RESULTADOS DA NOS RECUPERAM NO 3º TRIMESTRE
- Número total de serviços aumenta 272 mil face ao mesmo período de 2019
- Serviços móveis com crescimento de 163 mil clientes face ao período homólogo, chegando a 4,972 milhões no final do trimestre
- Clientes de televisão atingem 1,656 milhões, mais 1,5% que em igual período de 2019
- Receitas de Telecomunicações recuam 1,4% no terceiro trimestre e 3,8% no conjunto dos nove meses
- EBITDA de Telecomunicações contrai 1% no trimestre e 2,6% desde o início do ano
- Resultado Líquido cai 7,9% no terceiro trimestre
Mensagem do CEO
O terceiro trimestre deste ano marca o início da recuperação da NOS após um período intensamente marcado pela pandemia COVID-19. Essa recuperação fez-se sentir num nível intenso de captação de mais clientes e serviços, bem como numa melhoria relativa das receitas, ainda em quebra de 1,4%, mas longe da quebra de 7,8% verificada no trimestre anterior.
Neste período, a NOS acelerou o seu investimento, que atingiu 97,8 milhões de euros, reforçando a capacidade e resiliência das suas redes de comunicações, e aumentando o número de casas com redes de nova geração para 4,8 milhões. O forte investimento realizado numa conjuntura adversa mostra, mais uma vez, o compromisso da NOS em entregar aos portugueses a melhor experiência de comunicações e entretenimento, ao mesmo tempo que aposta num serviço ao cliente cada vez mais eficiente.
A nossa área de cinema e audiovisuais mostrou apenas uma ténue recuperação. A reabertura das salas efetuou-se no início de julho com muitas limitações, de forma a assegurar total segurança para espectadores e colaboradores. O adiamento de lançamento de novos filmes obrigou a uma alteração significativa no planeamento de 2020.
Já no decorrer do quarto trimestre, concluímos com sucesso um acordo para a partilha de rede Móvel ativa e passiva, que permitirá um desenvolvimento mais rápido de redes mais eficientes, abrangentes e sustentáveis. Uma parceria histórica, que vai permitir dar um contributo decisivo para a inclusão e coesão territorial do país.
O agravamento da pandemia coloca, uma vez mais, a Empresa à prova no desenvolvimento das suas atividades. Mas, à semelhança do que se verificou na fase mais difícil de confinamento, a resposta da NOS será irrepreensível. Estamos preparados para garantir às famílias, empresas e instituições o fornecimento das melhores soluções de comunicação e entretenimento, salvaguardando a saúde e o bem-estar dos nossos colaboradores e parceiros, que têm mostrado uma capacidade de superação e entrega excecionais.
Miguel Almeida
Principais Destaques
O terceiro trimestre mostrou uma recuperação, já iniciada no final do trimestre anterior, em virtude do levantamento das medidas de combate à pandemia. A retoma da atividade após o período de confinamento teve como reflexo um aumento da nossa atividade, que se materializou num significativo crescimento do número de serviços de comunicações prestados e no regresso lento dos portugueses às salas de cinema.
Desde setembro de 2019, o número de serviços prestados pela NOS aumentou 272 mil ou 2,8% para 9,886 milhões. Os serviços de televisão aumentaram 1,5% para 1,656 milhões, enquanto os serviços de comunicações móveis evoluíram 3,4% para 4,972 milhões. O número de casas com acesso à rede de nova geração fixa aumentou 4,9% para 4,796 milhões.
As operações de telecomunicações continuaram a registar uma performance muito resiliente, de que é reflexo o aumento de subscrições verificadas. O consumo das famílias manteve-se estável, continuando a ser sentida alguma pressão no segmento de Pequenas e Médias Empresas, em especial aquelas que estão mais expostas aos setores mais atingidos, como o turismo e a restauração. A redução drástica do turismo e viagens internacionais motivou, igualmente, uma redução nas receitas de roaming.
