‘Ouvido do surfista’, uma doença que pode levar à surdez
A propósito do Dia Internacional do Surfista, a Joaquim Chaves Saúde alerta para um
problema que afeta cada vez mais pessoas em Portugal
Se é praticante de surf, sabe que tem de usar a prancha para o fazer. Mas o que talvez não saiba é que pode vir a sofrer de ‘ouvido do surfista’, um problema que tem vindo a afetar cada vez mais pessoas, à medida que aumentam também os adeptos dos desportos aquáticos.
Fernando Vilhena de Mendonça, otorrinolaringologista na Joaquim Chaves Saúde, confirma este aumento de incidência. “Calcula-se que existam cerca de 200.000 praticantes de surf em Portugal. Se utilizarmos os rácios estudados sobre a existência de ‘ouvido do surfista’ em praticantes de outros países, podemos concluir que, no final dos primeiros 10 anos de prática de surf, apenas perto de 50% dos praticantes mantêm os ouvidos sem sinais de lesões”, uma percentagem que, segundo o especialista, diminui com o passar do tempo. “Entre os 10 e os 20 anos de prática, esta percentagem desce para cerca de 24% e nos praticantes com mais de 20 anos de prática, apenas 10% apresentam ouvidos externos sem lesões significativas”, acrescentou ainda.
O especialista refere que, “enquanto as exostoses (protuberâncias ósseas) não atingirem uma dimensão significativa, não provocam sintomas, podendo apenas ser diagnosticado numa consulta regular de otorrinolaringologia”. Com o crescimento e a obstrução, que causam no canal, a retenção de água e a oclusão com cerúmen e escamas de pele, podem originar “dor, edema e a exteriorização de pus no ouvido, que requerem tratamento especializado por um otorrinolaringologista”. Situação que pode agravar-se ainda mais, pois “numa fase mais avançada, a perda auditiva instala-se em permanência assim como é frequente a ocorrência de sensação de zumbido (acufeno). Esta perda auditiva é reversível através da remoção das exostoses.”
No entanto, esta patologia pode ser prevenida, através do uso de tampões, que impeçam a entrada de água fria nos ouvidos, cuja utilidade se mantém quando já existem exostoses, para contrariar o seu crescimento. Além disso, também existe tratamento, que só é realizado, numa fase mais avançada, que segundo o médico só “no caso de haver indicação cirúrgica para a remoção das exostoses”, conseguindo devolver ao atleta novamente o gosto de praticar surf, mergulho ou outros desportos náuticos.
Para todos os atletas que praticam regularmente surf, mergulho ou outros desportos náuticos, Fernando Vilhena de Mendonça aconselha que todos “deveriam fazer, pelo menos uma vez por ano, uma consulta de otorrinolaringologia para avaliação da sua condição, limpeza do canal auditivo e prevenção das infeções.”
Sobre a Joaquim Chaves Saúde
A Joaquim Chaves Saúde (JCS) é um grupo português que, desde 1959, opera exclusivamente no setor da saúde, participando com competência e elevada qualidade no progresso da medicina, num percurso de rigor e qualidade na prestação de cuidados de saúde às populações.
Com mais de seis décadas de existência, a JCS tem uma posição consolidada e de reconhecido relevo no domínio da medicina em Portugal, sendo um dos importantes protagonistas na prestação de cuidados de saúde no nosso país. Atualmente, a JCS disponibiliza inúmeros serviços através dos seus Laboratórios de Análises Clínicas, Genética e Anatomia Patológica, Clínicas Médicas, entre as quais a Clínica Cirúrgica de Carcavelos, Clínicas de Radioncologia e Health Club, localizados em Portugal Continental, Açores, Madeira e Moçambique.
Saiba mais em www.jcs.pt e sobre:
Clínica Cirúrgica de Carcavelos: www.jcs.pt/clinica-cirurgica-carcavelos
Clínicas Médicas: www.jcs.pt/unidades_de_saude
Clínicas de Radioncologia: www.jcs.pt/unidades_de_saude/radioncologia
Laboratórios: www.jcs.pt/pt/analises_clinicas
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