Lisboa vai rastrear diabetes na população mais vulnerável
14 de novembro | Dia Mundial da Diabetes
Centenas de habitantes da cidade de Lisboa em situação socialmente vulnerável vão integrar nas próximas semanas um rastreio de diabetes e, caso se identifiquem casos de elevado risco, estes serão de imediato encaminhados para serviços de saúde que possam dar-lhes o devido acompanhamento. O projeto “Lisboa a Mudar a Diabetes” tem o seu início em novembro, mês em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes (14).
Estes rastreios decorrem até ao final de dezembro de 2020, nos polos de distribuição alimentar a famílias identificadas pelas juntas de freguesia e das entidades parceiras do Programa de Apoio Alimentar da CML . O rastreio consiste numa avaliação de risco de diabetes tipo 2, feita por profissionais de saúde. Em caso de resultado de elevado risco, é feito um teste de diagnóstico de diabetes, através da recolha de uma pequena amostra de sangue por picada no dedo, no local, com resultado em minutos. Consoante os resultados obtidos, a pessoa pode ser referenciada para consulta e seguimento no Centro de Saúde da sua área ou, se necessário, encaminhada para uma primeira consulta de urgência na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).
O projeto “Lisboa a mudar a Diabetes” decorre no âmbito do programa “Cities Changing Diabetes Lisboa” que tem como parceiros a Câmara Municipal de Lisboa, a APDP, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Nova Medical School, a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e a Novo Nordisk Portugal (https://www.citieschangingdiabetes.com/cities/lisbon.html)
Esta iniciativa terá também uma componente de sensibilização e literacia em saúde e um questionário sociodemográfico e de avaliação da vulnerabilidade, o que somado ao apoio alimentar, permitirá um maior acompanhamento social e de saúde desta população de Lisboa.
Considerando que as pessoas com diabetes correm maior risco de sofrer complicações e ficar gravemente doentes em caso de infeção por Covid-19, torna-se crucial apoiar as populações que se encontram mais vulneráveis. Com esta iniciativa, a cidade de Lisboa, para além de intervir diretamente em casos e pessoas concretas, ficará com um conhecimento mais aprofundado sobre a vulnerabilidade desta população, , tanto na componente social como na componente saúde. Para o município, o projeto representa uma oportunidade para alcançar o seu objetivo de melhorar a vida das pessoas com diabetes e de quem está em risco de desenvolver esta doença, que se estima que atinja mais de 10,5% da população da região de Lisboa e Vale do Tejo.
Com esta iniciativa, a cidade de Lisboa dá também cumprimento a um dos desígnios da OMS: “Não deixar ninguém para trás”.
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