Portugal lidera projeto de 4M€ que responde ao plano europeu de estímulo à economia

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O Pacto Ecológico Europeu é encarado pela União Europeia (UE) como decisivo para estimular a economia e combater as alterações climáticas. Este roteiro define um conjunto de ações para tornar a economia da UE mais sustentável. No caso da energia, o sucesso da aposta nas fontes renováveis está dependente da existência de infraestruturas que permitam a sua integração nas redes existentes.

Nesse contexto, o projeto europeu ATTEST - Advanced Tools Towards cost-efficient decarbonisation of future reliable Energy SysTems, liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), vai criar condições para a construção das redes elétricas europeias do futuro e preparar as infraestruturas para as soluções que começam a chegar.

“Não basta produzir energia limpa, é necessário manter e atualizar as infraestruturas da rede de transporte e distribuição para que a suportem e integrem de forma segura, e com máximo proveito. Neste projeto vamos, por isso, desenvolver um conjunto de ferramentas inovadoras de apoio ao planeamento, manutenção e operação das redes de energia elétrica do futuro, considerando também a integração de energias renováveis no sistema de gestão da rede”, afirma André Madureira, investigador do INESC TEC e coordenador do projeto.

Até 2023 será criada uma plataforma de integração energética e um conjunto de 12 ferramentas de otimização para produtores e distribuidores de energia. Os algoritmos desenvolvidos vão privilegiar as tecnologias ‘limpas’ ou com baixas emissões. As ferramentas desenvolvidas serão testadas num piloto na Croácia e disponibilizadas à comunidade científica internacional em open source.

“O projeto terá impacto na redução do desperdício de energia uma vez que, através das ferramentas criadas, produtores e distribuidores de energia conseguirão ajustar as operações entre si, respondendo em tempo real às necessidades dos consumidores. Uma melhor gestão da rede que reduz o desperdício e aposta em energias limpas poderá também significar menos custos para os consumidores”, explica André Madureira.

A integração destas soluções a nível europeu resultará numa rede de energia uniforme, otimizada e eficiente, com um impacto ambiental da produção energética equilibrado entre todos os países.

O INESC TEC é a única instituição portuguesa envolvida. Fazem ainda parte do consórcio mais oito parceiros, de cinco países: University of Manchester (Reino Unido,) Luxembourg Institute of Science and Technology (Luxemburgo), Universidad Pontificia Comillas (Espanha), Tech Rain S.p.A. (Itália), Innovation Centre Nikola Tesla, HEP – Operator Distribucijskog Sustavae e KONCAR – Inženjering za energetiku i transport (Croácia).

O projeto conta com um financiamento de cerca de 4M€ ao abrigo do programa de investigação e desenvolvimento da União Europeia Horizonte 2020, com o acordo número 864298.

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