Cidades vencedoras e cidades principiantes
Lisboa, 30 de junho 2015 – Desde 2010 que Istambul é uma cidade em constante melhoria, segundo um novo research agora divulgado pela consultora imobiliária global JLL em parceria com o The Business of Cities Group. O relatório, que analisa os índices1 de desempenho de mais de 200 cidades mundialmente conhecidas de modo a permitir fazer a comparação entre elas, identifica também Nova Iorque, Londres, Singapura, Paris e Hong Kong no top cinco das cidades que exibem a melhor performance em todos os seis principais índices globais.
Enquanto a nota foi de estabilidade para as cidades que ocupam as posições cimeiras nos rankings globais, para aquelas que estão nas posições mais abaixo observaram-se fluxos de mudança significativos nestes três últimos anos, com as cidades a reajustarem-se à geografia das oportunidades globais.
Nos seis principais índices, que abrangem desde serviços financeiros até à imagem da cidade, Istambul é aquela que melhorou de forma mais consistente ao longo do período analisado. E, em específico tem consolidado o seu estatuto como fornecedor de serviços financeiros a nível local e tem suplantado com frequência algumas cidades de média-dimensão bem estabelecidas, graças à sua escala e por funcionar como um ponto privilegiado de entrada e saída em termos geográficos. Outras das cidades que exibem progressos vincados desde 2010 são Mumbai, Seul e o Dubai.
“No século XXI, o ritmo de chegada de novas cidades à cena global é mais rápido do que nunca. No novo ciclo de globalização, cidades emergentes como Ho Chi Minh, Nairobi e Deli procuram cada vez mais entrar na economia global e aceleram o seu crescimento através da inovação e das start-ups na área da tecnologia”, disse Rosemary Feenan, International Director, Global Research na JLL. “Da mesma forma, centros consolidados de inovação como São Francisco, San Jose, Boston, Tel Aviv e Cambridge e cidades com elevada qualidade de vida, como Estocolmo e Zurique, estão também a conjugar os seus ativos em termos de infraestruturas e educação para se tornarem verdadeiros pólos de start-up’s e, assim, cimentar e acelerar a sua posição no palco mundial.”
Singapura e Estocolmo constam entre aquelas que mais melhoraram a sua posição no topo dos rankings das cidades nos últimos dois anos. A história de sucesso de Singapura foi elevada a um outro nível quando a cidade ultrapassou pela primeira vez Tóquio e Paris na maioria dos principais índices. É líder na Ásia nos campos da edução superior, mobilidade, ciência, índices de banda larga e tecnologia, sendo também a cidade “número um” a nível mundial em termos de ambiente favorável para os negócios. Os rankings que classificam a imagem de marca da cidade também indiciam melhorias no que toca à sua reputação de ser pouco vibrante entre os expatriados e os turistas.
A consistência de Estocolmo em termos de crescimento, conhecimento e qualidade tem vindo a contribuir para uma melhoria constante da sua posição, sobretudo no que diz respeito à Europa. A capital sueca figura não só entre as melhores a nível mundial em termos de governança, planeamento urbano e sustentabilidade, mas também evidencia fortes efeitos de cluster. E, ao contrário do que é comum entre os seus pares, os setores de ICT [Informação, Comunicação e Tecnologia) e da indústria transformadora viram o seu Valor Bruto Acrescentado crescer em cerca de 25% desde 20083.
“Nunca como agora foi tão importante compreender o desempenho das cidades. A capacidade das cidades em atrair crescimento, gerir o seu crescimento e oferecer qualidade de vida irá definir o seu carácter e, em última instância, o sucesso do «século metropolitano» “, disse Greg Clark, Chairman do The Business of Cities e do Cities Research Center da JLL.
“Em conjunto, os benchmarks e índices podem oferecer-nos uma visão realista dos padrões existentes e das oportunidades estratégicas para as cidades, bem como para aqueles que nelas vivem e trabalham. A melhoria dos desempenhos de Istambul, Santiago e Seul ilustram que as cidades podem e devem alterar as suas posições nos índices ao longo do tempo. As mudanças foram alcançadas por se elevarem os standards, por alterarem as perceções, oferecendo novas informações, apostando em parcerias, acrescentando novos rankings, entre vários outros mecanismos”, concluiu Greg Clark.
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