Até 6 de outubro, há conversas, debates, performances artísticas e cinema no festival UMA REVOLUÇÃO ASSIM
Inhabiting gestures, de Athanasios Kanakis com Alexia Alexandropoulou e João Lourenço (Rua de Moçambique, 44 3D) é um encontro performativo em que se exploram noções de lugar, história, memória, sinais de habitação, os conceitos de hospitalidade e de comunidade, através da partilha de histórias e troca de objetos em espaços informais e familiares como uma casaAté 6 de Outubro, o festival UMA REVOLUÇÃO ASSIM – Luta e Ficção: A Questão da Habitação, apresenta um último dia de conversas e debates no Palco Ambulante, Caminhadas de Jane, o projeto de performances artísticas em casas privadas Passa Cá em Casa e a exibição do filme Os Indesejáveis (Bâtiment 5), de Ladj Ly, no âmbito da festa do Cinema Francês.
4 DE OUTUBRO
PALCO AMBULANTE E CAMINHADA DE JANE
Entrada Gratuita
Sentir-se em casa, de Diana Rego, Sunil Pariyar, Nyra Rose e Marc Planells (Rua Dom Domingos Jardo, 15 – 2 Esq) é uma instalação performática pensada para criar pontos de encontro e partilha sobre o tema do lar entre as diferentes culturas que habitam em Lisboa, com um casal de artistas do Nepal, uma cantora e um flautista que habitam na cidade há seis anos, com outro casal de artistas, uma bailarina portuguesa e um músico catalão, que habitam em Lisboa há doze anos.
Sob o mesmo teto, de Daniela Rosado, Fernando Kahombo, Djj Huba e Ricardo Cabaça (Rua Sampaio Bruno, 19 – 3 Esq) é uma intervenção artística multidisciplinar que combina teatro, spoken word e tecnologia para contar a história envolvente de Jay, um artista multidisciplinar emergente, e Bia, uma jovem profissional da área de administração e finanças que, apesar de separados, são forçados a morar juntos
A Casa invisível, de Janice Iandritsky e Ricardo Santos (Bairro Horizonte, 8 – Penha de França), é uma performance que regressa às memórias de construção da antiga Curraleira, bairro construído dentro do programa habitacional SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) para repensar um modelo de intervenção sobre a construção coletiva da cidade.
Ô Revoá, de Larie Taveira (Rua da Senhora da Glória, 5, 3º Frt/Esq) é uma instalação sonora que procura explorar a questão da crise habitacional de Lisboa através de uma abordagem sónica-imersiva, que será realizada numa casa inabitada em Lisboa
Sortear uma Casa! Laboratório migrante de auto-edições sobre o colapso e a cidade em evaporação, de Lorena Salamanca (Rua Helena Aragão, 16, Benfica) é um laboratório coletivo de auto-edição de zines e cartazes que propõe “sortear” a evaporação urbana, as derivas arquitetónicas e o colapso planetário, além de refletir sobre a cidade como um lugar permeável e de memória social migrante num contexto global.
À venda com gente dentro – A Lisbon real estate experience!, de Marta Jardim e Zé Bernardino (Beco das Olarias, 9 – 1º Esq), simula uma visita a um apartamento à venda em anos diferentes.
Casa Nossa, uma visita às residências sociais do projecto artístico Residências Refúgio, de Danylo Kliutsko, Alice Bué Mundele, Ivanna Korzh e Rasul Ranjbar (Jardins do Bombarda – Centro Cultural e Comunitário, Rua Gomes Freire 161) é uma oportunidade para conhecer a casa Residências Refúgio onde residem Fazel Utast (Afeganistão), Danilo e Ivanka (Ucrânia), Alice (República Democrática do Congo) e Rasul (Irão).
A Casa a quem a habitar, de Vanda R Rodrigues e Ana Gago (Rua da Graça, 56, 3º Dto), é uma derivação da performance Espetáculo De Amor Sobre a Gentrificação, composta por 3 obras apresentadas em diferentes divisões da casa que explora ligações entre gentrificação despejos e afetos.
5 DE OUTUBRO, ÀS 21H, CINEMA SÃO JORGE
OS INDESEJÁVEIS (BÂTIMENT 5), DE LADJ LY
Bilhete normal: 5 €
No dia 5 de outubro, às 21h, no Cinema São Jorge, o festival apresenta, em parceria com o Institut Français du Portugal, no âmbito da Festa do Cinema Francês, Os Indesejáveis (Bâtiment 5), de Ladj Ly, uma ficção que aborda a questão da habitação através de um bairro operário que vai ser recuperado e de Haby, uma francesa de origem maliana que se recusa a ver a família a ser expulsa do bairro onde cresceu
Uma Revoluc¸a~o Assim e´ uma iniciativa do Goethe-Institut Portugal em colaborac¸a~o com a Culturgest—Fundac¸a~o Caixa Geral de Depo´sitos, com a curadoria de Julia Albani, e consultoria curatorial de Ana Jara, Nuno Cera e Tiago Mota Saraiva, e em parceria com o Institut franc¸ais du Portugal / MaisFRANC¸A no a^mbito do Fundo cultural franco-alema~o, a Ra´dio Anteca^mara, a Mensagem de Lisboa, o Largo Reside^ncias, a Cozinha Popular da Mouraria, a Associação Tempo de Mudar, o Coletivo Pa´tio, a Associação Mulheres na Arquitetura, a Festa do Cinema France^s e o projeto Mais do que Casas. O festival conta ainda com o apoio da Associac¸a~o Sa~o Bartolomeu dos Alema~es em Lisboa, da DGARTES – Direc¸a~o-Geral das Artes, e com as parcerias media da Antena 1 e Antena 2 e o apoio a` divulgac¸a~o da Ca^mara Municipal de Lisboa.
