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Armando Castanheira da Hipoges Portugal: “O mercado português de crédito malparado (NPL) está na linha da frente, a nível europeu”

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O mercado nacional de NPL gera confiança e acusa estabilidade, muito graças à maturidade de Servicers como a Hipoges. E embora o aumento do incumprimento possa ainda ser incerto devido ao contexto económico atual, a concessão de crédito mais criteriosa por parte dos Bancos faz com que caso se verifique não venha a ter um reflexo imediato. Ao mesmo tempo, a indústria do NPL está hoje mais preparada para atuar rapidamente em benefício do sistema bancário, investidores e Servicers.

 

Armando Castanheira, Chief Operating Officer (COO) da Hipoges em Portugal

 

Desde o processo de venda das carteiras de crédito em incumprimento - e/ou dos imóveis daí resultantes - executado pelos Bancos e outras Instituições Financeiras, passando pelo fecho com sucesso dessas transações, protagonizadas por alguns dos maiores Fundos de Investimento Internacionais, e finalmente à eficiente gestão desses ativos pelos Servicers, “o mercado português de crédito malparado (NPL) é um caso de estudo, tratando-se de uma das atividades na qual o nosso país está claramente na linha da frente a nível europeu”, afirma Armando Castanheira, Chief Operating Officer (COO) da Hipoges em Portugal.

A maturidade de Servicers, como a Hipoges, tem contribuindo para este posicionamento. “Na Península Ibérica, e especificamente em Portugal, apresentam um profissionalismo, especialização, skills e maturidade acima da média”, acrescenta Armando Castanheira. Além disso, o Chief Operating Officer ressalva que, a nível nacional, o processo de recuperação é feito com total clareza e sem qualquer conotação negativa, como já aconteceu num passado longínquo, e que os servicers estão preparados para que a atividade comece a ser regulada pelo Banco de Portugal, cumprindo já com todos os requisitos.

As grandes consultoras do mercado e os Fundos Internacionais também desempenham aqui um papel importante. As primeiras porque trazem aos processos de compra e venda de portfólios de NPL uma grande confiança, competitividade, informação de qualidade e alianças com os melhores Investidores e Servicers, o que maximiza a rentabilidade de todas as partes envolvidas. Já os Fundos Internacionais têm sido os principais atores na aquisição destes portfólios, não existindo, assim, registo de praticamente nenhum processo que tenha ficado deserto por falta de comprador.

Os Bancos e outras Instituições Financeiras também têm feito um trabalho extraordinário desde 2018, assevera Armando Castanheira, valorizando as estratégias levadas a cabo pelo sistema bancário para reduzir rácios de NPL de 15% (cerca de 50 mil M€) para uns notáveis 3,2% (cerca de 7.5 mil M€) e destacando ainda que entre 2020 e 2022 o valor facial das operações transacionadas equivalem exatamente ao stock de NPL atualmente existente. Claro que, nesta redução, pesa também o aumento da concessão de crédito “novo” originado pelos Bancos neste período comparativamente com o anterior, de 2010 a 2018.

Assim, o COO da Hipoges Portugal Armando Castanheira, que conta já com mais de 15 anos de experiência no mercado, indica que tudo se encaminha para a cada vez maior otimização da recuperação dos NPL, verificando-se uma liquidação superior relativamente ao valor facial do crédito, e que “a Hipoges está naturalmente preparada para enfrentar quaisquer novos desafios que se avizinham”.

 

Futuro do mercado de malparado depende da evolução económica

Para o COO da Hipoges, a incerteza económica existente e a substancial redução de ativos tóxicos operada pelos Bancos nos últimos anos, vão, seguramente, pesar no futuro do mercado de NPL. Sendo que, para já, identifica como indicador determinante para tal a inflação que afetará empresas, e consequentemente os consumidores, com o custo adicional decorrente na aquisição de matérias-primas, energia, transportes e salários.

Para além da capacidade de gerar rendimentos, a resiliência das empresas é fundamental para a taxa de desemprego se manter em níveis ótimos. Caso contrário os particulares que já estão a sentir o decréscimo das taxas de poupança, como também o evidente aumento do custo de vida, poderão enfrentar situações de incumprimento. Por outro lado, não é previsível que o valor do imobiliário venha a sofrer um decréscimo, tanto pela falta de oferta de produto como pelo excesso de liquidez para a sua aquisição.

O equilíbrio entre a saúde financeira das empresas e dos particulares é decisiva para a manutenção de níveis baixos de incumprimentos. Mas a existir aumento das taxas de incumprimento, o seu reflexo no mercado do NPL não será imediato, garante Armando Castanheira. “Não é previsível que volte a atingir o stock do passado, em primeiro lugar porque a concessão de crédito foi melhor e mais criteriosa e depois porque os bancos têm de limpar o stock de forma mais rápida, estando já devidamente regulamentados e alerta para isso”.

 

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