Lisboa, 20 de abril de 2023
Foram hoje anunciados os vencedores da terceira edição do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão que distingue, anualmente, trabalhos jornalísticos publicados em Portugal e na Alemanha sobre o outro país. Em ambos os países, os prémios atribuídos têm os valores de 2.000, 1.000 e 500 euros, bem como, para o primeiro e segundo classificados, uma viagem para duas pessoas à Alemanha ou a Portugal e, para o terceiro classificado, um jantar para duas pessoas.
Os prémios serão entregues aos vencedores numa cerimónia pública no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a 3 de maio, às 18h00, no Goethe-Institut, em Lisboa. Às 19h30, decorrerá um debate com os vencedores sobre tópicos relevantes para o jornalismo atual. Mais informações sobre o evento.
Os vencedores da terceira edição do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão são:
Portugal:
1.º Prémio – Alexandra Prado Coelho: A gastronomia de Berlim não conhece regras nem fronteiras (Fugas, Público)
2.º Prémio – Ricardo J. Rodrigues: A corrida contra o tempo para salvar os insectos (Azul, Público)
3.º Prémio – Tiago Carrasco: A reviravolta histórica alemã quer ganhar a confiança dos Aliados (Expresso)
Alemanha:
1.º Prémio – Fabian Federl: Deixem arder! (Geo)
2.º Prémio – Tobias Asmuth: A barragem e a seca (Der Freitag)
3.º Prémio – Tilo Wagner: Em busca do quebra-mar (INDES - Revista de Política e Sociedade)
Os artigos estão disponíveis em www.goethe.de/portugal/premiodejornalismo.
Alexandra Prado Coelho e Fabian Federl são os vencedores
Em Portugal, o texto vencedor, de Alexandra Prado Coelho (Público), conta a história de três chefs de cozinha e de como os seus restaurantes e especialidades gastronómicas dão a conhecer a cultura berlinense. Para além da reportagem principal, o júri valorizou o facto de o trabalho ter “a preocupação de apresentar outros espaços da cidade”. “A viagem gastronómica, conduzida por uma escrita exímia, não se limita à capital. Numa reportagem complementar, descobrimos que nada deste mundo de sabores glamourosos seria possível sem a utilização de produtos que provêm da agricultura regenerativa e agroflorestal, demostrando que não existe qualidade e sofisticação sem uma forte preocupação ambiental.”
O vencedor alemão, Fabian Federl (Geo), foi premiado pelo seu artigo sobre incêndios florestais que o levou até à aldeia portuguesa de Ferraria de São João. Para os elementos do júri alemão, “os artigos esclarecem e evocam aspetos ainda desconhecidos. O texto de Federl, convincente a nível estilístico e no plano da investigação, cativa os leitores através de uma narrativa envolvente e de uma dramaturgia inteligente.”
Os segundos e terceiros lugares abordaram temas como a biodiversidade e a pandemia
Em segundo lugar, ficaram Ricardo J. Rodrigues, com uma reportagem para o jornal Público que acompanha o trabalho de uma equipa de investigadores da Universidade de Biologia de Trier, na Alemanha, na sua luta para travar o declínio das espécies e da biodiversidade, e Tobias Asmuth (Der Freitag), com um texto sobre a Barragem de Alqueva que levanta várias questões sobre um projeto “extremamente ambicioso, que deveria trazer crescimento económico a uma das zonas mais pobres da Europa, mas que levou à destruição de uma paisagem cultural secular.”
O júri deliberou que o terceiro lugar fosse atribuído, em Portugal, a Tiago Carrasco, com um artigo para o semanário Expresso que mostra como as políticas e as decisões do governo germânico são determinantes para ajudar a travar a guerra na Ucrânia, e, na Alemanha, a Tilo Wagner (INDES) com um artigo sobre a forma como foi tratada a pandemia covid-19 em Portugal, incluindo a campanha de vacinação e a fragilidade do serviço nacional de saúde.
A quarta edição do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão será anunciada em breve. Como as anteriores, visa promover um conhecimento mútuo cada vez mais aprofundado entre os dois países e uma relação bilateral mais próxima. Tem ainda por objetivo a valorização do jornalismo profissional e livre, base dos princípios democráticos e do espírito europeu.
O Prémio de Jornalismo Luso-Alemão é uma iniciativa da Associação S. Bartolomeu dos Alemães em Lisboa, coordenada pelo Goethe-Institut Portugal e em cooperação com a Central Alemã para o Turismo em Portugal, o Camões Berlim e a Delegação de Turismo de Portugal na Alemanha, sendo apoiada pela Embaixada da República Federal da Alemanha em Lisboa e pela Embaixada de Portugal em Berlim.
As viagens para a Alemanha são patrocinadas pela Central Alemão para o Turismo em Portugal. Os voos para Portugal são oferecidos pela TAP Air Portugal, com o apoio do Instituto Camões.
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