Relatório Cyber Signals da Microsoft destaca crescimento da IA generativa na cibersegurança
Comunicado de Imprensa
Relatório Cyber Signals da Microsoft destaca crescimento da IA generativa na cibersegurança
Lisboa, 15 de fevereiro de 2024 – A Microsoft acaba de atualizar o Cyber ??Signals, a sexta edição do seu relatório de cibersegurança, onde faz uma análise à ascensão da utilização da Inteligência Artificial (IA) generativa para fins maliciosos e como está a utilizar esta mesma ferramenta para melhorar as suas medidas de segurança e a desbloquear novas formas de proteção contra as ciberameaças.
Todos os dias, a Microsoft realiza mais de 2,5 mil milhões deteções em cloud e orientadas para a IA, por forma a proteger os seus clientes. Durante este processo, a tecnológica concluiu que as ferramentas tradicionais de proteção já não acompanham o ritmo das ameaças colocadas pelos cibercriminosos. Apesar do potencial para capacitar as organizações para derrotar os ciberataques e impulsionar a inovação e a eficiência na deteção de ameaças – na procura e na resposta a incidentes – os adversários podem utilizar a IA como parte dos seus exploits.
Em colaboração com a OpenAI, a Microsoft acaba de revelar que detetou e interrompeu tentativas de adversários russos, norte-coreanos, iranianos e chineses que tentavam utilizar grandes modelos de linguagem (LLM), como o ChatGPT, para informar, melhorar e aperfeiçoar os seus ciberataques. Como o Forest Blizzard, um agente altamente eficaz dos serviços secretos militares russos ligado ao Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia ou GRU Unidade 26165, Emerald Sleet, um ator de ameaças norte-coreano que se fez passar por instituições académicas e ONGs para levar as vítimas a comentar políticas externas relacionadas com a Coreia do Norte, Crimson Sandstorm, um ator de ameaças iraniano com possível ligação ao Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica, Charcoal Typhoon, um ator de ameaças ligado à China que monitoriza indivíduos em todo o mundo que se opõem às políticas chinesas, até ao Salmon Typhoon, outro grupo apoiado pela China que tem estado a avaliar a eficácia da utilização de LLMs para obter informações sobre temas potencialmente sensíveis, indivíduos de alto cargo, geopolítica regional, influência dos EUA e assuntos internos.
Além de expor estes movimentos iniciais utilizados pelos atores de ameaças em torno da IA, este relatório destaca como a Microsoft está a bloquear a sua atividade para proteger as plataformas de IA e os utilizadores. Desde a deteção de ameaças com IA para monitorizar alterações na forma como os recursos ou o tráfego na rede são utilizados, à análise comportamental para detetar comportamentos anómalos, aos modelos de machine learning (ML) para detetar inícios de sessão de risco e malware e modelos Zero Trust em que cada pedido de acesso tem de ser totalmente autenticado, autorizado e encriptado, até à verificação do dispositivo antes deste se poder ligar a uma rede empresarial.
Esta adoção da IA nas práticas de cibersegurança traz efetivamente benefícios tangíveis. Um estudo recente do Microsoft Copilot Security mostrou um aumento da velocidade (26%) e precisão (44%) dos analistas de segurança, independentemente do seu nível de especialização, em tarefas comuns como a identificação de scripts utilizados por atacantes, a criação de relatórios de incidentes e a identificação de passos de correção adequados. Sendo que 90% afirma que quer utilizar o Copilot na próxima vez que tiver de fazer a mesma tarefa.
Microsoft partilha recomendações
Com a consolidação da IA, é necessário reconhecer esta natureza dupla da tecnologia: traz novas capacidades, bem como novos riscos. Para dar resposta a estes riscos, a Microsoft recomenda à utilização de políticas de acesso condicional para reforçar a postura de segurança, formar os colaboradores sobre táticas de engenharia social – e-mails de phishing, vishing e smishing – e a garantir que os dados permanecem privados e controlados end to end. Adicionalmente, sugere, ainda, a tirar partido de ferramentas de segurança de IA generativa, como o Microsoft Copilot for Security, e adotar a autenticação multifator para todos os utilizadores, especialmente para funções de administrador, uma vez que reduz o risco de aquisição de contas em mais de 99%.
Mais recomendações podem ser conhecidas na versão completa do documento. Através do Cyber ??Signals, a Microsoft partilha tendências, táticas e estratégias que os atores das ameaças usam para obter acesso a hardware e software, bem como ajudar a informar sobre como podemos proteger, de forma coletiva, recursos e dados das nossas vidas no digital, para a construção de um mundo mais seguro.
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