LUANDA COMO ELA ERA, de Rita Garcia
PVP 21,90€ / 288 páginas
Nos últimos anos do colonialismo português, Luanda era uma cidade irresistível. A necessidade de responder o esforço da Guerra Colonial e as influências anglo-saxónicas que chegavam da África do Sul inundaram a capital da Província de uma modernidade que estava sempre ao virar da esquina.
Em Luanda, havia biquínis, mini-saias e roupas coloridas, a vida corria ao som de sambas e rebitas, e os dias de trabalho árduo morriam em serões suaves ao som da rádio ou em casa de amigos em farras sem data marcada. No tempo em que as meninas usavam bata nos Liceus e os caloiros do Salvador Correia deixavam rapar a careca no primeiro dia de aulas, a cidade deliciava-se com muambas, paracuca, baleizões e pés-de-moleque comprados a vendedores ambulantes.
Aos Sábados, a Baixa agitava-se junto à montra da boutique Mariarmanda para ver os novos modelos que a melhor costureira da cidade tinha para mostrar. E aos domingos, Luanda encontrava-se em peso nas praias da Ilha ou do Mussulo para um dia de descanso e convívio junto ao mar. Quando o calor apertava, havia sempre uma Cuca ou uma Coca-Cola, a bebida proibida na Metrópole que fez furor em Angola desde os anos 60.
Conheça as palavras que só lá se diziam, os cinemas onde todos queriam ir e os espectáculos mais badalados nos últimos anos do colonialismo português.
Luanda como ela era é um roteiro completo que fará recordar todos os recantos, costumes e paladares de uma cidade que já só existe nas memórias felizes de quem lá viveu.
Rita Garcia nasceu em Lisboa em 1979. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, começou a trabalhar como jornalista em 2000, no site Desporto Digital. Integrou a equipa da revista Focus e colaborou com o Dna, a Notícias Magazine e a Pais & Filhos. Entre 2006 e 2016 foi repórter da Sábado. É de novo freelancer. Em parceria com o fotógrafo Augusto Brázio escreveu o livro INEM 25 anos. Recebeu o 2.º Prémio Henrique de Barros concedido pela Assembleia da República ,em 2003 e o Prémio de Jornalismo Novartis Oncology, em 2008. É autora dos livros S.O.S. Angola - Os Dias da Ponte Aérea e Os que vieram de África.
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