Lisboa inicia trimestre pós Covid-19 com 30.000 m2 de escritórios ocupados

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O 2º trimestre de 2020, o primeiro que se inicia em tempos pós Covid-19, arrancou com uma elevada dinâmica no mercado de escritórios de Lisboa, registando a absorção mensal mais elevada do ano, de 29.756 m2, revela a JLL no Office Flashpoint referente ao mês de abril.
Tal desempenho traduz a realização de apenas 4 operações, incluindo duas com mais de 10.000 m2 cada. Trata-se da tomada de 16.441 m2 na zona 1, em pleno Prime CBD, e de 10.406 m2 na zona 7 (outras zonas de escritórios), por duas empresas que pertencem ao setor financeiro. Destaca-se ainda o arrendamento da totalidade do edifício República 87, na zona 2, CBD, pela Axians, no total de 2.695 m2, uma operação que foi intermediada pela JLL.
 
“Temos que olhar com alguma cautela para o comportamento do mercado de Lisboa durante o mês de abril, o primeiro que esteve na sua totalidade sob influência da pandemia, pois é influenciado por duas operações de grande dimensão que concentraram 90% da atividade e que, apesar de serem concluídas agora, já vêm sendo negociadas há vários meses. Ou seja, o desempenho do mês reflete mais o culminar de um processo do que propriamente uma dinâmica real das empresas na tomada de espaço. De qualquer forma, se isolarmos este efeito, vemos que o mês exibiu uma operação de tomada de um edifício inteiro, o que sinaliza que o mercado não parou por completo. Diria até que este período pode trazer boas oportunidades para empresas com capacidade de reação mesmo no contexto de pandemia, ao criar um banco de oferta por inatividade da procura”, comenta Mariana Rosa Head of Office & Logistics Agency & Transaction Manager da JLL.
 
No Porto, o comportamento do take up anual é semelhante, com a atividade acumulada de janeiro a abril a ficar 41% acima do mesmo período do ano passado. Neste período, a ocupação, num total de 17 operações, atingiu os 20.713 m2. O CBD Boavista é o destino mais procurado, com 35% do take up anual, sendo as empresas de Outros Serviços, Serviços de Empresas e TMT & Utilitie’s as mais dinâmicas, com quotas semelhantes em torno dos 30%.

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