Adoção da IA generativa dispara para 75%

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Novo estudo global sobre tendências de IA

 

Lisboa, 5 de dezembro de 2024 – O número total de empresas a nível mundial a utilizar soluções de Inteligência Artificial (IA) generativa cresceu para 75% em 2024, em comparação com a percentagem de 55% registada no ano passado. Esta é uma das principais conclusões do estudo do IDCThe Business Opportunity of AI’, encomendado pela Microsoft, que tem como objetivo identificar as principais tendências na implementação da IA pelas empresas.

De acordo com os líderes empresariais e decisores na área da IA auscultados para este trabalho, a utilização da Inteligência Artificial no contexto das organizações tem demonstrado ser um fator-chave para o crescimento dos negócios em todos os setores de atividade. Prova disso é o facto de, segundo o estudo, tanto a nível mundial como na Europa Ocidental cada dólar investido por uma empresa em IA generativa resultar num retorno de 3.7 dólares – número este que pode atingir os 10.3 dólares de retorno por cada dólar investido no caso das empresas com maior maturidade na utilização desta tecnologia.

Ao mesmo tempo, o estudo releva que são o setor financeiro, seguido pelos media e telecomunicações, mobilidade, retalho e consumo, energia, indústria, saúde e educação aqueles que, tipicamente, estão a obter um maior retorno de investimento (ROI). Outra das conclusões apresentadas demonstra que, em 2024, os processos de implementação de soluções de IA demoraram, em média, oito meses, após os quais as empresas têm levado até 13 meses para obter valor-acrescentado da adoção desta tecnologia.

E é justamente na adoção de soluções de IA que o novo paper do IDC aponta uma tendência para o futuro a curto-prazo. Nos próximos 24 meses, estima-se que a maioria das organizações pretenda imergir mais no universo da IA, deixando para trás a adoção de soluções de IA pré-concebidas para apostar em ferramentas personalizadas e adaptadas ao contexto de cada empresa.

“Estamos num ponto de viragem no desenvolvimento de agentes autónomos e a iniciar uma jornada de evolução onde passamos de utilizar apenas assistentes e copilotos padrão – que apoiam a obtenção de conhecimento e a geração de conteúdo – para agentes de IA personalizados e capazes de executar workflows complexos e variadas etapas num mundo digital,” afirma Ritu Jyoti, Vice-Presidente e Diretora-Geral na área de Worldwide AI, Automation, Data and Analytics Research da IDC. “Com o uso responsável da tecnologia e a transformação do ambiente de trabalho, prevemos que o investimento empresarial na adoção de IA terá um impacto económico global cumulativo de 19,9 biliões de dólares até 2030, impulsionando 3,5% do PIB global em 2030.”

Neste contexto, o estudo revela ainda que é a produtividade continua a ser o principal outcome identificado pelas empresas na utilização de soluções de IA para 33% dos inquiridos (na região da Europa Ocidental, esta percentagem chega aos 36%). O trabalho mostra mesmo que 92% dos utilizadores de IA inquiridos estão a utilizar IA com o propósito de alcançar uma maior produtividade, e que 43% afirmam que os use cases de produtividade proporcionaram o maior ROI. Embora este seja um objetivo central para as organizações, o trabalho de investigação do IDC destaca que esta tecnologia tem sido também aplicada nos contextos de relação com o cliente, crescimento de receitas, gestão de custos e inovação de produtos e serviços – nos quais quase metade das empresas inquiridas espera que a IA tenha um elevado grau de impacto.

No entanto, e apesar da evidente expansão da IA nos negócios, o novo relatório clarifica que a principal barreira à implementação da Inteligência Artificial nas organizações é a falta de competências técnicas e de utilização diária da IA junto dos colaboradores. Segundo indicam os líderes inquiridos, 30% das empresas registam falta de competências internas especializadas em IA, enquanto 26% mostram não ter colaboradores com as competências necessárias para aprender e trabalhar com IA. Um cenário que já tinha sido identificado pela Microsoft num outro estudo – o Work Trend Index – onde se conclui que 55% dos líderes empresariais estão preocupados em ter talento qualificado suficiente para preencher funções onde a utilização da IA será fundamental.

É nessa medida que a Microsoft tem vindo a trabalhar no sentido de capacitar os trabalhadores em todo o mundo com os conhecimentos e competências necessárias para utilizar soluções de IA. A nível local, têm sido vários os projetos em que a tecnológica tem trabalhado no sentido de responder à sua meta de qualificar 100 milhões de pessoas, globalmente, em competências digitais. Desde logo a mais recente AI Innovation Factory, entro de inovação em IA em colaboração com a Accenture, a Avanade e a Unicorn Factory Lisboa, e que tem como objetivo acelerar a adoção da IA por empresas públicas e privadas de todos os setores. Outros exemplos assentam em projetos como a AI Skills 4 All (em parceria com a Founderz) e a PS AI Skilling Academy (Rumos), ambos formações com o propósito de gerar maior conhecimento nesta tecnologia.

Para além do skilling, as dimensões de segurança de dados e governance de dados continuam a ser preocupações para 41% das empresas a nível mundial, uma realidade acompanhada no contexto da Europa Ocidental, onde 40% dos inquiridos se mostra preocupado com a governance de dados, e 38% com a segurança de dados e compliance com o cenário regulatório.

O estudo da IDC considerou uma amostra de mais de 4.000 líderes empresariais e decisores na área de IA em todo o mundo (Portugal incluído).
 
SOBRE A MICROSOFT
Microsoft (Nasdaq "MSFT" @microsoft) cria plataformas e ferramentas robustecidas por Inteligência Artificial para entregar soluções inovadoras que correspondam às necessidades crescentes dos nossos clientes. Enquanto empresa de tecnologia está comprometida com a democratização do acesso a Inteligência Artificial de forma responsável, mantendo a missão de capacitar todas as pessoas e organizações no planeta para atingir mais.
 
 

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