Novo relatório WiTH Africa alerta para necessidade de inovação contínua para aumentar atratividade de África

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Business Tourism in Africa:  Trends, Opportunities and Strategic Directions

Escassez de mão de obra, oferta reduzida de rotas aéreas e investimentos atrasados são os principais desafios identificados no setor Business Tourism em África
 
A melhoria da conetividade e a modernização de processos apresentam-se como imprescindíveis para aumentar a atratividade de África junto dos viajantes de negócios e impulsionar o crescimento económico do continente

Carcavelos, 03 de setembro de 2024 – O mais recente relatório do Nova SBE WiTH Africa (iniciativa do Nova SBE Data Science Knowledge Center) dedicado ao turismo de negócios já está disponível. O Business Tourism in Africa, analisa as principais tendências e oportunidades do setor nos últimos 5 anos e identifica estratégias para impulsionar o crescimento económico do continente africano.
 
Turismo de Negócios: um pilar essencial para o desenvolvimento económico em África

O turismo de negócios é fundamental para o crescimento das economias africanas, desempenhando um papel crucial na melhoria dos meios de subsistência em todo o continente. A pandemia COVID-19 teve um impacto muito significativo, devido à impossibilidade de realizar encontros de negócios físicos e, apesar do setor ter adaptado rapidamente a sua oferta, disponibilizando formatos virtuais e/ou híbridos, o ano de 2020 registou um declínio considerável de 2,7% face a 2019 no desempenho global das viagens de negócios (dados Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial). Fruto da maior flexibilidade de trabalho e do aumento das alternativas virtuais para a realização de reuniões de negócios, a recuperação do setor business tourism tem sido especialmente lenta podendo inclusivamente levar a uma redução duradoura das viagens de negócios.

Apesar destes desafios, são identificadas no presente relatório novas oportunidades no turismo de negócios em África, que permitem criar possibilidades e experiências complementares. O aumento das viagens que combinam negócios e lazer (bleisure) e o crescimento significativo do nomadismo digital estão a criar dinâmicas no setor que, no entanto, se apresenta pouco preparado para fazer face aos novos cenários: a escassez de mão de obra, a capacidade limitada das rotas aéreas e os investimentos atrasados enfatizam a necessidade de inovação contínua e abrem oportunidades para fortalecer as atuações, transformando obstáculos em catalisadores para o desenvolvimento e avanço.

O crescimento do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em vários países africanos tem também sido um motor importante para o aumento das viagens de negócios. Medidas estratégicas de incentivo ao investimento, campanhas de marketing e parcerias com organizações globais estão a ser implementadas para atrair eventos internacionais sendo de destacar o caso da Costa do Marfim que está atualmente a negociar um empréstimo de 5,8 mil milhões de dólares com o Banco Africano de Desenvolvimento para desenvolver a Cidade Empresarial de Abidjan como um centro de convenções de destaque.

Analisando o ambiente de negócios e tendo como referência o Fórum Económico Mundial, o relatório destaca Maurícias como o país africano líder em 2024, seguido de perto pelo Botswana, Ruanda, Marrocos e Egito. No contexto urbano, Business Tourism in Africa toma como referência a classificação Statista das 200 principais cidades de negócios do mundo em 2022, e destaca Cairo, Argel e Joanesburgo, encontrando-se também no ranking, mas com posições inferiores Casablanca, Nairobi e Cidade do Cabo. No que respeita ao Índice de Abertura de Vistos em África (AVOI) 2023, o relatório revela avanços importantes na facilitação das viagens intracontinentais, com 48 dos 54 países africanos a oferecer entrada sem visto para pelo menos uma outra nação africana.

O Business Tourism in Africa identifica ainda os mais críticos desafios para o turismo de negócio em África:  conetividade e infraestruturas. Tendo como referência os dados disponibilizados pelo International Air Transport Association (IATA) o relatório revela que embora o continente tenha registado um crescimento anual de 10% no tráfego aéreo (março de 2024) e um aumento considerável no número de passageiros (16,8%), o continente apenas detém 2,1% do mercado global e 1,8% da quota mundial de viagens aéreas internacionais. A conetividade limitada compromete a eficiência das viagens de negócios, dificultando a mobilidade entre os principais centros de negócios no continente. Uma das principais recomendações do relatório é melhorar a conetividade, tanto internamente no continente quanto em âmbito internacional. Modernizar os processos, como a obtenção de vistos, é essencial para aumentar o apelo da África para viajantes de negócios. Essas medidas são fundamentais para impulsionar o crescimento económico e promover a integração regional em África.
Relatório Business Tourism in Africa disponível aqui.

WiTH Africa, a plataforma que é um ecossistema de dados
 
A plataforma foi lançada pela Nova SBE, através do Nova SBE Data Science Knowledge Center, em março de 2022, com o objetivo de promover uma comunidade de conhecimento para apoiar o planeamento e a tomada de decisão no domínio do turismo em África.  Permite desenvolver ferramentas para monitorizar a evolução do setor do turismo, divulgar o conhecimento para que este possa ser utilizado para aconselhar as políticas e estratégias empresariais e dinamizar um espaço de colaboração ativa entre organizações.
 
 
Sobre o Nova SBE Data Science Knowledge Center
O Nova SBE Data Science Knowledge Center tem como objetivo promover o conhecimento em tomada de decisões com base em dados e respetiva aplicação na sociedade. A sua posição numa escola de negócios e o conhecimento em ciências sociais, tecnologia, programação e métodos estatísticos, permitem fazer a ponte entre as organizações e a tecnologia - a qual, por sua vez, gera, processa e utiliza dados para criar impacto. Com o mundo a tornar-se cada vez mais híbrido, e os humanos a tornarem-se cada vez mais dependentes de máquinas para a tomada de decisão, o Nova SBE Data Science Knowledge Center visa liderar o caminho de criação de valor através de dados, de forma ética, maximizando o bem-estar social.
 
Sobre a Nova SBE
A Nova SBE é a mais prestigiada business school em Portugal e uma das principais business schools da Europa. É a faculdade de ciências económicas, financeiras e de gestão da Universidade NOVA de Lisboa. O atual Diretor é o Prof. Pedro Oliveira (PhD, University of North Carolina at Chapel Hill). A Nova SBE é membro do CEMS desde dezembro de 2007 e tem atribuição Triple Crown em todo o mundo, o que implica a acreditação pela EQUIS, AMBA e AACSB. Foi a primeira business school portuguesa a adquirir acreditações internacionais e reconhecimento de renome mundial no ensino superior. A visão internacional da Nova SBE também se reflete na adoção do inglês como o principal idioma de ensino. A grande maioria dos cursos de licenciatura e todos os programas de mestrado, MBA e PhD são lecionados em inglês.
 


 

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