NOS APRESENTA RESULTADOS DO PRIMEIRO TRIMESTRE
RESULTADOS FINANCEIROS IMPACTADOS PELA CRISE COVID-19
- Número total de serviços aumenta 199 mil, face ao primeiro trimestre de 2019
- Serviços móveis com crescimento de 98 mil clientes face ao período homólogo, contando no final do trimestre com 4,847 milhões
- Clientes de televisão atingem 1,644 milhões, mais 1,7% que em igual período de 2019
- Receitas recuam 3%, para 345,4 milhões de euros
- EBITDA contrai 4,6% e atinge 152,7 milhões de euros
- Resultado Líquido de 10,4 milhões de euros negativos
Mensagem do CEO
Mesmo antes de confirmada a pandemia COVID-19, a NOS implementou um Gabinete de Crise com o objetivo de antecipadamente criar as condições necessárias para assegurar uma resposta rápida e eficaz aos riscos de saúde, económicos e sociais associados à expansão da pandemia.
Neste contexto, na NOS temos tido como principal missão, não só assegurar a saúde e proteção dos nossos colaboradores parceiros e clientes, mas também garantir a continuidade do nosso negócio, sobretudo numa altura em que os serviços de telecomunicações são ainda mais críticos para a sociedade. Manter o país ligado e a funcionar tem sido a nossa prioridade.
Durante este período temos sido capazes de demonstrar a qualidade e resiliência das nossas redes e plataformas de serviço, bem como a nossa capacidade de adaptação, respondendo de forma exemplar a todas as exigências que o contexto nos colocou. Embora a continuidade da atividade não tenha sido possível em todas as áreas do Grupo, nomeadamente na áreas dos Cinemas, que estão integralmente encerrados desde 16 de março e, consequentemente quase toda a atividade de distribuição de Audiovisuais, nos restantes negócios não só temos estado muito ativos, assegurando que continuamos a servir a comunidade, que tanto precisa dos nossos serviços e do nosso apoio, como também preparando o futuro e a próxima vaga de crescimento da NOS.
Foi com esse objetivo que concluímos um acordo de venda da infraestrutura passiva da nossa rede móvel. Esta venda, cujo processo já estava a decorrer antes da chegada da pandemia, permite-nos libertar capital empregue em ativos não diferenciadores, reinvestindo nos projetos de melhoria da experiência dos nossos clientes e de crescimento futuro.
E é para o futuro que já olhamos. O levantamento do Estado de Emergência, confirmado no passado dia 30, representa a entrada numa nova fase no caminho de retorno à normalidade. Na NOS estamos prontos para, progressivamente, irmos retomando toda a atividade. Naturalmente, continuando a servir as famílias, empresas e instituições com elevados padrões de excelência e em segurança, como até aqui.
Deixo uma profunda palavra de apreço a todos os colaboradores da NOS, bem como aos nossos parceiros, que neste contexto desafiante têm sido capazes de se reinventarem e de responder a esta ameaça com elevado sentido de responsabilidade e profissionalismo.
Miguel Almeida
Principais Destaques
A atividade operacional da NOS reflete as restrições impostas pela pandemia COVID-19, nomeadamente as restrições à circulação e à atividade económica sentida desde o final de fevereiro.
Neste primeiro trimestre, o número de serviços prestados pela NOS aumentou 199 mil ou 2,1% para 9,708 milhões. Os serviços de televisão aumentaram 1,7% para 1,644 milhões, enquanto que os serviços de comunicações móveis evoluíram 2,1% parra 4,847 milhões. O número de casas com acesso à rede de nova geração fixa aumentou 4,3% para 4,640 milhões.
O consumo das famílias manteve-se a um nível estável, tendo sido sentida alguma pressão, neste período, sobretudo no segmento de Pequenas e Médias Empresas, motivada pela redução ou encerramento completo de atividade. Neste período, as receitas de roaming verificaram igualmente uma drástica redução.
A atividade de exibição de cinema foi encerrada no dia 16 de março, levando a uma quebra nas receitas provenientes da distribuição e exibição, que começou a fazer-se sentir desde o início daquele mês.
Não obstante o enquadramento, a NOS reforçou, no primeiro trimestre do ano, o seu investimento, para 88,2 milhões de euros, excluindo contratos de leasing, um valor que compara com os 87,3 milhões registados no mesmo período do ano passado. As receitas apresentaram uma quebra homóloga de 3% para 345,4 milhões de euros, assistindo-se a uma quebra, de diferente intensidade, em todas as linhas de negócio.
Neste período, o EBITDA atingiu 152,7 milhões de euros, o equivalente a uma redução de 4,6%, com a margem EBITDA a reduzir-se 0,8 pp para 44,2%.
O Resultado Líquido situou-se em 10,4 milhões de euros negativos, valor que compara com 42,5 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2019.
REDES DE COMUNICAÇÕES DE NOVA GERAÇÃO COM TESTE SEM PRECEDENTES
A sofisticação e a resiliência das redes de nova geração, quer fixa quer móvel, foi colocada à prova, num registo sem precedentes. O nosso papel, enquanto operadora de telecomunicações nunca foi tão relevante para manter empresas, instituições e famílias ligadas e a comunicar, com uma intensidade e diversidade de utilização a que nunca se tinha assistido, motivado por uma alteração radical de trabalho e ensino a partir de casa.
Ao longo de todo o processo de adaptação das empresas portuguesas às exigências do novo contexto, em particular em áreas críticas para o país, como a saúde, a banca e o retalho, a NOS esteve ao lado dos seus clientes, atuando de forma ágil, rápida e eficaz na resposta às necessidades mais desafiantes de capacidade de rede e de novos serviços.
