos na Península Ibérica.
O resultado operacional a custo de substituição do segmento de negócio de Refinação & Distribuição foi negativo em €6 milhões, um agravamento de 31 milhões face ao mesmo período de 2013
 
GAS & POWER
Milhões de Euros (exceto indicação em contrário) Nove meses 2013 2014 Variação % Var. Resultado operacional a custo de substituição ajustado 262 279 17 6,6% Vendas totais de gás natural (milhões m3) 5.149 5.586 437 8,5% Vendas a clientes diretos 2.925 2.791 (134) (4,6%) Elétrico 532 537 5 1,0% Industrial 1.964 1.913 (51) (2,6%) Residencial 370 304 (66) (17,9%) Trading 2.225 2.796 571 25,7% Clientes de gás natural (milhares) 1.096 947 (149) (13,6%) Vendas de eletricidade à rede (GWh) 1.417 1.216 (201) (14,2%)
As vendas de gás natural nos primeiros nove meses de 2014 foram de 5.586 milhões de metros cúbicos (Mm3), mais 8% do que no período homólogo, o que se deveu ao aumento de 571 Mm3 da comercialização de GNL nos mercados internacionais em relação ao período homólogo.
Os volumes vendidos a clientes diretos registaram uma descida de 5%, na sequência da menor procura nos segmentos residencial e industrial. No segmento industrial, a contração deveu-se à descida dos consumos de unidades da Galp Energia, na sequência da paragem geral na refinaria de Sines no primeiro semestre de 2014. Por outro lado, os volumes vendidos ao segmento elétrico ficaram em linha com os registados nos primeiros nove meses de 2013.
As vendas de eletricidade à rede totalizaram 1.216 GWh, ou seja, menos 201 GWh do que nos primeiros nove meses de 2013, o que se deveu principalmente ao encerramento da cogeração Energin, localizada na fábrica da Solvay na Póvoa de Santa Iria, no final do ano passado.
O resultado operacional a custo de substituição do negócio de Gas & Power situou-se nos €279 milhões, 7% acima do registado no período homólogo.
 
INVESTIMENTO
Milhões de Euros (exceto indicação em contrário) Nove meses 2013 2014 Variação % Var. Exploração & Produção 557 683 126 22,7% Refinação & Distribuição 96 68 (28) (29,1%) Gas & Power 74 21 (52) (70,9%) Outros 1 3 3 ss Investimento 1 728 776 49 6,7%
Nos primeiros nove meses de 2014 o investimento foi de €776 milhões, dos quais cerca de 88% se destinaram ao negócio de E&P.
O investimento em atividades de desenvolvimento, sobretudo no campo Lula/Iracema no bloco BM-S11, representou 72% do total investido no segmento de negócio de E&P.
Os restantes 28% destinaram-se à campanha de exploração e avaliação que a Galp Energia realizou durante o ano, com destaque para as atividades na bacia de Santos, no Brasil, em Moçambique e em Marrocos.
Nos negócios de R&D e G&P, o investimento totalizou €90 m, um montante afeto principalmente à manutenção da refinaria Sines e à distribuição de gás natural.
 
ENVOLVENTE DE MERCADO
DATED BRENT
Nos primeiros nove meses de 2014, o valor médio do dated Brent foi de $106,5/bbl, o que correspondeu a uma descida de $1,9/bbl face ao período homólogo do ano anterior.
MARGENS DE REFINAÇÃO
Nos primeiros nove meses de 2014, a margem de refinação benchmark da Galp Energia diminuiu $1,1/bbl em relação aos primeiros nove meses de 2013, situando-se nos $0,5/bbl. Esta tendência negativa refletiu a descida nas margens de hydrocracking e cracking, que diminuiram $1,0/bbl e $0,8/bbl, respetivamente.
MERCADO IBÉRICO
Durante os primeiros nove meses do ano, o mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica permaneceu estável face ao período homólogo de 2013, em 43,5 milhões de toneladas (Mt).
O mercado ibérico de gás natural registou uma evolução negativa de 9% face ao período homólogo, para os 21.728 Mm³, consequência da redução do consumo nos segmentos industrial e residencial.
CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA
Nos primeiros nove meses de 2014, a ação da Galp Energia valorizou 8% face à cotação de fecho de 2013, tendo o volume transacionado atingido os 367 milhões de ações em mercados regulamentados, positivamente influenciado pela colocação em mercado, pelo acionista Eni, de uma participação correspondente a aproximadamente 8% do capital social da Galp Energia. O volume médio diário de ações transacionadas nos mercados regulamentados foi de 1,9 milhões de ações, incluindo 1,2 milhões de ações transacionadas através da Euronext Lisbon.
 
BASES DE APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO
As demonstrações financeiras consolidadas e não auditadas da Galp Energia relativas aos noves meses findos em 30 de setembro de 2014 e de 2013 foram elaboradas em conformidade com as IFRS. A informação financeira referente à demonstração de resultados consolidados é apresentada para os nove meses findos nestas datas. A informação financeira referente à situação financeira consolidada é apresentada às datas de 30 de setembro e de 31 de dezembro de 2013.
As demonstrações financeiras da Galp Energia são elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e o custo das mercadorias vendidas e matérias-primas consumidas é valorizado a custo médio ponderado (CMP). A utilização deste critério de valorização pode originar volatilidade nos resultados em momentos de oscilação dos preços das mercadorias e das matérias-primas através de ganhos ou perdas em stocks, sem que tal traduza o desempenho operacional da empresa. Este efeito é designado efeito stock.
Outro fator que pode influenciar os resultados da empresa sem ser um indicador do seu verdadeiro desempenho é o conjunto de eventos de natureza não recorrente, tais como ganhos ou perdas na alienação de ativos, imparidades ou reposições de imobilizado e provisões ambientais ou de reestruturação.
Com o objetivo de avaliar o desempenho operacional do negócio da Galp Energia, os resultados RCA excluem os eventos não recorrentes e o efeito stock, este último pelo facto de o custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas consumidas ter sido apurado pelo método de valorização de custo de substituição designado replacement cost (RC).
 
DEFINIÇÕES
Crack
Diferencial de preço entre determinado produto petrolífero e o preço do dated Brent
Ebitd
Resultado operacional
Ebitda
Ebit mais depreciações, amortizações e provisões
Produção net entitlement
Percentagem da produção detida sobre os direitos de exploração e produção de hidrocarbonetos de determinada concessão, após o efeito dos contratos de partilha de produção
Produção working interest
Percentagem da produção detida sobre os direitos de exploração e produção de hidrocarbonetos de determinada concessão
 
ABREVIATURAS
bbl: barris
mbbl: milhões de barris
boe: barris de óleo equivalente
mboepd: mil barris de petróleo equivalente por dia
Mton: milhões de toneladas
RCA: Replacement cost adjusted
$: dólar dos Estados Unidos
 

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