A atividade de exibição de cinema reabriu no dia 2 de julho, depois de mais de três meses encerrada, sob regras muito rigorosas, de forma a assegurar total segurança para espectadores e colaboradores. A recuperação está a ser lenta devido, por um lado, às restrições provocadas pela pandemia, mas também devido ao adiamento de lançamento de novos blockbusters por parte dos principais estúdios de produção.
Não obstante o enquadramento, a NOS aumentou, no terceiro trimestre deste ano, o seu investimento em 6% face ao trimestre homólogo de 2019 para 97,8 milhões de euros, tendo investido no conjunto dos primeiros nove meses 269,6 milhões de euros, excluindo contratos de leasing. As Receitas apresentaram uma quebra homóloga de 7,2% para 1.013,6 milhões de euros, com a divisão de telecomunicações a mostrar uma maior recuperação face à divisão de cinemas e audiovisuais.
Neste período, o EBITDA atingiu 471,2 milhões de euros, o equivalente a uma redução de 6,5%, com a margem EBITDA a melhorar 0,3 pp para 46,5%.
O Resultado Líquido Consolidado situou-se em 79,1 milhões de euros, valor que compara com 138,1 milhões de euros registados no período homólogo de 2019.
FORTE RECUPERAÇÃO OPERACIONAL COM CRESCIMENTO DO NÚMERO DE SERVIÇOS NO TERCEIRO TRIMESTRE
O terceiro trimestre registou um forte dinamismo da atividade da NOS em termos de oferta e melhoria de soluções de comunicações para famílias, empresas e instituições. Num momento muito complexo, a NOS continuou a apresentar ofertas inovadoras, de que é exemplo o lançamento, em agosto, da Apple TV 4K, que integra o interface da NOS UMA; o lançamento do primeiro Power Wi-Fi by Plume em Portugal, que permite uma melhoria significativa da cobertura de wi-fi nos lares portugueses; e o primeiro tarifário de Narrowband IoT (NB-IoT) para o mercado consumo, que permite a gestão de equipamentos de forma remota a partir da App NOS.
Nos primeiros nove meses do ano, a NOS manteve um forte desempenho das suas redes de nova geração, mantendo o acompanhamento permanente do serviço prestado aos seus clientes. A NOS adotou, desde o início e para proteção de todos os seus colaboradores e parceiros, bem como para a continuidade do seu negócio, o regime de teletrabalho, incluindo o serviço de apoio ao cliente. Com o desconfinamento, a empresa estabeleceu uma metodologia de retoma da atividade presencial, exceto para aqueles que integram grupos de risco, num formato híbrido, que alterna entre a presença física e o regime de trabalho remoto.
Neste período, e fruto das suas apostas estratégicas de inovação e oferta, a NOS registou um aumento do número de serviços de 272 mil face ao período homólogo de 2019. No final deste período, prestava cerca de 9,886 milhões de serviços, um crescimento de 2,8% face ao mesmo período do ano passado.
O número de serviços móveis registou um aumento de 163 mil face ao período homólogo, contando no final de setembro com 4,972 milhões. O número de clientes de televisão por subscrição também registou uma variação positiva de 1,5% para 1,656 milhões.
O número de serviços de banda larga fixa situava-se em 1,452 milhões face aos 1,402 milhões registados no período homólogo de 2019, enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,769 milhões, face aos 1,739 milhões no final de junho de 2019.
No final do período em análise, o número de clientes convergentes e integrados atingiu 61,3% da base de clientes de rede fixa, equivalente a 967,6 mil clientes.
Resultado do forte investimento que a NOS continua a realizar nas suas infraestruturas de rede, os serviços de última geração chegam a cada vez mais portugueses, com a cobertura de rede fixa a atingir, no final deste período, 4,796 milhões de casas, mais 225 mil lares face ao final de setembro de 2019.
Na rede móvel, para além da expansão e modernização da rede 4G, a NOS investiu na cobertura de Matosinhos com a tecnologia 5G, tornando-a, assim, a primeira cidade 5G em Portugal.