Uma atuação exemplar que tem merecido o reconhecimento de todos os que depositaram na NOS total confiança. Desde a última semana de fevereiro, em média, na rede fixa e móvel, o tráfego aumentou 30%, com um aumento de 50% no tráfego upstream. Este desempenho só foi possível devido ao intenso investimento que a NOS tem efetuado nas suas redes nos últimos anos, robustecendo a sua capacidade, a cobertura e a inovação tecnológica.
No primeiro trimestre de 2020, a NOS registou um aumento do número de serviços de 199 mil face ao período homólogo de 2019. No final deste trimestre, prestava cerca de 9,7 milhões de serviços.
O número de serviços móveis registou um aumento de 98 mil face ao período homólogo, contando no final de março com 4,847 milhões. O número de clientes de televisão por subscrição também registou uma variação positiva de 1,7% para 1,644 milhões.
O número de serviços de banda larga fixa situava-se em 1,425 milhões face aos 1,383 milhões registados no período homólogo de 2019, enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,757 milhões, face aos 1,728 milhões no final de março de 2019.
No final do trimestre em referência, o número de Clientes convergentes e integrados atingiu 60,2% da base de clientes de rede fixa, equivalente a 942 mil clientes.
Resultado do forte investimento que a NOS continua a realizar nas suas infraestruturas de rede, os serviços de última geração chegam a cada vez mais portugueses, com a cobertura de rede fixa a atingir, no final deste período, 4,640 milhões de casas, mais 190 mil lares face ao final de março de 2019.
Na rrde móvel, para além da expansão e modernização da sua rede 4G, a NOS investiu na cobertura de Matosinhos com a tecnologia 5G, tornando-a assim a primeira cidade 5G em Portugal.
Nos serviços empresariais, a NOS tem conseguido conquistar clientes relevantes no segmento corporate, quer no setor público quer no setor privado, o que levou a que o número de serviços empresariais atingisse os 1,492 milhões, face aos 1,471 verificados no período homólogo de 2019.
Na área de cinemas da NOS, o número de bilhetes vendidos recuou 17,4% face ao mesmo período do ano passado. A receita por bilhete permaneceu estável em 5,2 euros. Até ao final de fevereiro, o comportamento desta atividade registava um aumento de 15,1% face ao ano anterior, situação que se inverteu em março.
Os filmes mais fortes neste período foram “1917”, “Bad Boys for Life”, “Birds of Prey”, “Jumanji: The Next Level” e “Sonic The Hedgehog”. Na distribuição de Audiovisuais, a NOS mantém a sua posição de liderança ao distribuir 5 dos 10 filmes de maior sucesso.
RESULTADOS FINANCEIROS IMPACTADOS PELA PANDEMIA
Os resultados da NOS foram amplamente afetados pela pandemia COVID-19, no primeiro trimestre de 2020. Nas telecomunicações, os maiores impactos foram sentidos na receita de subscrição de canais premium, em particular dos canais de desporto (Sport TV, BTV e Eleven Sports) que foram disponibilizados aos clientes de forma gratuita e nas receitas provenientes do roaming internacional, fruto da impossibilidade de viajar. O segmento empresarial foi igualmente afetado, com algumas empresas a serem forçadas a reduzir os seus custos, tendo em conta a diminuição ou encerramento das suas atividades. Também a venda de equipamentos foi menor, fruto da reduzida atividade comercial e encerramento do comércio de retalho.
A atividade de cinemas e de audiovisuais foi a mais impactada, dado o facto de as salas de cinema terem sido encerradas.
A NOS registou, no primeiro trimestre, receitas totais de 345,4 milhões de euros, traduzindo-se num decréscimo de 3% face ao mesmo período de 2019. As receitas de telecomunicações decresceram 2,2% para 332,9 milhões de euros neste período, com as receitas do segmento Consumo a registarem uma redução marginal de 0,2% e as receitas do segmento Empresarial a reduzirem 0,8%. Dentro do segmento Consumo, as receitas Residenciais registaram uma quebra de 1,8%, explicada sobretudo pelo declínio das receitas de canais premium desporto, e as receitas do segmento Pessoal registaram uma subida de 7.1%.
A área de cinema e audiovisuais registou uma forte desaceleração a partir do inicio de março, com as receitas a caírem 15,5% para 21,8 milhões de euros. As receitas de cinema recuaram 16,8% e as de audiovisuais 19,3%.
Neste período, o EBITDA recuou 4,6%, para 152,7 milhões de euros. No segmento de telecomunicações, o EBITDA verificou uma redução de 3,4% para 141,8 milhões de euros. A margem EBITDA reduziu-se 0,8pp, para 44,2%. A margem EBITDA do negócio de telecomunicações recuou 0,5pp para 42,6%.
Em termos consolidados, o Resultado Líquido no período foi de 10,4 milhões de euros negativos. A queda nos resultados explica-se pelos efeitos da pandemia COVID-19, pelo aumento de custos não recorrentes, nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis, entre outros. O contributo das empresas associadas deteriorou-se de forma significativa, registando perdas de 8,8 milhões de euros, com uma contribuição negativa da SportTV e da ZAP, devido ao registo de imparidades e provisões.
A NOS manteve um forte investimento neste trimestre, em particular na área de telecomunicações. Os investimentos centraram-se sobretudo na expansão das suas redes de comunicação de nova geração fixa e móvel, criando condições para uma melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes. O Capex Total do Grupo, excluindo os contratos de leasing, atingiu, no primeiro trimestre, 88,2 milhões de euros, mais 1,1% que no mesmo período de 2019.
No final do período em análise, a dívida financeira líquida situou-se nos 1.062 milhões de euros, mais 5,8% que no final de março de 2019, representando 1,9x o EBITDA Após Leasings, um rácio conservador face às congéneres do setor.
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