Construir o futuro brilhante de Hiroshima

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                    •     Quando mostraram a Tetsuya Matsuda uma torre em Hiroshima, poucos podiam imaginar o que o Presidente e CEO da Hiroshima Mazda iria fazer dela  
                    •     Presentemente,  a  Torre  Orizuru  de  Hiroshima  é  uma  das  estruturas  mais emblemáticas desta cidade japonesa  

Hiroshima, 7 Agosto 2023. Descrever Tetsuya Matsuda, Presidente e CEO da Hiroshima Mazda, um concessionário Mazda local, como um empresário de sucesso poderá ser um eufemismo. Desde que assumiu a empresa aos 30 anos, Matsuda, hoje com 53 anos completos, tem-se ocupado a diversificar os seus negócios, neles incluindo a operação de concessionários Mazda, como também hotéis e restaurantes okonomiyaki[1], entre muitos outras actividades. O número de empresas do grupo ao longo da sua crescente dinastia ascende, hoje, a cerca de 30 entidades.
“A nossa empresa foi fundada em 1933, o que a torna no concessionário Mazda mais antigo do mundo. Foi fundada pelo meu avô, Soya Matsuda, o segundo filho de Jyujiro Matsuda, fundador efetivo da Toyo Kogyo, que hoje conhecemos como Mazda”, revela Matsuda. “Contudo, os edifícios e instalações originais foram arrasados pela bomba atómica de 1945, ceifando a vida não só ao então presidente Soya Matsuda, como a todos os seus trabalhadores. Recuperámos, desde então, até ao ponto em que agora nos encontramos graças a um incrível apoio da comunidade local ao longo desse caminho.”
É exatamente por isso que Tetsuya Matsuda se sente em dívida para com a cidade, tendo, por isso, colocando no topo da sua lista de prioridades a retribuição ao povo de Hiroshima, à sua solidariedade e à sua generosidade ao longo de todo este espaço temporal, quando, aos 36 anos, lhe foi oferecido o cargo mais elevado na empresa.
"Quando me tornei presidente, a responsabilidade social das empresas era uma palavra de ordem e toda a gente queria participar", recorda. "O que era comum na altura em empresas da indústria automóvel como a nossa, era plantar uma árvore cada vez que se vendia uma viatura, como forma de contribuir para a preservação do ambiente."
Mas ideia não lhe passou de imediato pela cabeça. As alterações climáticas eram - e ainda são hoje - um grande problema. Embora fizesse sentido na teoria, Matsuda achou que plantar uma árvore por cada automóvel vendido não iria resolver grande coisa. Uma questão como as alterações climáticas, explica Matsuda, é algo em que as marcas e empresas internacionais devem assumir a liderança. Em vez disso, optou por fazer mais pelos habitantes locais.
"Hiroshima está sempre em primeiro lugar em tudo o que fazemos, por isso decidimos revisitar as nossas raízes com um novo olhar e começar a analisar o que mais poderíamos fazer para ajudar as comunidades locais e as suas actividades de base.”
A peça que faltava
Enquanto líder empresarial de relevo em Hiroshima, Matsuda tem estado envolvido em várias actividades e organizações relacionadas com os memoriais da guerra, vivenciando, em primeira mão, os movimentos de paz locais. Também considera que as atrocidades do holocausto não devem ser esquecidas, devendo ser narradas para as gerações futuras, mas também se apercebeu de que Hiroshima poderia estar a perder algo igualmente importante: a capacidade de olhar para o futuro.
Por toda a cidade de Hiroshima há uma série de monumentos e edifícios consagrados à memória do bombardeamento atómico e das suas vítimas, incluindo o famoso Atomic Bomb Dome (Cúpula da Bomba Atómica) e o Hiroshima Peace Memorial Museum (Museu da Memória da Paz de Hiroshima), visitados por mais de um milhão de pessoas todos os anos. No entanto, como refere Matsuda, não havia nenhum que mostrasse a Hiroshima do presente.
“Não há dúvida de que é importante olhar para trás. As vozes das vítimas são muito importantes quando se fala da guerra e da paz mundial”, afirma Matsuda. “Defendo inteiramente o papel de Hiroshima como defensora da paz, mas a cidade também precisa de deixar o mundo ver o quanto alcançámos e progredimos desde a guerra, bem como o que temos reservado para o futuro.”
