Capital alemão lidera campeonato global do investimento imobiliário na última década

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LISBOA, 03 novembro 2014 – Os investidores alemães aplicaram $151 mil milhões no imobiliário internacional no período compreendido entre 2004 e o primeiro semestre de 2014, o que os torna a fonte mais ativa e importante de capital estrangeiro, de acordo com a análise do International Capital Group da JLL.
Ao longo dos últimos dez anos, os grupos alemães continuaram sempre a investir fora do seu mercado doméstico, mesmo quando outros investidores se afastavam do investimento no estrangeiro, um facto que os coloca na liderança do mercado de investimento internacional, superando outras fontes emissoras de capital concorrentes como a América do Norte ($133 mil milhões) e o Reino Unido ($100 mil milhões) [ver figura 1].
Apesar de uma política de investimento abrangente direcionada para mais de 40 países, 82% do investimento externo alemão foi alocado a mercados maduros da Europa Ocidental e da América do Norte. A maioria (80%) dos fluxos de capitais alemães foram aplicados em produtos de escritórios core, com o investimento em retalho a representar 13%.
Matt Richards, Head do International Capital Group – Europa na JLL diz: “apesar de desafiados por noruegueses, chineses e canadianos, os investidores alemães são uma presença consolidada em muitos mercados imobiliários globais, prevendo-se por isso que mantenham o seu foco de investimento internacional.”
Fernando Ferreira, Diretor de Capital Markets, comenta, a propósito de Portugal: “no âmbito desta sua política de investimento fora de portas, os investidores alemães sempre incluíram Portugal na rota do seu capital e foram, durante anos, um dos principais protagonistas das operações de maior dimensão no mercado de investimento imobiliário português. Aliás, no período em análise, 2004-2014, lideraram também a atividade de investimento estrangeiro no nosso país, onde aplicaram €1,2 mil milhões de um total de 6,5 mil milhões. Ou seja, mais de 18% do capital estrangeiro investido em imobiliário português foi de origem alemã.”
“Agora, depois de alguns anos afastados devido à falta de confiança gerada pela conjuntura económica e pela intervenção externa, estão de volta a Portugal mostrando interesse em vários ativos”, conclui Fernando Ferreira.
Os investidores alemães dominam também o seu mercado doméstico. Desde 2004 que o capital nacional pesa em média cerca de 52% na atividade de investimento imobiliário na Alemanha. No entanto, a análise da JLL sobre o investimento ainda em negociação sugere que a procura internacional é ainda mais forte do que o revelado pelos números relativos aos compradores. De acordo com os dados disponíveis, do total de cerca de €1,3 mil milhões respeitantes a transações de escritórios acima de €100 milhões realizadas nos últimos 18 meses, 65% dos compradores eram domésticos. No entanto, a maioria dos outros licitantes (72%) eram investidores estrangeiros oriundos dos EUA, Coreia, Reino Unido, China, República Checa, Canadá, França e outros países. No conjunto, as suas propostas valiam quase €7 mil milhões (ver imagens 10 e 11).
Marcus Lütgering, Head de Office Investment, Alemanha na JLL, comenta: “O volume de capital alocado ao imobiliário continua a crescer a nível global. Prevemos que o fluxo de investimento estrangeiro direcionado para a Alemanha cresça, à medida que os grupos investidores tradicionais da Europa e da América do Norte, bem como os players emergentes da Ásia e do Médio Oriente comecem a apresentar propostas mais agressivas e a assegurar ativos que anteriormente poderiam ter acabado nas mãos de proprietários domésticos”.
 
Nota aos editores:
- As tabelas e gráficos apresentados abaixo foram extraídos do Estudo “Germany at the intersection of Global Capital Flows”. Existem mais elementos gráficos que poderão ser disponibilizados mediante solicitação
Mais conteúdos estão também disponíveis no The Investor, da JLL
 

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