De 1 de agosto a 30 de setembro estão abertas as candidaturas online ao Prémio Literário Arnaldo França

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De 1 de agosto a 30 de setembro, estão abertas as candidaturas à 6.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França. O galardão é instituído e promovido em parceria pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e pela Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) e tem como propósito a promoção da língua portuguesa e do talento literário em Cabo Verde.
 
Podem concorrer a esta edição textos que reúnam cumulativamente as seguintes situações:
 
a) Textos originais e inéditos, do domínio da prosa literária, em língua portuguesa;
b) Textos cujos autores sejam cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos;
c) Textos que não tenham sido apresentados a nenhum outro concurso com decisão pendente e que respeitem o regulamento do concurso.
 
O Prémio Literário Arnaldo França contempla a edição da obra premiada, assim como uma componente pecuniária de 5000 € a título de prémio.
 
À semelhança da edição anterior, nesta 6.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França as candidaturas fazem-se exclusivamente online no site da Imprensa Nacional, disponível em https://imprensanacional.pt/premios-literarios/premio-arnaldo-franca/.
 
Preside ao júri o escritor e professor universitário Manuel Brito-Semedo. Maria de Fátima Fernandes, professora universitária, e Paula Mendes, editora-chefe da Imprensa Nacional, são os dois outros elementos que compõem o júri.
 
De recordar que nas edições anteriores o Prémio Literário Arnaldo França já distinguiu os trabalhos:  Beato Sabino, de Olavo Delgado Correia, Contos de Cabo Verde, de Benvindo Gomes Semedo, Sul 1, de Jorge Octávio Soares Silva, e Destino Aziago, de José Joaquim Cabral e O Sabor da Água da Chuva e Outras Memórias da Amiga Perfeita, de Joaquim Arena. O Prémio já atribuiu também uma menção honrosa a O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Gonçalves.
 
A decisão do júri será conhecida até 90 dias após o fecho das candidaturas.
 
O Regulamento pode ser consultado Aqui.
 
Arnaldo França
Arnaldo França, que dá nome ao galardão, foi alfandegário de carreira e um reconhecido poeta, escritor, académico, crítico, ensaísta e investigador. Licenciou-se em Lisboa, em Ciências Sociais e Políticas, pela Universidade Técnica. Admirava o crioulo cabo-verdiano e o português. Traduziu Pessoa, Camões e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. Lutou para resgatar do limbo do esquecimento muitas obras de muitos escritores. Destacam-se as antologias O Escravo, de Evaristo de Almeida, ou os escritos de Guilherme Dantas. Escreveu também vários ensaios, dedicados às obras de António Aurélio Gonçalves, Jorge Barbosa, Januário Leite, Luís Loff de Vasconcelos, Arménio Vieira, Teixeira de Sousa e Germano Almeida. Foi também ministro das Finanças de Cabo Verde nos anos de 1980. Nasceu na Cidade da Praia, em Cabo Verde, a 15 de dezembro de 1925, onde morreu 89 anos depois, a 21 de agosto de 2015.
Arnaldo França foi ainda autor de Notas sobre Poesia e Ficção Cabo-Verdianas (1962), sendo considerado como um dos nomes maiores da cultura cabo-verdiana do século xx. Com a Imprensa Nacional Arnaldo França colaborou, juntamente com Elsa Rodrigues dos Santos, na Obra Poética, de Jorge Barbosa (2002).
 
Sobre a Imprensa Nacional
A Imprensa Nacional cumpriu em 2018 dois séculos e meio de atividade de edição livreira, um percurso iniciado em 1768 com o estabelecimento da Imprensa Régia, que passa em 1833 a designar-se Imprensa Nacional. Em 1972 passou a ser parte integrante da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), uma sociedade anónima de capitais públicos. Herdeira de uma ampla experiência editorial e de um vastíssimo catálogo, a preservação e divulgação da memória e do património comuns da cultura portuguesa aliadas a uma contínua renovação constituem a missão. A renovação aliada à memória: a par de obras e autores consagrados, de temas e coleções tradicionais, surgem novos autores e inauguram-se coleções que conferem à linha editorial da editora pública o timbre que a mantém em consonância com a contemporaneidade.
 
Sobre a INCM
A INCM resulta da fusão de dois dos mais antigos estabelecimentos industriais do País, a Imprensa Nacional, criada em 1768, e a Casa da Moeda, com mais de 700 anos de história. Atualmente, a inovação tecnológica, desenvolvida em parceria com algumas das principais universidades e centros de investigação nacionais, é um dos pilares estratégicos da INCM, cuja missão é criar, produzir e fornecer bens e serviços que exigem elevados padrões de segurança, focados no cliente e em soluções inovadoras. Destacam-se, entre esses bens e serviços essenciais, a produção de documentos de segurança, como o cartão de cidadão ou o passaporte, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República, a publicação de obras fundamentais da língua e da cultura portuguesa e a cunhagem de moeda corrente e de coleção. Até 31 de agosto, os cidadãos moçambicanos ou a residir em Moçambique há mais de 5 anos podem candidatar-se ao Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, um galardão instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), que distingue anualmente trabalhos inéditos no domínio da prosa literária.

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