• news.cision.com/
  • GSK Portugal/
  • Estudo demonstra que tratamento com niraparib reduz em 38% o risco de progressão da doença ou morte em mulheres com cancro do ovário avançado

Estudo demonstra que tratamento com niraparib reduz em 38% o risco de progressão da doença ou morte em mulheres com cancro do ovário avançado

Report this content

O estudo de fase 3 PRIMA, com Zejula®  (niraparib), é o primeiro a demonstrar que um inibidor de PARP melhora significativamente o PFS, independentemente do status de BRCA, quando administrado como monoterapia em mulheres com cancro do ovário avançado com resposta à terapia com platina em primeira linha

•             O estudo PRIMA, apresentado no simpósio presidencial na ESMO 2019 (Sociedade Europeia de Oncologia Médica) e publicado simultaneamente no The New England Journal of Medicine,  demonstra que o tratamento com niraparib reduz em 38% o risco de progressão da doença ou morte na população global do estudo em comparação com o placebo.

•              Importante ressaltar que as mulheres em subgrupos com deficiência de recombinação homóloga HR ('HRD positivo') e sem deficiência ('HRD Negative') alcançaram um benefício clinicamente importante e estatisticamente  significativo.

A GSK anunciou que os resultados do estudo PRIMA (ENGOT-OV26/GOG-2),  randomizado de fase 3, duplamente-cego, controlado com placebo de Zejula (niraparib) como terapia de manutenção em mulheres com cancro de ovário após uma resposta à quimioterapia à base de platina, de primeira linha. O tratamento com niraparib resultou numa redução de 38% no risco de progressão da doença ou morte na população global (PFS, HR 0,62; 95% IC, 0,50 – 0,75; p <>

Os resultados foram consequência de uma redução clinicamente significativa no risco de progressão em mulheres com:

• Tumores com mutação BRCA (redução de risco de 60%, HR 0,40 (95% IC, 0,27 – 0,62) p <>

• Tumores sem mutação BRCA ( wild type) com deficiência de HR (redução de risco de 50%, HR 0,50 (95% IC, 0,30 – 0,83), p = 0,006).

• Tumores “HRD Negative” (redução do risco de 32%, HR  0,68 (95% IC, 0,49 – 0,94), p = 0.020).

O estudo PRIMA randomizou doentes com resposta ao tratamento de primeira linha com quimioterapia à base de platina, incluindo aqueles com alto risco de progressão da doença, uma população com alta necessidade e que não estava representada em ensaios clínicos de primeira linha em cancro do ovário.

"O cancro do ovário é o oitavo mais comum em mulheres de todo o mundo e as mulheres com esta doença devastadora têm uma taxa de sobrevivência de cinco anos inferior a 50%. O PRIMA é um estudo de referência, pois acreditamos que esses dados têm o potencial de mudar a forma como as mulheres com cancro de ovário são tratadas", referiu o Dr. Hal Barron, Chief Scientific Officer and President R&D.

Numa análise interina da sobrevivência global (OS), niraparib também demonstrou uma tendência encorajadora para a melhoria da sobrevivência global em relação ao placebo. Uma análise provisória pré-planeada da sobrevivência global favoreceu o niraparib na população total (HR 0,70; 95% CI 0.44-1.11). No subgrupo com deficiência de recombinação homóloga (HR), 91% das mulheres em niraparib estavam vivas aos 24 meses vs. 85% para o placebo (HR = 0,61; 95% IC, 0,27-1,40). Estes dados ainda não estão maduros e o significado não é totalmente conhecido.  A análise provisória da sobrevivência global também mostrou que 81% das mulheres que receberam niraparib no subgrupo “HRD negative” estavam vivas aos 24 meses vs. 59% das mulheres que receberam placebo (HR = 0,51; 95% IC, 0,27-0,97).

"O estudo PRIMA demonstrou a importância da terapia de manutenção e do benefício que niraparib deu às mulheres com cancro de ovário. Acredito que o niraparib, em monoterapia após a cirurgia e a quimioterapia à base de platina, poderá ser uma nova opção de tratamento importante para as doentes”, afirmou o Dr. Antonio Gonzalez, Co-diretor do departamento de Oncologia Médica da Clínica da Universidad de Navarra e investigador principal do PRIMA.

Niraparib não está atualmente aprovado no tratamento de manutenção da primeira linha do cancro de ovário. A GSK vai partilhar estes dados com as autoridades de saúde e está a preparar a apresentação um dossier cientifico até ao final do ano.

