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Já existem tecnologias para monitorizar os riscos a que profissionais estão sujeitos em ambientes extremos

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Um grupo de investigadores em Portugal e nos EUA desenvolveram um conjunto de tecnologias que permitem, entre outras aplicações, monitorizar os sinais vitais e variáveis ambientais a que profissionais como bombeiros, polícias ou paramédicos, estão expostos. O objetivo? Obter índices de fadiga, níveis de exposição perigosos ao calor, stress, gases nocivos, entre outros, que podem ser utilizados para proteger estes profissionais e, assim, aumentar a segurança das operações destas equipas e melhor as gerir no terreno em casos como, por exemplo, de desastres naturais.

Sensores vestíveis, uma plataforma baseada na internet das coisas (IoT) para monitorização da exposição a níveis perigosos de diferentes agentes e de picos de stress fisiológico de equipas de profissionais de primeira resposta e um motor de análise de dados biomédicos e ambientais capaz de detetar diferentes estados perigosos para estes profissionais são tecnologias que vão ser apresentadas publicamente amanhã, dia 26 de junho, no Porto, no edifício sede do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Estas três tecnologias, todas protegidas através de patente, fazem parte dos resultados do projeto VR2Market (Vital Responder to Market Project), apoiado pelo Programa CMU Portugal, que agora chega ao fim e cujo objetivo era a criação de sinergias entre tecnologias vestíveis inovadoras, redes de sensores, IoT e sistemas de localização precisa para explorar novas formas de monitorizar profissionais de primeira resposta, como bombeiros, polícias ou paramédicos, e assim melhorar a sua segurança e saúde ocupacional.

“Com estas tecnologias podemos proteger melhor os nossos profissionais de primeira resposta, mas não só, uma vez que as soluções que desenvolvemos podem ser adaptadas a outros profissionais de risco e até a novos cenários. As tecnologias já foram testadas em ambientes extremos, com bombeiros, por exemplo. Até ao momento, o que os profissionais usavam neste tipo de situações eram apenas sensores de monóxido de carbono, e quando estes dispositivos estavam disponíveis”, explica Duarte Dias, investigador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica do INESC TEC.

A sessão pública de encerramento do VR2Market vai decorrer das 14h00 às 18h00 no INESC TEC, sendo que as tecnologias desenvolvidas no âmbito do projeto vão poder ser usadas e demonstradas a partir das 16h00.

As três tecnologias vão integrar os produtos de uma nova empresa spin-off chamada WeSENSS. A nova spin-off do INESC TEC tem como objetivo o desenvolvimento de novos dispositivos wearable aplicados a diversos tipos de profissionais e cenários. “Estamos neste momento a incorporar as nossas tecnologias de sensorização dos profissionais na plataforma UNO, pertencente ao grupo EQS, que, entre outros serviços, monitoriza instalações industriais na área petrolífera”, exemplifica o investigador do INESC TEC.
Este projeto foi desenvolvido pelo INESC TEC, IEETA, Instituto de Telecomunicações, Biodevices SA, CMU – Robotics Institute, Pitsburgh e CMU – Silicon Valley, com o apoio das empresas Biodevices e Petratex e com um financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa CMU Portugal.

Mais informações sobre a apresentação pública dos resultados pode ser encontrada aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfABg2T1fE8WRUeZoUVlqMUWtSs5d42DTCQ4XsZDhWjjV9CcQ/viewform

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