Diversificação geográfica ajuda a impulsionar crescimento de 28% no investimento em imobiliário de retalho na Europa, diz a JLL

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  • Transações de investimento em imobiliário de retalho na Europa crescem 28% para os €26 mil milhões no 1º semestre de 2015
  • Todas as regiões com dinâmica nas transações
  • Investidores globais procuram estabelecer parcerias
  • Espera-se mais negócios “troféu” em 2016

O crescimento do investimento no segmento de imobiliário de retalho fora dos sete maiores mercados (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Holanda, Finlândia e Suécia) ajudou a impulsionar o volume de transações na Europa no 1º semestre de 2015 para os €26 mil milhões, mais 28% do que no mesmo período de 2014, de acordo com os últimos dados avançados pela JLL.

Estamos a assistir a um forte crescimento no mercado de investimento de retalho, o que muito se deve ao facto de todas as regiões estarem a transacionar. Mercados como a Finlândia, Portugal e a República Checa têm um peso muito maior nas transações deste 1º semestre em comparação com o mesmo período de 2014, e também uma maior presença nos dez grandes negócios do ano até agora. Estes mercados estão a ter um impacto muito significativo nos números finais”, disse, Jeremy Eddy, Diretor Internacional de Retail Capital Markets na JLL.

Em Portugal, o investimento em imobiliário de retalho no 1º semestre de 2015 totalizou perto de €650 milhões, o que equivale a aproximadamente 70% do total do capital investido em imobiliário comercial* neste período (€925 milhões). Os investidores em retalho direcionaram a procura para diversos tipos de ativos, incluindo centros comerciais, supermercados e lojas de rua. Entre as operações de maior destaque realizadas no mercado português nos primeiros seis meses do ano evidenciam-se a venda dos centros comerciais Fórum Montijo e Fórum Almada, integrados na transação de um portefólio que envolveu ativos em vários mercados internacionais; a venda de um portefólio de 12 supermercados ocupados pelo Continente; bem como de dois outros supermercados de referência desta cadeia, nomeadamente em Portimão e no Centro Comercial Colombo. No comércio de rua, a atividade de investimento esteve também dinâmica, com pelo menos sete lojas transacionadas nas principais zonas comerciais de Lisboa nesta primeira metade do ano. À exceção do portefólio de 12 unidades Continente, todos os ativos de retalho transacionados em Portugal no 1º semestre foram comprados por estrangeiros, um fator que contribuiu também para a compressão das yields quer nos centros comerciais quer no segmento de rua.

Fernando Ferreira, Diretor de Capital da JLL Portugal, comenta: “A atividade do 1º semestre de 2015 permite-nos afirmar com alguma segurança que o investimento em imobiliário de retalho em Portugal caminha para volumes históricos e que este segmento continuará a atrair investidores em 2016. Na origem desta boa performance estão as melhorias da situação económica do país e o consequente aumento dos níveis de consumo, factores que influenciam muito os investidores neste segmento. A alavancar os volumes de investimento está também a melhoria da performance dos retalhistas nos centros comerciais e nos formatos de retalho em geral, incluindo no comércio de rua, o qual deverá continuar a captar investimento para este sector impulsionado por um crescimento consistente”.
 
Na região EMEA, a venda do portefólio de centros comerciais da Klepierre ao REIT holandês Wereldhave foi o maior negócio de 2015 até agora. E, contrariamente a 2014, o 1º semestre de 2015 tem sido palco de um número limitado de negócios de grande dimensão na região, com menos operações de mil milhões de euros a realizarem-se.

Os compradores, principalmente os fundos, chegam de toda a parte do mundo, particularmente dos Estados Unidos, com a Blackstone a liderar o grupo. A África do Sul está também a emergir como uma forte fonte de capital.

Contudo, Jeremy Eddy explica que não é apenas capital que os investidores pretendem. “Os investidores procuram, cada vez mais, uma forma de entrar no mercado, e estão atualmente a fazê-lo quer através da compra de sociedades quer de operações de fusões e aquisições. Mas são muitos mais os que procuram estabelecer parcerias com entidades capitalizadas ou com forte experiência. Há uma vaga de joint-ventures e de fundos apoiados por capital internacional e que procuram ativamente os gestores e os operadores mais adequados para estabelecer parceiras”.

Olhando para a segunda metade do ano, Jeremy Eddy espera que as tendências atuais continuem a verificar-se, mas também espera ver mais negócios “troféu” no comércio de rua. “Os consumidores estão novamente apaixonados pelo comércio de rua. As localizações de rua estão a tornar-se cada vez mais dinâmicas e as transações realizadas nos melhores locais com os melhores retalhistas estão a levar a que o investimento em lojas de rua seja um negócio seguro, sustentável e de longo-prazo. Contudo, são poucas as localizações com estas condições na Europa. Por exemplo, a Pontegadea, a empresa imobiliária do fundador da Inditex, Amancio Ortega, conseguiu concluir negócios com a Primark em Oxford Street e na Gran Via e tudo indica que podemos esperar ver mais negócios destes em 2016.” 

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