NA MAIA OS RESÍDUOS TÊXTEIS SÃO RECICLADOS E PERMITIRAM ANGARIAR DINHEIRO PARA DOAR A INSTITUIÇÕES LOCAIS
Até 2025 todos os municípios da União Europeia terão de implementar soluções de recolha seletiva de resíduos têxteis. A Maia já o faz desde 2011!
Em 2019, na Maia, foram depositados nos roupões disponíveis no concelho, aproximadamente, 230 toneladas de resíduos têxteis que permitiram angariar 10.000 euros de verba, agora doados a instituições locais. A iniciativa promovida pela MAIAMBIENTE e pela Wippytex (empresa responsável pela recolha destes resíduos) representa um ato simbólico, mas que retrata o esforço da população e que é devolvido à comunidade através do apoio social prestado pelas instituições.
A cerimónia de entrega de donativos decorreu no dia 17 de dezembro e foi presidida pelo presidente do Conselho de Administração da Maiambiente, Paulo Ramalho, pelo Administrador da Wippytex, Pedro Oliver, pelo Diretor Delegado da Lipor e membro do Conselho de Administração da Maiambiente, Fernando Leite, e pelo Presidente da Câmara Municipal da Maia, António da Silva Tiago.
Para o Presidente da Maiambiente, “é com orgulho que assumimos um caminho que não visa apenas os resultados económicos da empresa, mas que permite participar ativamente no bem-estar da nossa comunidade. E este projeto representa isso mesmo.” Reforçando, “queremos continuar a fazer esta caminhada com a Wippytex para conseguirmos aumentar a recolha seletiva destes resíduos com alto índice de valorização”. Desde o início desta parceria, já foram apoiadas 41 instituições locais, com a atribuição de mais de 72 mil euros (72.396 ,52€) que corresponderam à verba angariada com a recolha de 1.663 toneladas de roupa.
Na sua intervenção, o Presidente da Câmara da Maia salientou o orgulho de participar neste gesto “que nos enaltece a todos”. Afirmando, “todos temos a responsabilidade de trabalhar para uma sociedade em que as desigualdades sociais tendam a zero. E não sendo possível extinguir todas, é uma obrigação nossa minimizar os seus efeitos, fazendo tudo o que está ao nosso alcance para resolver os problemas daqueles que são mais frágeis”.
Segundo o Administrador da Wippytex “vivemos numa era de consumismo brutal em que são produzidos mais de 35kg de resíduos têxteis, por habitante/ano, e apenas são recolhidos seletivamente cerca de 1.5%.” Alertando, “a não valorização destes resíduos tem impacto negativo para todos. Não só do ponto de vista ambiental, mas também económico”. O caminho passará por “uma maior consciencialização da população, o aumento da disponibilização de contentores para facilitar o acesso às pessoas, mas também a reformulação da própria indústria têxtil”.
A MAIA ESTÁ 14 ANOS À FRENTE NA IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÕES DE RECOLHA SELETIVA DE RESÍDUOS TÊXTEIS
Por diretiva da União Europeia, os municípios serão obrigados, até 2025, a implementar soluções de recolha seletiva de resíduos têxteis. Em Portugal, deita-se para o lixo cerca de 200 mil toneladas de têxteis, por ano, e apenas 4,3% destes resíduos é enviado para valorização, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente. A Maia já disponibiliza a recolha seletiva destes resíduos, em parceria com a Wippytex, desde 2011. Estando, por isso, 14 anos à frente da data limite agora imposta pela União Europeia.
De forma a oferecer as condições necessárias para que todos possam contribuir para o aumento da valorização destes resíduos, transformando-os em novos recursos e, simultaneamente, reduzindo a deposição em aterro ou incineração, encontram-se instalados no concelho da Maia 48 'Roupões', contentores azuis claros e identificados para a deposição seletiva destes resíduos. Através desta parceria, a Maia irá continuar a apostar no reforço da distribuição geográfica dos equipamentos para deposição de roupas no concelho.
Na cerimónia marcaram ainda presença representantes das entidades beneficiaras deste apoio: Didasan, Bombeiros de Voluntários de Moreira, Conferências Vicentinas – Concelho de zona da Maia, Lacesmaia, Re-food Maia, Socialis, Centro Social das Guardeiras, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM da Maia, Cruz Vermelha Portuguesa da Maia e Movimento Fé e Luz da Paróquia de Folgosa.
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