Festival Terras sem Sombra em Arraiolos Celebrar a arte e a natureza pela mão das mulheres

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Festival Terras sem Sombra em Arraiolos

Celebrar a arte e a natureza pela mão das mulheres

 

A abrir o mês que assinala o Dia Internacional da Mulher, o Terras sem Sombra sugere um fim-de-semana (29 de Fevereiro e 1 de Março), em Arraiolos, que celebra a vida através de mãos femininas. O programa musical propõe um diálogo entre a flautista checa Monika Streitová e a portuguesa pianista portuguesa Ana Telles. A ação de património cultural homenageia a arte tapeteira e o saber imemorial das artesãs arraiolenses. No âmbito da salvaguarda da biodiversidade, resgata-se a bolota como alimento do futuro, pondo-a em relação com o montado.

Arraiolos é a próxima paragem no roteiro do Festival Terras sem Sombra, numa iniciativa realizada em parceria com o Município e as Pousadas de Portugal. A programação para o fim-de-semana de 29 de Fevereiro e 1 de Março, nesta vila caracteristicamente alentejana, destaca a arte no feminino, seja pela grande música, seja pelo saber ancestral das tapeteiras. São também as mulheres quem assume o protagonismo na jornada de conservação da natureza – dedicada à bolota –, dando a conhecer as suas experiências, tanto do ponto de vista da ciência como da vida empresarial.

No que toca à música, esta faz-se ouvir sábado, às 21h30, na igreja do convento de Nossa Senhora da Assunção, faz-se ouvir no diálogo musical entre a flauta da checa Monika Streitová e o piano da portuguesa Ana Telles. O repertório contempla exclusivamente peças compostas por mulheres, num período alargado que se estende da Idade Média até à contemporaneidade. Referindo-se ao programa, Juan Ángel Vela del Campo, diretor artístico do Festival, destaca as “peças da alemã Hildegarda de Bingen – uma poderosa referência na História feminina da Música – e da tártara-russa Sofiya Gubaydulina, a mais reconhecida e admirada compositora viva dos nossos dias. E, a par dessas, surgem outras figuras primordiais, incluindo criadoras tão destacadas como a checa Vítězslava Kaprálová, a francesa Cécile Chaminade ou a austríaca Maria Theresia von Paradis”.

Tanto o público como a crítica destacam o enorme talento e a grande sensibilidade das interpretações deste nascente duo. Monika Streitová é uma flautista checa com fortes ligações a Portugal. O seu repertório inclui mais de 200 estreias mundiais e tem-se apresentado por toda a Europa quer a solo, quer em diversas formações. Ana Telles, pianista e musicóloga de projeção cosmopolita, formada em Lisboa, Nova Iorque e Paris, tem-se apresentado a nível nacional e internacional em salas prestigiadas como solista e em grupos de câmara. A sua discografia conta já com dezena e meia de títulos.

Num ano em que a República Checa é país convidado da 16.ª edição do Festival, este concerto luso-checo afigura-se como um momento de aprofundamento do diálogo artístico entre intérpretes dos dois países.

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