LACS dá as boas vindas ao novo membro: INFLAMMATIX

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O LACS dá as boas-vindas a um novo membro: a Inflammatix. Grande parte do trabalho científico da Inflammatix é desenvolvido na Baía de São Francisco. Agora, a empresa passa também a contar com um laboratório e escritório privado em Lisboa, no LACS Conde d’Óbidos. 

O trabalho da Inflammatix consiste essencialmente no desenvolvimento de um “diagnóstico médico na lógica de medir a resposta do sistema imunitário”, como nos conta o CTO, João Fonseca. Para além disso, a empresa abraça o conceito de medicina personalizada e que tem em conta as especificidades do organismo de cada ser humano uma vez que consegue “medir a resposta imunitária de cada pessoa e com isso ter um tratamento mais ajustado”, acrescenta ainda João Fonseca. 

Um dos objetivos principais é o de prevenir o número de casos de septicémia, uma infeção generalizada que pode ser fatal e que é bastante comum em hospitais. “Antes da COVID-19, uma em cada cinco pessoas que morriam em hospitais, acabavam por morrer com uma septicémia”, esclarece João Fonseca, que explica ainda em que consiste uma das inovações mais importantes da Inflammatix: a InSep. “É um teste que permite dar um diagnóstico antecipado de risco de infeção generalizada. O teste dá um nível de risco de infeção viral, risco de infeção bacteriana e gravidade de infeção vários dias antes de qualquer outro teste atual”. Em suma, pode dizer-se que “este teste vai ajudar a salvar vidas com o diagnóstico antecipado dos pacientes de maior risco”.

Já fora da linha da prevenção e passando para a parte do tratamento, o CTO da Inflammatix fala sobre outra das soluções em destaque concebidas pela empresa: o teste ViraBac. Este “permite perceber com maior precisão de uma pessoa tem uma infeção viral ou bacteriana. É como uma melhor versão de outros testes como o de CRP [outro teste diagnóstico, in vitro], ajudando o médico a decidir se dá ou não antibiótico” ao paciente. 

Sobre o panorama da investigação e desenvolvimento de soluções de saúde, João Fonseca tem poucas dúvidas de que o mundo pode mudar nos próximos anos, muito por culpa das vacinas recentemente desenvolvidas para combater a pandemia da COVID-19. Segundo o CTO da Inflammatix - que também quer vir a trabalhar na área da oncologia - “estas soluções de vacinas de COVID-19 são uma excelente notícia na luta contra o cancro, porque foram todas resultado de programas de investigação e desenvolvimento para vacinas personalizadas em oncologia”.

Recentemente, a empresa fechou uma ronda de investimento de mais de 100 milhões de euros, em “capital de risco americano, de Silicon Valley”, um valor que foi “muito além das expetativas” (os seus responsáveis planeavam  conseguir um montante bem mais reduzido nesta ronda), mas, segundo o CTO, “o projeto e a equipa são tão interessantes” que o valor acabou por superar as previsões mais otimistas. 

O desafio de garantir investimento é, sem dúvida, importante, mas João Fonseca considera que manter todos os envolvidos com a resiliência necessária ao longo do processo de criação e desenvolvimento de uma empresa é também uma tarefa muito difícil. “Quando se idealiza fazer um produto, da visão à concretização, há muitas falhas”, explica. “Há muitas experiências que não correm bem no dia a dia. São mais as vezes em que as coisas não correm como nós gostaríamos, do que quando correm”, acrescenta o CTO da empresa.

À pergunta “Se a história da Inflammatix fosse um filme qual é que seria?”, João Fonseca respondeu que a empresa “ainda não tem um filme, mas está para breve e será, seguramente, uma grande produção de Hollywood”. No entanto, o CTO da Inflammatix sabe qual é o filme que espelha o percurso da Biosurfit: The Pursuit of Happyness. Esta outra empresa, também ligada à tecnologia de ponta na área da saúde, e da qual João Fonseca é Chairman, tem tido um percurso muito semelhante à personagem principal deste filme, no que toca a “dúvidas, conquistas e um caminho para concretizar um sonho”.

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