Site: ?https://www.goethe.de/portugal/umarevolucaoassim
Dossier de imprensa/Jornal: Download
Fotos:?Download
Créditos: Nuno Cera
UMA REVOLUÇÂO ASSIM volta à ação na sexta-feira, 4 de Outubro, dia em que o palco ambulante regressa às ruas de Lisboa para mais uma ronda de conversas e debates. Antes de chegar à Praça Paiva Couceiro, a organização do festival estará às 8h no Cantinho saloio (no Mercado Alvalade Norte) para mais uma edição de Rádio no Café, uma iniciativa do festival em parceria com a Mensagem de Lisboa. Já na Praça Paiva Couceiro, das 10h ao meio-dia, no palco ambulante, terá lugar a última edição de Rádio no Palco, entrevistas e conversas abertas e produtivas para partilhar práticas e abordagens sobre a questão da habitação, uma iniciativa em parceria com a rádio Antecâmara, que pode ser ouvida em podcast aqui. À hora de almoço, das 12h30 às 14h30, o festival propõe Conversas à Mesa, um almoço de "Feijão Feijão" (chili vegetariano com arroz) para espoletar conversas sobre habitação e habitar confecionado pela Cozinha Popular da Mouraria.
Às 15h arranca o debate aberto dedicado aos temas IDENTIDADE, INDIFERENÇA, CUIDAR, DIÁLOGO, DEMOCRACIA. com a presença de António Gori, ativista pelo direito à habitação e à cidade, militante da associação Habita!, e doutorando em estudos de desenvolvimento no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Didier Fiúza Faustino, artista e arquiteto, diretor do Bureau des Mésarchitectures (Paris/Lisboa), Elena Schütz, arquiteta e cofundadora do atelier Something Fantastic (Berlim), Ethel Baraona Pohl, crítica, escritora, curadora e cofundadora da dpr-barcelona, e investigadora sénior CARE./ D-ARCH ETH Zu¨rich (Barcelona), Filipa Serpa, arquiteta, doutorada em Urbanismo sob o tema da Habitação de Promoção Pública (Lisboa), Mariana Pestana, curadora-chefe de arquitetura no MAC-CCB, professora cuxiliar Convidada no Instituto Superior Técnico, coordenadora de arte e cultura do projeto de investigação Bauhaus of the Seas Sails (Lisboa) e Pedro Carvalho, representante do Movimento Porta a Porta – Casa para Todos (Lisboa).
Ainda no mesmo dia, das 18h30 às 20h30, a partir da Praça Paiva Couceiro, tem lugar mais uma edição das Caminhadas de Jane, organizada pela associação Mulheres na Arquitectura, um evento aberto que promove a troca e o diálogo entre pessoas para uma visão crítica da cidade, inspirado pelo legado da urbanista e ativista Jane Jacobs
5 E 6 DE OUTUBRO
PERFORMANCES EM CASAS PRIVADAS PASSA CÁ EM CASA
Entrada Gratuita
A Culturgest e o Goethe-Institut apresentam o projeto Passa Cá em Casa, um percurso de 12 intervenções artísticas em casas particulares, selecionado através de concurso.
As intervenções são variadas, mas estão todas ligadas ao tema da Habitação e das questões do Habitar. O programa repete-se nos dias 5 e 6 de outubro. Algumas propostas são continuadas (o público pode entrar e sair livremente) outras têm várias sessões com hora marcada. Todos as informações estão disponíveis aqui.
Alagie, de Alexandra Sargento e Filipa Rosa (Tenda no Coreto do Largo da Graça) é um trabalho sonoro, onde narrativas verídicas se entrelaçam com sons, silêncios e emoções, no interior de uma tenda semelhante a que alguns têm como casa.
Não serás uma alma que foge, de Susana Domingos Gaspar (Rua Guilherme Braga, 42 – 1º Dto) é uma coreografia de relatos em redor do tema da casa, que convoca o corpo a pensar sobre o direito de fuga e o desejo de permanecer.
Reservoir Gods, de Ruy Otero, Nuno da Silva e Bruno Cecílio (Travessa Chão do Loureiro 2), é uma performance que tem como mote o bairrismo da zona da Baixa-Mouraria, onde o rés-do-chão se situa, e o imaginário do cinema americano que influenciou todo o Ocidente nas últimas décadas.
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