Nesse sentido, Matsuda assumiu como sua missão mostrar ao mundo como Hiroshima chegou ao que é actualmente, partindo em busca de formas de o conseguir. Em 2009, encontrou o seu par perfeito: um edifício de 12 andares, hoje conhecido como Hiroshima Orizuru Tower (Torre Orizuru de Hiroshima).
Uma vista deslumbrante
Inaugurada em 2016, a Hiroshima Orizuru Tower (Torre Orizuru de Hiroshima) é um edifício de escritórios e de lojas situado junto ao Peace Memorial Park (Parque Memorial da Paz), espaço de 12.000 metros quadrados ao ar livre, dedicado à memória das vítimas do bombardeamento atómico. Um café e uma loja de produtos locais ocupam o rés-do-chão, existindo ainda um espaço de exposições dedicado à história de Hiroshima. A verdadeira atração da torre é, no entanto, o terraço de observação no último andar.
Outrora propriedade de uma companhia de seguros, o edifício seria, entretanto, colocado à venda, tendo um parceiro de negócios pedido a Matsuda para visitar o local. Ele fê-lo, mas sem qualquer intenção de o adquirir, pois sabia - como empresário consciencioso - que seria demasiado dispendioso juntá-lo à contabilidade da sua empresa. Porém, a vista do último andar fê-lo mudar completamente de ideias.
“No momento em que me sentei no terraço, apaixonei-me pela vista da cidade que se tem a partir dali", recorda. "Era mais do que incrível. Pode ver-se o Atomic Bomb Dome lá em baixo, com a paisagem urbana por trás. Também se pode ver uma cordilheira de montanhas que rodeia a cidade. O meu pensamento imediato foi que toda a gente tem de ver isto. Ficámos sem palavras quando pensámos nos esforços que os habitantes locais fizeram para reconstruir a cidade ao longo dos últimos 70 anos. Quase se consegue sentir a sua inacreditável determinação, pensando que a cidade é, hoje, um símbolo da força e resistência humanas”.
Foi nesse preciso momento que tomou a decisão de comprar o edifício, custasse o que custasse. No final, a sua paixão por Hiroshima levou a melhor sobre a visão empresarial. “Acreditei que podíamos transformar este edifício num novo símbolo representativo do futuro de Hiroshima, algo que faltava à cidade. Toda a gente devia poder observar a vista do seu terraço. Podemos sempre olhar para trás, mas também precisamos de olhar para a frente, pois Hiroshima tem muito mais para oferecer do que uma simples revisita ao passado”, refere.
Foram precisos quase sete anos para transformar o edifício na torre que ostenta o nome “Orizuru”, um grou de papel dobrado em origami, um símbolo de paz no Japão (“ori” = “dobrado”, e “tsuru” = “grou”). Matsuda admite que houve momentos em que se sentiu afectado pela pressão antes da finalização da obra, mas o esforço valeu a pena. “O projeto sofreu muitas reviravoltas inesperadas ao longo do caminho e senti sempre muita pressão. Mas era a coisa certa a fazer e é, definitivamente, o meu maior projecto para a minha cidade natal!”
A Torre Orizuru de Hiroshima tem vista para o Memorial da Paz de Hiroshima. Também conhecida como Genbaku Dome (Cúpula Genbaku), tornou-se Património Mundial da UNESCO, em 1996. No seu interior os visitantes podem encontrar a “Parede Orizuru”, um enclave de vidro repleto de grous de papel dobrados em origami, doados por visitantes de todo o mundo..
“Podemos quase sentir a sua inacreditável determinação. A cidade é agora um símbolo da força humana”, conclui Tetsuya Matsuda.
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[1] "Okonomiyaki" deriva de "okonomi" que significa "ao seu gosto" e "yaki" que significa "grelhado". É comummente referido como uma panqueca japonesa que, fazendo jus ao seu nome, pode ser servida com uma imensa variedade de coberturas, abarcando praticamente quase tudo, de carne a marisco, vegetais e queijo.     

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