Imprensa Nacional publica a Obra Dramática Completa de Natália Correia

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A Imprensa Nacional associa-se às comemorações do centenário do nascimento de Natália Correia (1923-1993), e publica em 2023, pela primeira vez, a Obra Dramática Completa de Natália Correia, numa edição coordenada pelo dramaturgo, ensaísta e criador musical, Armando Nascimento Rosa.

O teatro como arte de cidadania, desafiadora de mentalidades, constituiu uma vocação intensa e audaz de Natália Correia,  teatro entendido como lugar estético e político onde pensamento e emoção se manifestam em alquimia lúdica. Obra Dramática Completa de Natália Correia reúne o conjunto integral das catorze obras dramáticas, originais e concluídas, de Natália Correia.

Duas destas obras são inéditos absolutos até esta data — A Donzela Que Vai À Guerra e Dom Carlos de Além-Mar — e três outras, embora tendo conhecido produções cénicas, nunca haviam sido publicadas sob a forma impressa — Dois Reis e Um Sono, O Romance de D. Garcia e Auto do Solstício do Inverno.

Refira-se ainda que o libreto da ópera Em Nome da Paz, nunca fora publicado em livro, estando a sua circulação impressa circunscrita à inclusão do texto no programa do Teatro Nacional de São Carlos, em 1978, aquando da respetiva estreia cénica.

Um décimo quinto texto, também inédito, que encerra o volume (identificado pela investigadora Ângela de Almeida no arquivo nataliano) é o único título aqui inserido que a autora não deu por terminado, e corresponde à transcrição do manuscrito de uma obra dramática coral que Natália deixou em rascunho, redigido no ano e nos meses que antecederam a sua morte: Falo-te do Extremo Ocidental de Uma Europa Raptada pelo Aço e pelo Carvão.
 
O livro A Obra Dramática Completa de Natália Correia será apresentado no dia 27 de novembro, às 19.00h, no Teatro São Luiz, por Francesca Rainer, Fernando Dacosta e Armando Nascimento Rosa.
 
Sobre a Imprensa Nacional
A Imprensa Nacional cumpriu em 2018 dois séculos e meio de atividade de edição livreira, um percurso iniciado em 1768 com o estabelecimento da Imprensa Régia, que passa em 1833 a designar-se Imprensa Nacional. Em 1972 passou a ser parte integrante da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), uma sociedade anónima de capitais públicos. Herdeira de uma ampla experiência editorial e de um vastíssimo catálogo, a preservação e divulgação da memória e do património comuns da cultura portuguesa aliadas a uma contínua renovação constituem a missão. A renovação aliada à memória: a par de obras e autores consagrados, de temas e coleções tradicionais, surgem novos autores e inauguram-se coleções que conferem à linha editorial da editora pública o timbre que a mantém em consonância com a contemporaneidade.
 
Sobre a INCM
A INCM resulta da fusão de dois dos mais antigos estabelecimentos industriais do País, a Imprensa Nacional, criada em 1768, e a Casa da Moeda, com mais de 700 anos de história. Atualmente, a inovação tecnológica, desenvolvida em parceria com algumas das principais universidades e centros de investigação nacionais, é um dos pilares estratégicos da INCM, cuja missão é criar, produzir e fornecer bens e serviços que exigem elevados padrões de segurança, focados no cliente e em soluções inovadoras. Destacam-se, entre esses bens e serviços essenciais, a produção de documentos de segurança, como o cartão de cidadão ou o passaporte, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República, a publicação de obras fundamentais da língua e da cultura portuguesa e a cunhagem de moeda corrente e de coleção. Até 31 de agosto, os cidadãos moçambicanos ou a residir em Moçambique há mais de 5 anos podem candidatar-se ao Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, um galardão instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), que distingue anualmente trabalhos inéditos no domínio da prosa literária.

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