O perfil de segurança demonstrado no PRIMA não diferiu do perfil de segurança previamente estabelecido. Os eventos adversos de grau 3 ou superiores mais comuns com niraparib incluíram anemia (31%), trombocitopenia (29%) e neutropenia (13%). A utilização de um regime posológico individualizado baseado no peso corporal e/ou na contagem de plaquetas reduziu a incidência de eventos adversos hematológicos emergentes. Não foram identificados novos eventos de segurança. Os relatos dos doentes validados indicam que a qualidade de vida foi semelhante entre os braços de tratamento com niraparib e placebo.

Niraparib é comercializado nos Estados Unidos e na Europa com o nome comercial Zejula®.

Sobre o estudo PRIMA

PRIMA é um estudo de fase 3 aleatorizado, duplamente cego, concebido para avaliar niraparib versus placebo em doentes de cancro do ovário de primeira linha de fase III ou IV. O estudo avaliou a eficácia de niraparib como tratamento de manutenção, medido pela sobrevida livre de progressão. Os doentes com uma resposta à quimioterapia de platina de primeira linha foram aleatorizados 2:1 para niraparib ou placebo. O ensaio foi alterado para incluir uma dose inicial de niraparib individualizada de 200 mg uma vez por dia em doentes com peso basal <>

Sobre Zejula (niraparib)

Zejula está indicado como monoterapia para o tratamento de manutenção de doentes adultas com os seguintes cancros de alto grau, recidivantes e sensíveis a platina: cancro epitelial seroso do ovário, cancro das trompas de Falópio ou cancro peritoneal primário, os quais respondem (completa ou parcialmente) a quimioterapia à base de platina. Niraparib é um inibidor de PARP oral, uma vez por dia, que está atualmente a ser avaliado em três ensaios pivotais. A GSK está construir uma base de dados de niraparib robusta avaliando a atividade em vários tipos de tumores e avaliando várias combinações potenciais de niraparib com outras terapêuticas. O programa de desenvolvimento e investigação do niraparib inclui um ensaio de fase 3 como tratamento de primeira linha de manutenção em monoterapia em doentes com cancro do ovário de primeira linha (o ensaio Prima), um estudo de fase 3, com um tripleto, como um tratamento de manutenção de primeira linha em cancro do ovário (FIRST), um ensaio de fase 3,  para o tratamento de doentes com cancro da  mama metastático BRCA-mutado,  (o ensaio Bravo), e um estudo de fase 2 de niraparib combinado com o tratamento de manutenção com bevacizumab no cancro do ovário avançado (OVARIO). Estão também em curso vários estudos com associações de outros fármacos , incluindo ensaios de niraparib mais pembrolizumab em cancro da mama metastático, triplo-negativo e cancro do ovário avançado, resistente à platina (ensaio TOPACIO). A Janssen Biotech tem os direitos para desenvolver e comercializar niraparib especificamente para pacientes com cancro de próstata em todo o mundo, exceto no Japão.

Informações Importantes de Segurança  de Zejula

Foram notificados casos de síndrome mielodisplásica/leucemia mieloide aguda (SMD/LMA), incluindo casos com desfecho fatal, num pequeno número de doentes que receberam Zejula ou placebo. No ensaio internacional pivot de fase 3 (ENGOTOV16), a incidência de SMD/LMA em doentes que receberam niraparib (1,4 %) foi semelhante à das doentes que receberam placebo (1,1 %). Em geral, foi relatada SMD/LMA em 7 de 751 (0,9 %) doentes tratadas com Zejula em estudos clínicos. A duração do tratamento com Zejula em doentes antes de desenvolverem SMD/LMA variou de 1 mês a > 2 anos. Os casos eram típicos de SMD/LMA secundária, relacionada com o tratamento oncológico.Todas as doentes receberam múltiplos regimes de quimioterapia contendo platina e muitas também tinham igualmente recebido outros agentes prejudiciais para o ADN e radioterapia. Algumas das 6 doentes tinham antecedentes de displasia da medula óssea. Se for confirmada SMD e/ou LMA durante o tratamento com Zejula, o tratamento deve ser descontinuado e a doente devidamente tratada.

