Mazda Stories | Têxteis coloridos pela tradição

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COMUNICADO DE IMPRENSA - MAZDA MOTOR PORTUGAL
 

Mazda Stories

Têxteis coloridos pela tradição

 
  • A dedicação e a paixão são parte integrante da tradição têxtil do Japão, onde os ingredientes naturais servem de fonte de inspiração para as cores e as formas.
  • Nova geração de artesãos está a dar o seu próprio toque à tradição.
 
Hiroshima | Leverkusen, 21 Julho 2023. O Japão tem um longo e intenso historial nas artes têxteis, com cada região a desenvolver o seu próprio estilo particular. Embora os materiais e as técnicas possam variar, o respeito pelo passado e a dedicação à excelência são os elementos comuns que continuam a acompanhar as tradições japonesas.

A produção têxtil não só fornecia vestuário e artigos para uso quotidiano, como também se tornava frequentemente uma valiosa fonte de rendimento para toda a comunidade. As pessoas utilizavam materiais naturais amigos do ambiente, inofensivos para os seres humanos e facilmente disponíveis.

Cada um deles deu origem a particularidades distintas, que acabaram por se tornar símbolos da sua região. Um exemplo é o cártamo, ou benibana, que faz parte integrante da cultura têxtil há vários séculos no município de Yamagata, no norte do Japão. Cultivadas como uma cultura de rendimento, as flores eram valorizadas pelo corante carmesim extraído das suas pétalas e são, ainda hoje utilizadas por vários artesãos.

Já o Município de Tokushima tornou-se sinónimo da arte do tingimento com índigo, que se acredita remontar há perto de 800 anos. Pertencente a Shikoku, a mais pequena das quatro ilhas principais do Japão, Tokushima é abençoada com uma abundância de água e solo fértil que a tornam ideal para o cultivo das plantas índigo. Carinhosamente conhecido como "Azul do Japão", a intensa tonalidade índigo foi até incorporada no logótipo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020.

Tal como o cártamo de Yamagata, a procura de corante índigo na produção têxtil diminuiu no Século XX, à medida que foram surgindo corantes sintéticos a preços mais baixos. No entanto, nos últimos anos, o crescente interesse pelas técnicas tradicionais, pelos ingredientes naturais e pelas práticas sustentáveis contribuiu para elevar novamente o perfil das cores têxteis orgânicas do Japão. Uma nova geração de artesãos está a aplicar a estética contemporânea em técnicas consagradas pelo tempo através de métodos estimulantes.

Takuya Shoji, da Hi-Color Handworks, está entre os que assumiram este papel, introduzindo as cores têxteis orgânicas numa nova era. Com sede no distrito de Kaifu, em Tokushima, Shoji e a sua pequena equipa produzem uma gama de tintas orgânicas, incluindo o seu próprio índigo cultivado sem produtos químicos ou pesticidas.

"O principal ingrediente das nossas tintas para tecidos é o azul índigo, juntamente com o amarelo (dos malmequeres), o vermelho (das raízes da planta da garança) e o castanho (da lama). Estes quatro ingredientes são utilizados em combinação para criar a cor de base. Depois de tingir com o amarelo de calêndula, o índigo mais claro pode também ser colocado em camadas, criando o verde", explica o artesão.

Shoji descobriu a sua especialidade após o nascimento do seu filho, que sofria de dermatite atópica grave. Está empenhado em criar roupas que sejam agradáveis de usar e que estejam em harmonia com a natureza. O processo de tingimento envolve enxaguar o tecido por várias vezes, sendo que, para este passo, Shoji recorre às águas subterrâneas do rio que corre nas imediações da sua oficina.

No mundo atual da moda pronto-a-vestir e da satisfação imediata, Shoji defende uma cultura de valorização da germinação de ideias e processos, salientando que muitas das técnicas tradicionais japonesas levam tempo para se materializarem.

"Consideremos, por exemplo, a cultura de fermentação japonesa: são necessários cerca de seis meses para produzir miso e molho de soja. Da mesma forma, após a colheita e secagem, fermentamos as nossas folhas de índigo durante três meses, utilizando apenas água e ar, virando-as continuamente para aumentar o número de microrganismos", explica.

O trabalho de Shoji e dos seus colegas artesãos têxteis está imbuído de um trabalho artesanal soberbo e de um respeito saudável pela tradição, mas as suas criações não se destinam apenas a ocasiões especiais ou a peças de exposição. São, pelo contrário, feitas para serem usadas e apreciadas como parte do tecido da vida quotidiana.

"Na Hi-Color Handworks estamos empenhados em criar uma fusão entre o passado e o presente", refere Shoji. "Quero criar projetos com um encanto que se desenvolve com o tempo."

Este compromisso de honrar o passado ao mesmo tempo que procura a inovação, está alinhado com a filosofia de design da Mazda. Orientados por um espírito persistente que remete para a reconstrução de Hiroshima, cidade natal da Mazda, os designers diluem as fronteiras entre forma e função com técnicas de precisão. Estes valores foram exemplificados na recente colaboração entre a Mazda Motor Europe e a Suzusan, empresa japonesa de têxteis e design, com escritórios em Nagoya e Tóquio (no Japão) e em Dusseldorf (Alemanha). As duas empresas japonesas abordaram o valor partilhado da utilização do yohaku (espaços vazios) e da procura de inspiração na natureza. Tal como os talentosos mestres Takumi da Mazda, que trabalham manualmente os diferentes materiais, incluindo o metal e o barro, a Suzusan cria cada peça à mão e com paixão. Trata-se de qualidade premium, centrada na natureza humana.

Ao leme da Suzusan encontra-se Hiroyuki (Hiro) Murase, cuja família se dedica ao processo de tingimento shibori há cinco gerações na cidade de Arimatsu, província de Aichi. Desde que fundou a Suzusan em 2008, Murase conseguiu levar a sua visão moderna destas técnicas tradicionais aos palcos mundiais.

Agora instalado em Dusseldorf, Murase valorizou a oportunidade de trabalhar com a equipa de design multinacional da Mazda Motor Europe. A paixão partilhada pela procura da beleza no design também ofereceu uma oportunidade para refletir sobre a forma como o interesse internacional está a ajudar a elevar a herança artesanal do Japão.

“O debate sobre o significado e a essência do artesanato japonês está a criar novas tradições. De certa forma, está a expandir o âmbito de forma a incluir diálogos que não teriam acontecido somente com o contributo dos japoneses", considera Murase. “A tradição não é apenas uma coisa do passado; ela evolui no presente e tem continuidade no futuro.”


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