Nos serviços empresariais, além de comunicações, a NOS tem vindo a apresentar um conjunto de soluções de IT, contando com parceiros estratégicos nomeadamente na área de cloud híbrida, com a Google, AWS e Azure. A NOS tem continuado a conquistar clientes relevantes no segmento corporate, tanto no setor público como no setor privado. O número de serviços empresariais atingiu no final de setembro 1,529 milhões, o que compara com 1,482 milhões registados no mesmo período de 2019.
Na área de cinemas, e devido à pandemia, as salas estiveram encerradas desde 16 de março, tendo reaberto a 2 de julho, sob fortes medidas de higiene e segurança, e em total cumprimento com as regras definidas pela DGS. A NOS recorreu, ainda, a um processo independente de certificação, realizado pelo ISQ, que concedeu aos cinemas NOS o Selo de Confiança na categoria de ‘Safe Places. Safe People’. A retoma da exibição cinematográfica, como se estimava, está a ser lenta, uma vez que os grandes lançamentos foram adiados para dezembro e para 2021. No conjunto dos nove meses, a receita média por bilhete situou-se nos 5,3 euros, com o número de bilhetes vendidos a atingir cerca de dois milhões.
TERCEIRO TRIMESTRE SINALIZA RECUPERAÇÃO
Durante o terceiro trimestre continuou a sentir-se algum impacto imposto pela situação pandémica que Portugal vive. No negócio de telecomunicações, o impacto mais significativo sentiu-se na redução de receitas de roaming, que atingiram valores mínimos dado o constrangimento às viagens não essenciais. O segmento do cinema e do audiovisual continua a ser o mais atingido. A reabertura no dia 2 de julho mostrou um ténue regresso dos portugueses às salas, mas a níveis ainda bastante reduzidos.
O terceiro trimestre mostrou, contudo, uma recuperação significativa de receitas quando comparado com o trimestre anterior. Neste período, a redução ao nível de receitas de telecomunicações desacelerou, apresentando um recuo de 1,4% face ao trimestre homólogo de 2019. Recorde-se que a quebra no segundo trimestre foi de 7,8%. Nas receitas consolidadas, a recuperação foi de -12,1% para -6,4%, refletindo a melhoria de performance da divisão de telecomunicações.
A NOS registou, nos primeiros nove meses, receitas totais de 1.013,6 milhões de euros, traduzindo-se num decréscimo de 7,2% face ao mesmo período de 2019. As receitas de telecomunicações decresceram 3,8% para 995,5 milhões de euros neste período. A contribuir de forma mais intensa esteve a divisão de cinema e audiovisuais, a apresentar, pelas razões já referidas, uma quebra de 52,7% face a 2019, e as receitas de Wholesale a recuarem 33,2%.
Neste período, o EBITDA recuou 6,5%, para 471,2 milhões de euros. No segmento de telecomunicações, o EBITDA verificou uma redução de 2,6% para 449,9 milhões de euros. A margem EBITDA consolidada aumentou 0,3pp, para 46,5%. A margem EBITDA do negócio de telecomunicações melhorou 0,5pp para 45,2%.
O Resultado Líquido Consolidado situou-se em 79,1 milhões de euros face aos 138,1 milhões registados um ano antes.
A NOS manteve um forte investimento neste período, em particular na área de telecomunicações. Os investimentos centraram-se, sobretudo, na expansão das suas redes de comunicação de nova geração fixa e móvel, criando condições para uma melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes. O Capex Total do Grupo, excluindo os contratos de leasing, atingiu 269,6 milhões de euros, dos quais 97,8 milhões realizado no terceiro trimestre.
No final do período em análise, a Dívida Financeira Líquida situou-se nos 771,5 milhões de euros, menos 29,2% do que no final de setembro de 2019, representando 1,4x o EBITDA Após Leasings, um rácio conservador face às congéneres do setor. A redução acentuada da dívida financeira líquida relaciona-se com o recebimento do pagamento proveniente da alienação da NOS Towering
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