Mercado imobiliário português volta a surpreender em 2018: Investimento previsto alcançar €3,3 mil milhões, diz JLL
Ocupação e vendas nos escritórios assim como na habitação também atingem novos máximos. Hotelaria, retalho e promoção imobiliária continuam em forte crescimento.
Após um 2017 de exceção para o mercado imobiliário em Portugal, 2018 chegou para voltar a superar recordes, de acordo com os dados preliminares apurados pela consultora imobiliária JLL. O investimento em imobiliário comercial (*) é expectável que registe os €3,3 mil milhões no ano que agora terminou, um volume nunca antes visto em Portugal e que reforça a posição do país no mapa mundial dos investidores. Nos escritórios, a ocupação deverá atingir os 210.000 m2, um máximo nos últimos 10 anos e muito próximo do pico mais alto do mercado em 20 anos (atingido em 2008). A habitação é outro segmento que surpreende, com o número de casas vendidas em Portugal a crescer 19% e os preços a subirem acima dos 10% no país e dos 20% em Lisboa.
Também a promoção imobiliária registou um ano de elevada dinâmica, em resposta à procura latente que se observa em todos os segmentos; bem como a atividade no imobiliário de retalho e no hoteleiro, com diversas aberturas de novas lojas e hotéis em Lisboa.
“O mercado imobiliário voltou a surpreender em 2018, sobretudo pela intensificação no ritmo de concretização de negócios, superando, assim, os níveis de atividade do ano anterior, já muito elevados e recorde em muitos segmentos. De resto, os fundamentais na base destes resultados já não surpreendem e refletem a solidez da indústria, o bom desempenho da economia e o facto de estarmos perante um mercado definitivamente estabelecido no panorama internacional”, começa por comentar Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal.
“Temos hoje um mercado imobiliário que merece uma abordagem estratégica por parte dos operadores internacionais, que não é mais visto como um alvo oportunístico. O país provou ter capacidade não só de atrair como de reter o capital estrangeiro, quer estejamos a falar de investimento institucional em ativos de grande porte, de investimento em promoção, na ocupação de escritórios ou na compra de casa. Este é um caminho que já não poderá ser desfeito e que permite ao nosso mercado ganhar escala, porque os tickets médios de investimento em qualquer uma destas componentes são mais elevados que os domésticos. Ao mesmo tempo que estas novas fontes de capital entraram e se instalaram em Portugal, os portugueses, investidores, promotores, ocupantes e compradores de imóveis, aceleraram o seu papel no mercado, com maior capacidade de investir e absorver produto, mantendo-se como um motor da atividade”, diz o responsável.
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