No estudos NOVA, doentes elegíveis para o tratamento com Zejula tinham os seguintes parâmetros hematológicos de linha de base: contagem absoluta de neutrófilos (CAN) ≥ 1.500 células/µl; plaquetas ≥ 100.000 células/µl e hemoglobina ≥ 9 g/dl antes do tratamento. Foram notificadas reações adversas hematológicas (trombocitopenia, anemia, neutropenia) em doentes tratadas com Zejula. No estudo NOVA, 48 de 367 (13 %) das doentes apresentaram hemorragia com trombocitopenia concomitante; todos os episódios hemorrágicos concomitantes com a trombocitopenia foram de grau 1 ou 2 em termos de gravidade, exceto para um episódio de petéquias e hematoma de grau 3 observado concomitantemente com um acontecimento adverso grave de pancitopenia. Ocorreu trombocitopenia mais frequentemente em doentes cuja contagem de plaquetas na linha de base foi inferior a 180 × 109 /l. Aproximadamente 76 % das doentes com baixa contagem de plaquetas na linha de base (<>

Foi relatada hipertensão, incluindo crise hipertensiva, com o uso de Zejula. Hipertensão de Grau 3-4 ocorreu em 9% das doentes que receberam Zejula vs 2% das doentes que receberam placebo no estudo NOVA, com descontinuação da terapêutica a ocorrer em <1%>

A hipertensão deve ser tratada clinicamente com medicamentos anti-hipertensores, bem como ajustando a dose de Zejula, se necessário. No programa clínico, as medições da tensão arterial foram obtidas no dia 1 de cada ciclo de 28 dias enquanto a doente se manteve em tratamento com Zejula. Na maioria dos casos, a hipertensão foi controlada adequadamente usando tratamento anti-hipertensor padrão com ou sem ajuste da dose de Zejula. Zejula deve ser descontinuado em caso de crise hipertensiva ou se a hipertensão clinicamente significativa não puder ser adequadamente controlada com tratamento anti-hipertensor. Devem monitorizar-se as doentes com doença cardiovascular, particularmente com insuficiência coronária, arritmia cardíaca e hipertensão.

Zejula não deve ser usado durante a gravidez nem em mulheres com potencial para engravidar que não estejam dispostas a usar contraceção fiável durante o tratamento e durante 1 mês após ter recebido a última dose de Zejula. Antes do tratamento, deve ser realizado um teste de gravidez a todas as mulheres com potencial para engravidar.

Em estudos clínicos, as reações adversas mais comuns (Graus 1-4) em ≥10% das doentes incluem: trombocitopenia (61%), anemia (50%), neutropenia (30%), leucopenia (17%), palpitations (10%), náuseas (74%), obstipação (40%), vómitos (34%), distenção/dor abdominal (33%), mucosite/estomatite (20%), diarreia (20%), dispepsia (18%), boca seca (10%), fadiga/astenia (57%), perda de apetite (25%), infeção do trato urinário (13%), elevação das enzimas AST/ALT (10%), mialgias (19%), dor de costas (18%), artralgia (13%), enxaqueca (26%), tonturas (18%), disgeusia (10%), insónias (27%), ansiedade (11%), nasofaringite (23%), dispneia (20%), tosse (16%), rash (21%) e hipertensão (20%).

Anormalidades laboratoriais comuns (Grau 1-4) ocorridas em ≥25% das doentes incluem: diminuição do nível de hemoglobina (85%), diminuição do número de plaquetas (72%), diminuição do número de glóbulos brancos (66%), diminuição do número absoluto de neutrófilos (53%), aumento dos valores das enzimas AST (36%) e ALT (28%).

Sobre o cancro do ovário

Aproximadamente 300 mil mulheres são diagnosticadas com cancro do ovário a cada ano. O cancro do ovário é a oitava causa mais frequente de morte por cancro entre as mulheres. Apesar das altas taxas de resposta à quimioterapia, à base de platina no cancro do ovário, avançado da segunda linha de tratamento, aproximadamente 85% das doentes terão uma recidiva da sua doença no espaço de dois anos. As opções de tratamento em linhas tardias para doentes com cancro do ovário são poucas, com a proporção de doentes que atingem uma resposta geral normalmente inferior a 10%, quando tratadas com quimioterapia.

GSK Oncologia

A GSK está focada em maximizar a sobrevivência das pessoas que vivem com cancro, através do desenvolvimento de medicamentos transformadores. O pipeline da GSK foca-se nas vertentes de imuno-oncologia, terapia celular, letalidade sintética e epigenética do cancro. O nosso objetivo é alcançar um ritmo sustentável de novos tratamentos, baseados num portfólio diversificado de medicamentos sob investigação, com recurso a pequenas moléculas, anticorpos, conjugados anticorpo-fármaco e células, quer isoladamente ou em combinação.

Sobre a GSK

A GSK é uma multinacional farmacêutica, impulsionada pela ciência e inovação, com um propósito especial: ajudar as pessoas a fazerem mais, sentirem-se melhor e viverem mais tempo. Com uma história que começou há 300 anos atrás, a GSK emprega mais de 100 pessoas em Portugal na área farmacêutica. A sua ambição é ser uma das empresas farmacêuticas mais inovadora, com melhor performance e de maior confiança do mundo. Para saber mais: www.gsk.pt.

Tags: